2005: UM ANO mágico
2005... O seriado Chaves se manteve firme na programação do SBT desde o dia 8 de novembro de 2004, dia de seu doce regresso, e com uma audiência bastante satisfatória, que chega perto do pico de vinte pontos. Uma grande façanha, já que o melhor seriado do mundo encarou a concorrência da Globo e sua Malhação, que, obteve a sua maior audiência desde a estréia em 1995. E, ainda por cima, o formato de exibição de Chaves foi totalmente equivocado: três episódios por dia, sendo que um ou dois são cortados. Isso acaba esgotando o seriado, provocando reprises excessivas num espaço menor de tempo. Ainda assim, a audiência não demonstrou abalo. Apesar de a Folha de São Paulo ter divulgado uma nota preocupante de que o SBT perdia a vice-liderança para a Record entre às 18h e às 22h.
Somos Cafonas e O Mal-Entendido (com o estranho teto da vila), episódios apresentados praticamente de três em três anos que marcaram presença nos últimos dois meses
em 2005, o chavesmaníaco colheu deliciosos frutos. O SBT, generoso dessa vez (ao menos com Chaves), andou exibindo episódios raros, como Somos Cafonas e O Mal-Entendido - versão com Seu Madruga. A emissora também nos saudou com os já considerados ex-perdidos. "Quem Descola o Dedo da Bola", a terceira parte da saga "O Homem da Roupa Velha", despontou logo na primeira semana do regresso de Chaves na programação diária. Um mês depois, foram apresentados, na seqüência, "O Fantasma do Seu Barriga", "Os Chifrinhos de Nozes", "A Chirimóia" (cortado), "Caçando Churruminos", "O Chiclete Grudou no Chapéu" e "O Cachorrinho da Chiquinha". Dos episódios exibidos na "quinzena de contos de fadas" de setembro de 2003, só falta "Seu Madruga Fotógrafo parte 1". Ainda há outras proezas, como as apresentações na íntegra de episódios que há muito não eram exibidos completos. Dessa lista, fazem parte "Um Salário para o Chaves", "O Calote da Chiquinha" (a cena em que Dona Florinda contrata Chaves como garçom não era vista há pelo menos uns cinco anos), "A Moedinha do Godinez", "Goteiras na Casa de Dona Florinda", "Falta d'água - primeira parte" (que, depois de muito tempo, foi apresentada coladinha com a segunda parte), entre outros episódios. Quer mais novidades? "O Belo Adormecido" e "A Carabina" foram apresentados com a segunda dublagem, raríssimas por sinal. E, para encerrar, no dia 5 de janeiro, duas cenas praticamente inexistentes na memória do chavesmaníaco foram exibidas. No episódio da Choradeira, Dona Clotilde pede a Dona Florinda para aceitar o perdão do Professor. Antes, a cena era interrompida aí para Girafales pronunciar "Tem razão! Eu fui um covarde!". Mas, pela segunda vez (a primeira foi no fim de 2003), o SBT apresentou a continuação do diálogo: a mãe do Quico responde que tem orgulho e Dona Clotilde responde: "Pois engula! Varra o orgulho com uma vassoura!". Aí sim aparece Professor Girafales admitindo que foi um covarde. No episódio seguinte, "Epidêmia de Gripê" iniciou-se com uma cena que eu nunca tinha visto: Chaves, do lado de fora, espia o portão novo que Seu Barriga mandou colocar na vila. Ao fundo, é possível ver Seu Madruga na sua cadeira lendo o jornal. Após uns cinco segundos de observação, aí sim Chaves entra correndo para anunciar ao pai da Chiquinha do portão novo. Geralmente o episódio começa com Chaves correndo já no pátio.
Só faltava mesmo Chapolin para nossa alegria ser completa. Em 2004, o seriado não foi exibido uma vez sequer pelo SBT, algo inédito na história dos seriados CH no Brasil. E justamente no ano em que foram completadas duas décadas da estréia da arte de Chespirito em terras tupiniquins. No dia 24 de agosto, dia da celebração de dois decênios de alegria, Chaves e Chapolin estavam fora do ar. Presente de grego mesmo! Algo que não engoli até hoje! A última aventura do Polegar Vermelho apresentada foi no já distante 19 de setembro de 2003 com o episódio: o bandido. O seriado deu lugar ao Scooby-Doo na semana seguinte
Já cansamos de pedir para que o SBT colocasse o seriado às 17h30min e deixe a próxima meia hora para Chaves, matando três coelhos numa só cajadada com o fim dos cortes nos episódios, o impedimento do esgotamento do seriado Chaves e, por fim, a exibição das duas séries coladinhas, como nos velhos tempos. Mas o SBT insistiu a apresentação exagerada de três episódios por di[algo que até hoje acontece].
"Quem Descola o Dedo da Bola" e "Chifrinhos de Nozes". Episódios apresentados no período da Pasárgada Sbteriana em setembro de 2003 tornam-se definitivamente ex-perdidos
Na primeira segunda-feira do ano de 2005, lá estava a notícia de que Chaves sairia para a entrada do Programa do Ratinho às tardes (o seriado Smalville passou a ocupar o seu horário durante as férias do apresentador). As reprises da atração de Carlos Massa ingressariam no horário das 16h30min e, segundo a fonte, o programa Casos de Família seria transferido para 17h30min, o horário do Chavinho. Felizmente, não foi o que aconteceu. Ratinho, de fato, invadiu as tardes da emissora, mas Chaves continuou intacto. Depois de confirmada a permanência do seriado, a mesma fonte não titubeou. Passou a insistir que a mudança aconteceria na semana seguinte. Sete dias depois, Chaves permanecia agitando a programação vespertina da emissora do Cenoura. Tais boatos chegam a me dar nojo! Irritam mesmo!. Cada segunda-feira, portanto, foi dramática! o SBT vivia mudando a programação e Chaves continuava exercendo a lamentável função de tapa-buraco.
