SUMIÇO DOS EPISÓDIOS: QUAL A VERDADEIRA RAZÃO? 

       vou falar sobre algo que é o "calcanhar de Aquiles" de nove entre dez chavesmaníacos. Mesmo com as ausências temporárias do Chapolin, com o desaparecimento do Clube do Chaves, com os cortes nos episódios do Chaves (que parece que acabaram) e com os horários coincidindo com a programação das emissoras afiliadas, a grande reivindicação dos fãs segue a mesma. Afinal de contas: o que aconteceu com os episódios perdidos?

        Nesse meu espaço, irei listar cada um dos episódios chamados perdidos e tentarei colocar uma possível causa para o seu cancelamento. Algumas são até absurdas, mas algum motivo deve haver para terem saído do ar. Pode haver questões "ocultas" que nós nunca saberemos, como a não-renovação de direitos ou a deterioração dos episódios. A princípio, não considero tais hipóteses

        Coincidentemente, o fim da maioria desses episódios ocorreu em 1992, quando houve uma grande revolução no Chaves: vários episódios foram cancelados, alguns voltaram após 4 anos de ausência e outros inéditos (do lote que passou aos domingos em 1990) foram incluídos. Bem, mas vamos à lista dos perdidos:

MUITAS MARTELADAS[PARTE 2][1974]: LOTE DE 88,CANCELADO EM 2013, O SBT DEVE TER CANCELADO POR SER ANTIGO.

O VAMPIRO[1972]

CANCELADO POR SER ANTIGO, CANCELADO EM 2003, LOTE DE 90.

O CASAMENTO[1973]: LOTE DE 84,CANCELADO EM 2003, CANCELADO POR SER ANTIGO

A TRAGÉDIA[1974]: LOTE DE 84,CANCELADO EM 2003, CANCELADO PORQUE O SBT NÃO QUER OUTROS PERSONAGENS MISTURADOS COM O CHAPOLIN.

OVOS PODRES E MOSCAS[1977]: LOTE DE 90, CANCELADO EM 2003, SEM MOTIVOS.

 Don Quixote[1974] Lote de 88, cancelado em 92. Episódio muito antigo  que não agrada ao SBT. foi cancelado porque o SBT não quer outros personagens misturados com o Chaves. 

 pintores amadores versão 1[1973]: Lote de 88, cancelado em 92. tem uma versão mais atual e completa no ar (40 minutos ao invés de 15).

como pegar um touro a unha versão 1[1973]: Lote de 88, cancelado em 92. Há uma versão mais atual no ar. Além disso, Seu Madruga dá um soco em Quico, de propósito (isso também ocorre na Casinha do Quico, mas por acidente).

quem não tem cão caça com rato[parte 2][1977]: Lote de 84, cancelado em 92. O SBT conseguiu a primeira versão desse episódio, que é a verdeira continuação da versão da chegada do Madruguinha que eles têm (com a Pópis).

