ARRUACEIROS[1972]

Resumo do entremés inédito exibido no dia 16/9/2006
Provavelmente a estréia da corneta paralisadora (chamada, pela dublagem, de "pistola"), nesse antiquíssimo esquete. A mocinha (María Antonieta de las Nieves) chega em sua casa e é cercada por três homens, que fazem plantão na porta. Ela pede que a deixem passar. Enquanto ela espera que seu pai (Ramón Valdez) abra a porta, o trio canta a moça, que se enfurece. Ao entrar, ela esbraveja que está cansada daquele bando de vadios. Ramón (que, no episódio, usa o chapéu do Seu Madruga) pede para que ela não ligue e pega o pincel a fim de pintar a janela. Ela diz que os três vivem o dia inteiro na frente de sua casa. Ramón diz que eles acabarão cansando. Ela discorda e sugere que eles comprem um cachorro bravo. Um dos vadios abre a janela da casa enquanto Ramón passa o pincel na tinta. O pai da moça acaba, sem querer, dando uma pincelada na cara do homem. Ele ameaça dizendo que "isso não vai ficar assim". Ramón diz que não mesmo, pois ele, se tomar um banho, tira a mancha de tinta. O homem diz que Ramón está avisado e fecha a janela (ele só consegue cerrá-la na segunda tentativa).

Quem mandou meter o nariz onde não é chamado?
María se preocupa com a possibilidade dele contar tudo para seus amigos e de eles virem se vingar. Ramón diz que "cão que ladra não morde". Ela pergunta a seu pai se não viu o que eles fizeram com a fachada da vizinha da frente e Ramón pensa que María Antonieta se refere à cara da vizinha. Ela fala que a fachada da casa é que está destroçada e teme que eles façam o mesmo com a casa deles. Ela invoca Chapolin, que aparece do lado de fora da casa. De cara, o herói leva uma pincelada no rosto. Chapolin, invocado, entra na casa e tenta tomar o pincel de Ramón. Ele vai parar na cara do pai de María Antonieta. Ela diz que seu pai acabou de pintar a cara de um idiota. O herói, com o rosto manchado, pensa que ela fala dele e agradece, ironicamente. Ramón diz que pintou a cara de outro idiota e mais uma vez Chapolin se irrita.

Sobrou pra Chapolin também
Ramón decide pegar um copo de leite e María avisa que a gangue pode querer se vingar deles. Chapolin diz que se ele puser um só pé na casa é porque é cocho, e se pôr os dois, terá que passar pela "barreira intransponível" que se auto-intitula. Então ele apresenta a ela a "pistola" paralisadora (bizarríssimo nome dado pela Maga neste esquete para a nossa tão conhecida corneta ou buzina) e mostra como ela funciona (uma borrifada paralisa e duas recuperam o movimento). Chapolin testa em Ramón e ele pára. Ela chega a pensar que ele ficará paralisado pra sempre, mas Chapolin dá duas borrifadas e Ramón volta ao normal.

Apresentei a pistola... paralisadora
Ele começa a pintar a porta. Chapolin o paralisa e a abre. Na volta, ele vai pintar e percebe que a porta está aberta. Ramón se espanta e pensa que roubaram a porta. Ele alega não ter percebido que a abriu, fecha a porta e continua a pintar. Chapolin mais uma vez o paralisa e abre a porta novamente. Nesse momento, o homem da gangue que fora pintado na janela aparece na frente da porta. Após as duas borrifadas, Ramón volta a pintar a cara do elemento. Ele fecha a porta e se assusta com a presença do homem, mas María Antonieta, despreocupada, avisa que já está protegida por Chapolin e pela "pistola" paralisadora.

Tome mais tinta na cara do cara
A impressão que temos é que batem na porta (embora não se ouça nada). Chapolin pede para que ela a abra, que ele se encarregará do resto. O elemento entra e quebra um vaso. Ramón alega que ele custou muitos dólares. Quando ele pega o segundo vaso, o herói o paralisa e troca o vaso por um balde de tinta. Nem é preciso dizer que ele toma um banho após as duas borrifadas. Os três começam a rir, e o homem ameaça bater em Ramón. Chapolin novamente paralisa o cara, que ficará como estátua no fundo da casa até o fim do episódio. Novamente, não ouvimos a porta batendo, mas o trio percebe que mais alguém quer entrar. Chapolin pede para que ela abra a porta. O segundo elemento (José Antonio Mena, o mesmo ator que foi o parceiro de Carlos Villagrán na primeira versão perdida do Planeta Vênus e o primeiro Senhor Furtado, em episódio nunca exibido no Brasil) toma o copo de leite de Ramón e começa a bebê-lo. Chapolin o paralisa e troca o copo de leite por um de tinta. Precisa dizer o que acontece a seguir?

José Antonio Mena não agüenta e ri durante a cena
Com a boca suja e manchada, ele deixa claro que Ramón irá beber um vaso inteiro de tinta. Ele começa a encher o vaso de tinta, quando Chapolin coloca a corneta em ação novamente (Mena acaba se paralisando um segundo depois da "pistola" acionada) e coloca um funil na mão do cara, com a mangueira ligada ao bolso de sua calça. Quando ele recupera os movimentos, ele começa a jogar a tinta no funil e ela vai parar no seu bolso, sujando toda sua calça. Ele, inconformado por ter sujado sua calça nova, ameaça dar um banho de tinta em Ramón. Ele novamente paralisa o elemento. Mais uma vez, não ouvimos a porta bater, mas se sabe que mais um do bando está querendo entrar. María Antonieta abre a porta. O terceiro do bando é Arturo García Tenorio, intérprete do Bebê Jupteriano, do marciano de "Aventuras em Marte" e do pai do gorducho Jaime Palilo em "Carrossel". Ele entra e Chapolin aciona a buzina. Arturo leva um banho de tinta do homem com a calça suja, que recupera os movimentos bem na hora. Arturo ameaça molhar seu parceiro, quando é paralisado por Chapolin. O bandido percebe que Chapolin está presente e se prepara para lhe dar um soco. Chapolin o paralisa antes. Ramón se coloca na frente do elemento, que está como estátua e posicionado para acertar um soco. Ramón então começa a pintar a cara de José Antonio Mena, que comicamente começa a rir em uma cena que se revela o supra-sumo da tosquice. Quando Ramón termina de pintar seu rosto, Chapolin aciona a "pistola". Como Ramón ainda permanece na frente do cara, acaba levando um soco na cara. Vermelhinho novamente aciona a corneta e ativa Arturo, que está posicionado para sujar alguém com o balde de tinta. Ramón, no meio do caminho, toma um banho.

Chapolin paralisa a todos, até ele mesmo. Reparem que, à esquerda, Mena (de amarelo) continua se mexendo, mesmo com o herói já tendo lhe acionado a corneta
Chapolin paralisa a todos novamente (a exceção do primeiro bandido, que permaneceu por alguns minutos no fundo da casa paralisado, e de María Antonieta, que misteriosamente desapareceu no último minuto do episódio), inclusive a si próprio. No final, todos acabam paralisados. Detalhe que José Antonio Mena - que já havia rido enquanto tinha seu rosto pintado por Ramón - mesmo com o herói tendo acionado a corneta nele, continua se mexendo, puxando o bolso direito de sua calça querendo tirar o excesso de tinta. Ele deveria ter se ligado de que o entremés não havia terminado ainda. FIM DO ENTREMÉS
Nenhum comentário:
Postar um comentário