Quem sustenta até hoje a permanência do seriado sem dúvida é o fiel fã, que trava inúmeras lutas contra o SBT para um melhor tratamento ao programa (a alta cúpula da emissora não vê a hora de dizimar mais uma vez o seriado do ar). Se dependesse apenas dos cabeças-de-camarão do SBT e principalmente da crítica, Chaves ficaria no ar menos tempo do que o programa "Sociedade Anônima" do VJ Cazé, que a Globo exibiu por apenas um mês e meio no começo de 2001. A luta incansável e histórica travada pelos chavesmaníacos de todos os quatro cantos do Brasil em agosto de 2003 foi, sem dúvida, emocionante e fenomenal. Só faltou mesmo passeata! O número tão elevado de fãs deixa a alta cúpula da emissora sem saída e ela acaba sendo forçada a exibir Chaves, pois está ciente de que, se tirar do ar de novo, mais protestos virão! Inexplicavelmente, levando em conta esta garra e persistência dos fãs, Chapolin em 2005 demorou muito para regressar. A insistência do SBT em não promover a volta do Vermelhinho deixa clara a intenção dos cabeças-de-camarão de se livrar logo. Algo impensável até aquele macabro dia 14 de agosto de 2000, que marcou a primeira saída de Chapolin após 16 anos ininterruptos e deu um claro sinal de que Chespirito não tinha mais cadeira cativa na emissora.
"Chaves" firme na programação! Exibição de ex-perdidos e cenas inéditas! Anunciantes presentes! Boa audiência! 2005 começava bem para o chavesmaníaco!
fofalhas da gentoca:
A crítica, que sempre pisou em cima de Chaves, que já qualificou o seriado de sem graça pra baixo e que tachou os personagens de monstros, aprontou mais uma. A TV Press, que anualmente elege os melhores e os piores da TV brasileira, pra variar deu ao Chavinho o título de "Pior Série Internacional". Veja a justificativa: "O abobalhado personagem criado por Roberto Bolaños nos anos 70 permanece um fenômeno difícil de ser explicado. Sílvio Santos bem que tentou tirar Chaves do ar. Mas o poder da audiência acabou falando mais alto. Com índices em torno dos 10 pontos de audiência, o seriado ganhou até movimentos organizados de telespectadores exigindo seu retorno à grade do SBT. O programa voltou ao ar e ao rol dos piores do ano. Depois de uma seqüência de anos como o vencedor na categoria - interrompida no ano passado, quando o "vitorioso" foi Oz -, o programa conquistou 62% dos votos". Do que os críticos gostam, então? De luxo? De apelação? Por isso que Chespirito sempre meteu pau nos críticos em seus roteiros... E com toda razão!
Marcelo Gastaldi, o saudoso dublador de Chaves e Chapolin, já trabalhou como ator? a eterna voz de Chespirito, depois de ter sido vocalista do conjunto "Os Iguais" na década de 60 (Gastaldi é o segundo da direita para a esquerda na capa ao lado), teria atuado numa pornochanchada dos anos 70 denominada "Histórias que Nossas Babás Não Contavam", sátira do conto da Branca de Neve. Gastaldi, neste filme, teria feito o papel do Príncipe segundo os créditos finais da produção.
No livro "Jornal Nacional - A notícia faz história", os seriados CH são lembrados como as grandes ameaças ao telejornal no começo da década de 90, quando Chaves e Chapolin, juntos com a novela Carrossel, tiraram preciosos pontos do Jornal Nacional no ano de 1991. O depoimento do editor-chefe adjunto do JN nesta época, Moraes Neto. Olha só o que ele falou: "Claro que o JN nunca teve sua audiência ameaçada. Mas tinha momentos em que o SBT crescia. Não vencia, nem chegava perto disso, mas crescia. Isso foi com a novela Carrossel. E tinha também o Chaves. Eu até brinquei uma vez que eu tinha que queimar meus neurônios com o grande objetivo de evitar que os telespectadores acompanhassem as aventuras do Chapolin Colorado...". Nesta época, Chapolin era apresentado às 21h com a exibição dos episódios do lote de 1990 ainda inéditos na ocasião. 1991 foi o ano em que o SBT quase faliu. Sua programação, naquele tempo, era quase toda dedicada a desenhos. Chaves e Chapolin, juntamente com a novela Carrossel, eram os carros-chefe da emissora do Cenoura. Condição extrema-oposta a de hoje, quando um não passa de tapa-buraco e o outro não é apresentado. Tempos áureos aqueles para o chavesmaníaco...
Valette Negro, e também fã do Moe dos 3 patetas, é um rapaz que obteve um grande destaque e uma profunda simpatia por parte dos chavesmaníacos graças a sua dedicação em desvendar os mais diversos tipos de mistério dos seriados CH.
ele, junto descobriu o nome do rapaz que escolhe os episódios do seriado Chaves para serem apresentados no SBT. Ele atende por evilásio! Ô, seu evilásio! Por que o critério que você utiliza para a exibição do seriado é tão aleatório? E por que você não escolhe os demais perdidos para serem apresentados?