quem será o novo chefe?[1973]: Lote de 84, cancelado em 88. Era exibido junto com "Seu Madruga leiteiro". Quando o episódio do leiteiro voltou em 92 após 4 anos de ausência, o SBT cancelou esse esquete parte por não ser de Chaves.
O revólver do Chaves: Exibido uma vez em 92. Também nunca assisti. Talvez os revólveres, mesmo sendo de brinquedo, devem ser afastados das crianças.
O planeta Vênus versão 1: Lote de 84. Episódio antigo, substituído por uma versão mais nova, com Ramón Valdez. Dr. Chapatin e o mendigo Lote de 84. O segundo foi cancelado por ser uma versão mais antiga da versão que está no ar, com Ruben Aguirre. O episódio do Dr. Chapatin saiu no embalo, quando oo episódio do chapolin voltou em 2013, o do doutor chapatin ficou engavetado.
Eis as causas. Confesso que, em alguns episódios, tive que quebrar a cabeça para descobrir algum motivo para o cancelamento. Tem tantos episódios que são exibidos atualmente com cenas piores do que essas. Por exemplo, em "O belo adormecido", o Sr. Barriga mata o Seu Madruga (de uma forma diferente, mas mata); em "Seu Madruga carpinteiro, marteladas", há várias pancadas com o martelo; em "O curto-circuito" e "Como é duro ser eletricista", todos são eletrocutados, entre outros. Mesmo assim, acredito que boa parte desses episódios desapareceu por algum tipo de censura. Outra possível causa são problemas de vídeo ou áudio. Na exibição desses episódios, notou-se que a imagem da maioria dos perdidos está com uma listra branca no canto esquerdo do vídeo. Se essa foi a razão, o SBT felizmente esqueceu “O álbum de figurinhas”, episódio em exibição desde 1984 que contém a mesma falha de imagem. Mesmo assim, episódios como “O fantasma” e “A chirimóia” retornaram, juntamente com a tal linha branca. Provavelmente os  perdidos que voltaram puderam ser recuperados como um todo. Talvez os que não voltaram estejam bem danificados após tantos anos inativos. Bem, sabemos que, como a própria emissora já mostrou, tanto em comerciais quanto no programa Falando Francamente, que os episódios  perdidos e ex-perdidos sempre estiveram  guardados nos arquivos. Se eles não mostravam, é porque não queriam. Pode até ser que o SBT não tenha mais o direito de exibição de alguns episódios. Mas, se quisesse, poderia renova-los facilmente, devido ao acordo com a Televisa. Boa parte dos episódios já está fora do ar há  anos. Por isso, acho muito difícil que voltem a ser exibidos outros além dos já mostrados.

Os Desfalques CH: Acertos e Erros 

O assunto dessa minha coluna, como não poderia deixar de ser, tratará de mais uma das inúmeras polêmicas que envolvem os programas produzidos por Roberto Gómez Bolaños. Desta vez, vou falar sobre os desfalques que as séries CH tiveram com o passar dos anos. O que eu vou dizer aqui vai chocar a todos. Espero não apanhar na rua, como aconteceu com alguns atores que interpretaram vilões nas novelas da Globo. Bem, lá vai: QUICO E SEU MADRUGA NÃO FIZERAM FALTA. Antes de ser linchado, permitam-me explicar essa frase “absurda”, antecedida por um breve histórico da evolução do elenco CH. 

Como a imensa maioria dos fãs de CH sabem, o elenco do Programa Chespirito (estou incluindo os anos de 1973 a 1979, quando esse tradicional programa mexicano de uma hora de duração deu lugar aos programas de Chapolin e Chaves, com meia hora de duração cada um) não se manteve intacto. O que seria muito difícil para qualquer programa visto que foram 25 anos ininterruptos de gravações (sempre com sucesso, diga-se de passagem).   

No caso específico de CH, a evolução se deu mais ou menos assim (desculpem se eu cometer alguma falha, vou tentar ser o mais fiel possível à realidade): O programa começou, em 1970, com Chespirito, Ramón Valdez, Maria Antonieta de Las Nieves e Ruben Aguirre. Depois, entre 1970 e o final de 1971, foram chegando Edgar Vivar, Angelines Fernandez, Florinda Meza e Carlos Villagrán, respectivamente.

Chiquinha, em 1972, era a grande estrela do programa (fora o Chaves). Após a sua volta, em 75, sua personagem perdeu espaço para Quico.

No final de 1973, por razões ainda desconhecidas para nós, Maria Antonieta se afastou do elenco. Até então, sua personagem (Chiquinha) era a principal do programa, após o Chaves. O desfalque foi coberto, a princípio, dando mais destaque para Quico (Villagrán). Como havia a necessidade em alguns episódios de mais de duas crianças, foram criados novos personagens. Trabalho dobrado para Florinda Meza e Edgar Vivar que, além de seus tradicionais personagens (Dona Florinda e Sr. Barriga), ganharam Pópis e Nhonho. Como participação especial, foi criada Malú, a afilhada do Seu Madruga (Ramón, pai da Chiquinha).

