quarta-feira, 13 de janeiro de 2016




  
Sônia Abrão: uma amiga dos chavesmaníacos

 
ao invés de falar especificamente sobre um assunto qualquer do meio CH (como a estúpida e pouco inteligente saída do seriado Chapolin da programação do SBT), vou falar sobre um outro tema que, embora aparentemente não tenha nada a ver com Chespirito, e se tornou muito importante para a divulgação das nossas queridas séries. Quero reparar uma injustiça  cometida contra uma pessoa que  nos ajudou.

  
Estou falando da jornalista e apresentadora Sônia Abrão, a qual sempre admirei muito. Muitos chespiritomaníacos têm calafrios ao ouvirem esse nome, por acharem que o programa de Sônia representou uma ameaça aos programas CH. Alegam que o programa Falando Francamente ocupava um espaço maior do que merecia na grade de programação do SBT, inclusive aos sábados, o que  prejudica uma eventual presença de seriados como Chapolin e Clube do Chaves, que estão na "geladeira" da emissora paulista. Além disso, várias pessoas destacam a falta de conteúdo do programa, que destina parte de seu espaço à leitura das revistas da semana.
  
Sônia Abrão, é chavesmaníaca como nós.
Quero dizer que já fui um crítico  do Falando Francamente. Quando o programa começou, em 2002, ocupava um espaço demasiado na programação. No entanto, isso foi corrigido aos poucos, até chegar a 75 minutos, uma duração aceitável. No início, o programa era virado apenas nas manjadas reportagens e entrevistas com celebridades nacionais, merchandising (o que ainda é um problema não só no FF mas também em todos os programas do gênero), leitura de revistas e, pouco depois, na tal da caixa-surpresa. Isso  ainda acontecia em 2003, mas com mais moderação. A única parte que eu conseguia assistir era o início, quando Sônia "soltava o verbo" na primeira página. O programa era mais interessante pelo carisma e a coragem da apresentadora em dizer o que pensa do que pelo conteúdo em si.
  
No entanto, em meados de 2003, o Falando Francamente mudou. O programa se tornou uma espécie de Vídeo Show para o SBT, exibindo trechos de programas antigos da emissora paulista. Quem imaginou rever cenas de programas como A Casa da Angélica, Bozo, Fantasia, Programa Livre, Jô Onze e Meia, novelas antigas, desenhos há muito fora do ar, entre várias outras coisas. Esse trabalho de revirar os arquivos da emissora para mostrar ao público essas preciosidades é simplesmente fantástico, e alterou radicalmente, o que refletiu inclusive em alguma melhora nos índices de audiência. Eu, que não assistia ao programa, passei a vê-lo praticamente na íntegra, na espera de rever alguma cena histórica do SBT. As leituras de revistas continuaram, mas apenas  em capas, trechos ou matérias específicas, e não mais na leitura de quase toda a revista (como acontece no  atual programa de sonia da rede tv a tarde  é Sua!).
  
Falando da relação Sônia Abrão - Chespirito, ela é uma das profissionais mais ligadas ao seriado que se tem notícia. Como ela disse em um e-mail, ela é chavesmaníaca como todos nós. Isso se reflete no programa dela, que dedica tempos preciosos para falar sobre o assunto. Se não fosse ela (e, é claro, os vendedores de episódios), jamais voltaríamos a ver preciosidades como O Fantasma do Sr. Barriga, Chifrinhos de Nozes, Caçando Churruminos, Espíritos Zombeteiros e A Pichorra, além de conhecermos episódios que a grande maioria de nós nunca viu, como As Apostas e Brincando de Escolinha.
Maria Antonieta de las Nieves, a Chiquinha, foi entrevistada a pedido de Sônia. 
 
Se não fosse ela, duvido que alguém do Brasil fosse ao México entrevistar Chespirito ( em 2011 na Rede TV!, o que valoriza ainda mais a Sônia, visto que não se trata da emissora com os direitos de exibição dos programas), Maria Antonieta de las Nieves e Edgar Vivar. Se não fosse pelos trechos de episódios comuns e principalmente de perdidos veiculados no programa dela, ficaríamos algum tempo sem assistir ao Chaves, que ficou fora do ar por duas semanas e tornou-se apenas semanal.
  
EPISÓDIOS  COMO ESSE DA ESTRÉIA DA PERSONAGEM MALU,
PUDERAM SER VISTOS NOVAMENTE GRAÇAS À SÔNIA ABRÃO
 
Por tudo isso, sou incapaz, como chavesmaníaco, de criticar Sônia Abrão. É claro que ela falava bastante sobre o seriado também porque dá audiência. Mas bastava ver  para perceber que Sônia gosta do tema, que tem prazer de falar sobre isso. A prova disso foi a volta do Chaves durante os sábados, quando ela foi a responsável pelo anúncio da volta do programa. Percebia-se claramente a satisfação da apresentadora em dar essa notícia. Por isso, amigos, peço que pensem duas vezes antes de ofender Sônia Abrão com termos chulos como "Vaca Abrão", ou "Sonsa Abrão", como já vi por aí. Afinal, ela é uma de nós.

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