Com a volta da Chiquinha, em 1975, os personagens Nhonho e Pópis ficaram em segundo plano. E a antes “vice-estrela” perdeu seu posto para Quico, e teve seu nome nos créditos colocado por último. Esta fase, entre 1975 e 1978, certamente foram os “anos de ouro” dos programas, pois o elenco estava completo e entrosado.

Episódio dos ioiôs, gravado em 1974, durante a ausência da Chiquinha.

Seu Madruga e Quico: desistências que marcaram para sempre as séries CH

No entanto, uma bomba detonada no final de 1978 marcou para sempre o mundo CH: a saída definitiva de Quico. Para suprir sua falta, ocorreu o que já havia sido feito durante a ausência da Chiquinha: mais destaque para Nhonho e Pópis. Como se não bastasse isso, três meses depois, no início de 1979, outra perda irreparável: Seu Madruga (que fez uma participação especial nos anos 80), provavelmente por solidariedade a Quico. Para suprir outra ausência, durante o primeiro semestre de 1979, a solução provisória foram o incremento dos episódios na escolinha e maior destaque para o Professor Girafales (Rubén).

Em agosto de 1979, várias novidades, que visavam suprir as ausências, marcaram para sempre o seriado El Chavo Del Ocho. A criação do restaurante de Dona Florinda e o acréscimo de dois personagens: Dona Neves (Antonieta), a bisavó da Chiquinha, e Jaiminho carteiro (Raul Padilla). A princípio, Dona Neves substituiu Seu Madruga em todas as situações. Meses depois, perceberam que isso não daria certo, já que o papel duplo estava prejudicando a personagem Chiquinha, que tornou-se fundamental com as saídas de Quico e Madruga. Com isso, Dona Neves passou a ser uma personagem simbólica: morava com a neta (que não podia morar sozinha), mas nunca aparecia. A ausência de Madruga foi suprida por Jaiminho, que se mudou para vila. Substituiu em tudo: como o homem atormentado pelas crianças, alvo da paixão de Dona Clotilde (Angelines) e devendo aluguel para o Sr. Barriga. E assim continuou até o fim, com as saídas de Angelines e Raul, devido às doenças que resultaram em suas mortes. Pouco depois, em 1995, o programa acabou.                                       

                

Muitos consideram uma afronta o fato de Jaiminho ter assumido o papel que era de Madruga, e Nhonho o de Quico. Alguns defendem até que o programa deveria ter terminado em 1979, após a saída dos dois. Discordo totalmente. Sem dúvida, Quico e Seu Madruga eram importantíssimos dentro da série. Suas saídas modificaram totalmente o panorama CH. Mas ninguém é insubstituível. Temos exemplos nacionais, como o Sai de Baixo, que continuou mesmo após as saídas dos personagens Ribamar (Tom Cavalcante) e Edileusa (Cláudia Gimenez), e A Grande Família, que encontrou forças para tocar o barco após a morte de Rogério Cardoso, intérprete do Seu Flor. E o que não dizer da extinta Escolinha do Professor Raimundo e A Praça é Nossa, que ao longo dos anos sempre enfrentaram desfalques em seu elenco, e mesmo assim continuaram. Vejam bem que não estou comparando os programas, apenas as situações, os desfalques.

Sai de Baixo, outro programa humorístico marcado por desfalques

Raul Padilla, contratado em 1979 para suprir as ausências. Sua boa atuação ajudou na manutenção do programa.

Bolaños encontrou boas soluções para driblar as ausências. Em 1973, após a saída da Chiquinha, deu mais destaque para o Quico e criou novos personagens que deixaram a saída de Maria Antonieta passar quase desapercebida (notem que nenhum fã CH reclama da ausência temporária dela). Em 1978/79, acertou ao dar “soluções caseiras” para os desfalques. O incremento de episódios na escolinha driblou a ausência de Madruga durante o 1º semestre de 79. A contratação posterior de Raul Padilla foi muito pertinente, pois se tratava de um grande ator, muito engraçado. O surgimento do restaurante também, pois criou-se um novo point com diálogos e situações inéditas e que, como a escolinha, tiraria um pouco o foco da vila recheada de “fantasmas”. O único erro foi a personagem Dona Neves, na minha opinião a pior dos personagens de Chaves, que só sabia resmungar e tirar o espaço da Chiquinha, que quase não aparecia.

Na década de 80, outros acertos de Chespirito. Dona Neves sumiu, e Chiquinha passou a ter o mesmo destaque que tinha entre 1972 e 1973. O fato de Jaiminho passar a ser um clone de Madruga se explica pela importância na vila de uma figura como eles: atormentado pelas crianças, alvo da paixão da Bruxa, cobrado pelo Sr. Barriga e perseguido pela Dona Florinda. Nhonho e Pópis, revezando-se como Quico, também fizeram um bom papel (como o Quico de 72-73, um coadjuvante da Chiquinha e do Chaves). O fim dos programas Chaves eChapolin e a volta do Programa Chespirito foi a melhor coisa que Bolanõs poderia ter feito. A utilização de outros personagens antes ocasionais como Chompiras e Dr. Chapatin, bem como a criação do impagável Chaparron Bonaparte, deram um novo gás para a atração. Quem não ri com as loucuras de Chaparron e Lucas (Ruben Aguirre) ou com as confusões ocorridas no hotel onde trabalham Chompiras e sua turma?

Nhonho, criado para substituir a Chiquinha em 74, tornou-se o sucessor de Quico em 79. Embora sem o mesmo carisma do bochechudo, era um ótimo coadjuvante para Chaves e Chiquinha.

Outra vantagem da criação desse Programa é o fato de que todos os atores puderam ser melhor aproveitados. Por exemplo: se Edgar Vivar ou Raul Padilla não apareceram no quadro do Chaves, provavelmente apareceram em outra atração, como Chompiras, por exemplo. O programa tornou-se mais dinâmico, havia vários personagens, atores, situações, histórias e cenários diferentes.

Claro que concordo que as saídas de Quico e Madruga foram terríveis. Mas conseguiu-se criar soluções que as amenizaram e proporcionaram a continuação das séries por vários anos.

A volta dos perdidos: Quais? Quantos?
	Assim como 99% da incalculável nação chespiritomaniáca, estou imensamente feliz pela volta dos perdidos Chaves,  que nunca deveriam ter  sido perdidos. Era simplesmente um absurdo agüentar reprises atrás de reprises de episódios como matando aula no domingo, e um salário para o chaves, fixos na grade diária e ter que se contentar em assistir aos queridos perdidos do  Chavinho e sua turma apenas nos canais a cabo ou na internet. Está certo que o horário é bom, não tem programação de emissoras afiliadas e ninguém trabalha ou estuda (o único inconveniente é para aqueles que gostam de sair para as tradicionais baladas, o que não é meu caso), mas é
muito pouco para quem se acostumou a acompanhar o programa diariamente durante  anos. A saída dos perdidos de Chaves foi tão absurda que ganhou destaque em vários veículos de comunicação. O SBT, então, viu a besteira que fez (mais uma, mas a pior de toda a sua história), e corrigiu o erro, alterando a grade de episódios.
A volta triunfal dos perdidos de Chaves corrigiu a maior besteira da história do SBT
Além dos perdidos de Chaves, o povo CH foi agraciado com a inesperada volta dos esquetes. Era bom demais para ser verdade, os nossos episódios favoritos diários e para todo o Brasil. Para mim, apesar de já ter gravados quase todos os episódios de Chaves (faltavam "o despejo", "Acapulco" e duas  versões de "A falta d'água"), tudo já estava perfeito. Nada podia ser melhor. Como faltavam alguns episódios de Chaves, comprei uma fita nova e fiquei esperando o seriado.	Agora só falta o Clube do Chaves para a nossa felicidade ficar completa...
Após me divertir com alguns episódios, comecei a gravar o Chaves. O susto foi enorme. Eu simplesmente não podia acreditar no que via. Os famigerados episódios perdidos de volta após  anos de ausência (lembrando que a maioria dos perdidos saiu do ar em março de 1992, na volta das férias, quando o SBT promoveu a entrada da maioria dos episódios exibidos nos domingos de 1991). Bem, mas o principal assunto já é antigo. Vocês devem estar pensando que eu me estrepei, visto que  minha teoria de censura aos episódios foi por água abaixo. Em termos, pode ser que sim (vamos esperar se todos os perdidos vão voltar, ou não). Talvez a censura funcione em episódios exibidos apenas uma vez. Mas eu faço uma pergunta aos meus leitores: porque justamente esses episódios saíram do ar naquela época? Será que a linha branca é o único motivo? É claro que não (só se o SBT esqueceu de cancelar o episódio "O álbum de figurinhas", que tem o mesmo problema e conseguiu escapar da degola de 92), pois o  "O cachorrinho" não tem a tal linha e já foi perdido. Como episódios exibidos apenas uma vez poderiam ter falhas na imagem? Outra questão: será que todos aqueles episódios vão voltar?
Eu não acredito que todos aqueles episódios cancelados em 1992 ou exibidos apenas uma vez em 1991 possam voltar. As primeiras versões de episódios de 1973 como os toureiros, por exemplo. Acho que o SBT nem tem mais esses episódios, visto que estão no ar versões mais novas. Além desses, aquelas histórias curtas de outros personagens podem esquecer.
Já está muito bom que tenham voltado alguns perdidos do Chaves. No entanto, muitos querem que voltem TODOS os perdidos, inclusive os de Chapolin. Amigos, isso é impossível. Como eu já disse, o SBT não deve ter mais os seis  episódios perdidos do Chaves que faltam. Os poucos que sobraram nos arquivos daquela época foram remasterizados. Inclusive episódios que sobreviveram à revolução de 92, como "Matando aula no domingo", que não foi exibido durante um ano e voltou com a imagem muito melhor. Como a audiência estava relativamente baixa, resolveram repatriar os episódios perdidos (o que parece ter funcionado, já que os índices estão novamente bons). Já fizeram isso uma vez, justamente em 92, quando voltaram após quatro anos de ausência episódios como "Caçando lagartixas" e "O curto-circuito". Quanto ao Chapolin, não acredito que vão voltar os perdidos. A remasterização dos episódios do Chapolin ocorreu apenas com os episódios normais do lote de 84, entre 2000 e 2003 (período em que esses episódios não foram exibidos). Perdidos como a primeira versão do planeta vênus não  volta mais pelo mesmo motivo que não vão voltar  esses seis episódios do Chaves.  o SBT possui outros episódios inéditos do Chapolin, mas Aqueles do comercial podem não estar inteiros, sendo apenas trechos. E seria o fim da picada guardar por tanto tempo e remasterizar episódios que nunca foram para o ar.  Bem, resta a nós chespiritomaníacos esperar para ver quantos e quais episódios perdidos do Chaves irão voltar, e se haverá alguma surpresa para o Chapolin. Tomara que o SBT não resolva cancelar alguns dos episódios "normais" do Chaves", como fez em 92. Quanto mais episódios forem exibidos, melhor para nós. E melhor para o SBT, já que as repetições não seriam tantas. Se bem que um verdadeiro fã de CH assistiria ao mesmo episódio todos os dias, se fosse preciso. Agora, só falta o Clube do Chaves. Vamos batalhar para isso. Chapolin de volta em 2015, outro presente para os fãs de CH. No entanto, não teremos perdidos do vermelhinho. Uma pena...

Sônia Abrão: uma amiga dos chavesmaníacos
ao invés de falar especificamente sobre um assunto qualquer do meio CH (como a estúpida e pouco inteligente saída do seriado Chapolin da programação do SBT), vou falar sobre um outro tema que, embora aparentemente não tenha nada a ver com Chespirito, e se tornou muito importante para a divulgação das nossas queridas séries. Quero reparar uma injustiça  cometida contra uma pessoa que  nos ajudou.
Estou falando da jornalista e apresentadora Sônia Abrão, a qual sempre admirei muito. Muitos chespiritomaníacos têm calafrios ao ouvirem esse nome, por acharem que o programa de Sônia representou uma ameaça aos programas CH. Alegam que o programa Falando Francamente ocupava um espaço maior do que merecia na grade de programação do SBT, inclusive aos sábados, o que  prejudica uma eventual presença de seriados como Chapolin e Clube do Chaves, que estão na "geladeira" da emissora paulista. Além disso, várias pessoas destacam a falta de conteúdo do programa, que destina parte de seu espaço à leitura das revistas da semana.
Sônia Abrão, é chavesmaníaca como nós. Quero dizer que já fui um crítico  do Falando Francamente. Quando o programa começou, em 2002, ocupava um espaço demasiado na programação. No entanto, isso foi corrigido aos poucos, até chegar a 75 minutos, uma duração aceitável. No início, o programa era virado apenas nas manjadas reportagens e entrevistas com celebridades nacionais, merchandising (o que ainda é um problema não só no FF mas também em todos os programas do gênero), leitura de revistas e, pouco depois, na tal da caixa-surpresa. Isso  ainda acontecia em 2003, mas com mais moderação. A única parte que eu conseguia assistir era o início, quando Sônia "soltava o verbo" na primeira página. O programa era mais interessante pelo carisma e a coragem da apresentadora em dizer o que pensa do que pelo conteúdo em si.     No entanto, em meados de 2003, o Falando Francamente mudou. O programa se tornou uma espécie de Vídeo Show para o SBT, exibindo trechos de programas antigos da emissora paulista. Quem imaginou rever cenas de programas como A Casa da Angélica, Bozo, Fantasia, Programa Livre, Jô Onze e Meia, novelas antigas, desenhos há muito fora do ar, entre várias outras coisas. Esse trabalho de revirar os arquivos da emissora para mostrar ao público essas preciosidades é simplesmente fantástico, e alterou radicalmente, o que refletiu inclusive em alguma melhora nos índices de audiência. Eu, que não assistia ao programa, passei a vê-lo praticamente na íntegra, na espera de rever alguma cena histórica do SBT. As leituras de revistas continuaram, mas apenas  em capas, trechos ou matérias específicas, e não mais na leitura de quase toda a revista (como acontece no  atual programa de sonia da rede tv a tarde  é Sua!).     Falando da relação Sônia Abrão - Chespirito, ela é uma das profissionais mais ligadas ao seriado que se tem notícia. Como ela disse em um e-mail, ela é chavesmaníaca como todos nós. Isso se reflete no programa dela, que dedica tempos preciosos para falar sobre o assunto. Se não fosse ela (e, é claro, os vendedores de episódios), jamais voltaríamos a ver preciosidades como O Fantasma do Sr. Barriga, Chifrinhos de Nozes, Caçando Churruminos, Espíritos Zombeteiros e A Pichorra, além de conhecermos episódios que a grande maioria de nós nunca viu, como As Apostas e Brincando de Escolinha. Maria Antonieta de las Nieves, a Chiquinha, foi entrevistada a pedido de Sônia.
Se não fosse ela, duvido que alguém do Brasil fosse ao México entrevistar Chespirito ( em 2011 na Rede TV!, o que valoriza ainda mais a Sônia, visto que não se trata da emissora com os direitos de exibição dos programas), Maria Antonieta de las Nieves e Edgar Vivar. Se não fosse pelos trechos de episódios comuns e principalmente de perdidos veiculados no programa dela, ficaríamos algum tempo sem assistir ao Chaves, que ficou fora do ar por duas semanas e tornou-se apenas semanal.
EPISÓDIOS  COMO ESSE DA ESTRÉIA DA PERSONAGEM MALU, PUDERAM SER VISTOS NOVAMENTE GRAÇAS À SÔNIA ABRÃO
Por tudo isso, sou incapaz, como chavesmaníaco, de criticar Sônia Abrão. É claro que ela falava bastante sobre o seriado também porque dá audiência. Mas bastava ver  para perceber que Sônia gosta do tema, que tem prazer de falar sobre isso. A prova disso foi a volta do Chaves durante os sábados, quando ela foi a responsável pelo anúncio da volta do programa. Percebia-se claramente a satisfação da apresentadora em dar essa notícia. Por isso, amigos, peço que pensem duas vezes antes de ofender Sônia Abrão com termos chulos como "Vaca Abrão", ou "Sonsa Abrão", como já vi por aí. Afinal, ela é uma de nós.

Chapolin fora mais uma vez: a mediocridade do SBT
o fato que ocasionou o adiamento foi a bomba que caiu na cabeça de todos os chespiritomaníacos no final de fevereiro de 2015. Como todos sabem, o seriado Chapolin novamente saiu do ar. Agora, ao invés do vermelhinho e de Um Maluco no Pedaço, teremos seriados da nick,  casos de Família  e mais meia hora de novelas, bem como chaves às 18:30 horas. A saída pegou de surpresa muita gente, pois o programa já estava há 3 meses no ar.	Ai meu Deus! De novo não!
Nos últimos  anos, Chapolin estava sendo exibido apenas nas férias de verão (de dezembro a fevereiro). Por isso, todos esperavam que o seriado fosse engavetado no início de fevereiro, saindo do ar com a entrada da nova programação do SBT. No entanto, isso não aconteceu, e Chapolin passou para o horário das 13:45, atendendo aos apelos dos fãs que não moram na Grande São Paulo.
Essa medida encheu a todos de esperança. Chapolin continuou a ser exibido normalmente. Além disso, as saídas do SBT dos programas my wife and kis e raven, que sempre tinham espaço garantido na grade da emissora paulista, foram benéficas para os fãs de Chapolin. Entretanto, mesmo desfalcado, o SBT novamente culpou Chapolin pelos seus baixos índices de audiência e novamente cancelou o seriado. Será possível que essa emissora não percebe que qualquer seriado ou programa posto naquele horário será incapaz de render bons pontos de audiência? Quem agüenta assistir a quase duas horas de novelas mexicanas  e ter ânimo para assistir alguma coisa depois? Só mesmo nós, fãs incondicionais de Chaves e Chapolin.
Para encerrar, preciso dizer o que penso do SBT. Trata-se de um desabafo. Há muitos anos, tenho motivos para acreditar na mediocridade dessa emissora. Vou enumerar alguns fatos:  os programas da disney e da nickelodeon, que estavam engavetados e completamente descartados pela Globo, são as novas estrelas do SBT,exibidas em um horário que deveria pertencer a Chaves e Chapolin, a incapacidade de investimentos mais fortes nas áreas de jornalismo (o SBT só apresenta telejornais duas vezes por dia) e de esportes (lembrem-se do que o SBT fez com a Fórmula Mundial há alguns anos, colocou as corridas em VT compacto às 23 horas de domingo)
O SBT é a única emissora brasileira incapaz de fazer uma programação diferente. O que custaria, ao invés de exibir os mesmos programas e seriados, colocar uma programação diferente? Existem tantos programas, apresentadores e seriados bons que não estão na televisão: Chapolin (já que não pode ser exibido durante a semana, que seja no sábado, é melhor do que nada), Clube do Chaves, Um Maluco no Pedaço (fora da grade após  anos), Blossom, Programa Livre com Babi, Fantasia, Show de Calouros, etc. Bastaria ter criatividade, o que o SBT, pelo jeito, não tem.

OS NOVOS HORÁRIOS no tbs[canal a cabo]

achei mais importante falar sobre a troca dos horários das séries Chapolin e Chaves no canal tbs, ocorridas a partir do dia 12 de maio. Esse assunto, deve ser tratado de imediato (pois as séries podem sofrer novas mudanças de horário dentro de algum tempo).

        Eu, particularmente, não gostei da troca de horário. E, como estamos em uma democracia, vou apresentar também um que valoriza o novo horário.

 Geralmente, tanto os adultos quanto as crianças estão em casa no horário das 13:00 da tarde, e podiam assistir aos programas sem maiores problemas. No entanto, no meio da tarde as 17:00, muitos não podem mais assistir, visto que os adultos estão  trabalhando e muitas crianças estão na escola. Não são muitos os que têm disponibilidade de tempo.

        No entanto, existe um aspecto positivo. Com os novos horários, Chapolin e Chaves podem ser vistos em todo o Brasil, visto que as emissoras de tv aberta exibem pouca coisa interessante. o novo programa que vem antes de chaves e chapolin é o ridicúlo: panico na tv, aqui por exemplo, as vezes o programa ocupa o horário entre 17:00 as 18:00, antes da troca de horário, eu pegava chaves e chapolin pela metade ao chegar do trabalho, agora eu pego é  panico pela metade.

        Fico muito feliz pelos chespiritomaníacos que puderam voltar a assistir Chapolin, já que o sbt não exibe o seriado. Mas, pesando os prós e os contras, considero o antigo horário melhor do que esse. Mas eu vou apresentar uma alternativa, que acho que iria satisfazer a grande maioria: o horário das 6 da tarde (18:00 Chapolin e 18:30 Chaves). Nesse horário, além de não haver programação interessante além de jornais, a maioria das pessoas já está de volta em casa, tanto os adultos quanto as crianças. Já mandei um e-mail para o tbs com essa sugestão. Espero que, em um futuro próximo, essa minha idéia seja atendida, para o bem da maioria dos fãs dos seriados.

CLUBE: FORA DO AR PARA SEMPRE?

  Eu realmente não queria me indispor com nenhum fã de Chespirito. Afinal de contas, estamos todos no mesmo barco. Mas eu devo dizer que nós temos uma boa parcela de culpa pelo programa ter saído do ar, provavelmente para sempre. Como visitante assíduo do fórum, tenho visto várias mensagens "esculachando" o Clube, reclamando da dublagem mal-feita, dos dubladores diferentes dos que faziam as vozes dos episódios clássicos, a ausência de Carlos Villagrán e Ramón Valdez (esta, infelizmente, inevitável), e também o fato dos atores estarem mais velhos e mais gordos. O resultado disso foi a queda de audiência e a falta de interesse do SBT em continuar com o programa, que começou com uma hora de duração em 2001 (nos dois primeiros sábados foram ao ar flashes durante toda a tarde), foi reduzido para 45 minutos, depois para meia hora, para 15 minutos (com mais 15 de episódios clássicos de Chaves e Chapolin) e, por fim, foi cancelado em abril de 2002.

          É claro que as críticas não podem ser evitadas, nem as comparações com os episódios clássicos. Não estou dizendo que o Clube era melhor do que os programas antigos. A comparação é muito cruel, e seria um absurdo da minha parte dizer que os episódios do Clube são melhores. Como todo mundo, prefiro os episódios antigos, com as participações de Quico e Seu Madruga. Mas é bom ter uma outra opção, visto que Chaves clássicos é exibidos de segunda a domingo. É bom ver um ator fantástico como Raul "Chato" Padilla tendo um destaque que não tem nos episódios clássicos. É bom ver as loucuras do Pancada, as armações do Chaveco e as trapalhadas do Dr. Chapatin. Mesmo que muitos não gostem, é bom ver episódios recentes de Chaves e Chapolin, inclusive com novas versões de episódios. Mas, infelizmente, estamos privados desses personagens hilários. Além de nós mesmos, o próprio SBT prefere exibir apenas os clássicos. É uma pena.