quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

ERROS

No começo do segundo bloco do episódio "O Mal-Entendido", versão com Seu Madruga, desponta o teto do estúdio numa tomada estranhíssima, Realmente aquele cenário branco, que mostra algo semelhante a roupas estendidas no varal, é bem esquisito. Percebendo o equívoco, a câmera, que procurou filmar os personagens de longe, rapidamente dá um close nos personagens, tirando do foco o teto do estúdio. Algo semelhante ocorre no episódio "A Explosão do Nhonho" (presente no box 8 da Amazonas Filmes), em que o teto com as roupas do varal pode ser visto novamente quando Chaves sobe no barril, no pátio da vila. É, sem dúvida, mais um mistério para o extenso hall dos casos sinistros dos seriados CH.
No episódio da Buzina Paralisadora no Cabeleireiro, Chapolin irá mais uma vez paralisar o barbeiro Fígaro (Ramón Valdez) e Carlos Villagrán. No momento em que Carlos ameaça dar um tiro em Fígaro, a câmera filma Chapolin se aproximando dos dois com a buzina. Mas dá para perceber claramente que os dois já estão paralisados antes mesmo do Polegar dar a buzinada. Outro detalhe é que a buzina paralisa apenas Carlos e Fígaro juntos. No momento em que Carlos agarra Florinda para tentar beijá-la, a buzina só paralisa ele. Por que ela não fica paralisada também? A mesma cena acontece no outro episódio (o do dote) onde a buzina torna-se corneta. Adivinha se Florinda não fica paralisada também...
Na versão do episódio "Troca de Cérebros" (com Rubén Aguirre e o estranho olho de pirata de Chapolin), os capacetes do transplantador de cérebros, pendurados em fios frágeis e bambos, mal param na cabeça dos personagens. No momento em que o transplante acontece logo após Chapolin sem querer girar a alavanca, enquanto Florinda e Edgar se agitam, percebemos que os capacetes, por muitas vezes, sequer estão acoplados na cabeça dos dois. Os capacetes, embora enfeitados com luzinhas, eram tão toscos que, no fim do episódio, Raul Padilla dá uma topada num deles e o capacete, pendurado num fio bambo, vai parar longe. A própria produção dos seriados brincava  com seus cenários precários.

Ainda sobre o episódio da Troca de Cérebros, esse erro acontece em todas as versões da história. O personagem de Edgar Vivar é o último a ser colocado no baú (lembram-se do apelo dos personagens "Não tem um outro baú só pra ele?" devido ao peso do ator?). Naturalmente, Edgar Vivar ficaria colocado acima dos demais doutores dentro do baú (na versão de 1979, Raul Padilla implora "Não, não deixem ele cair em cima de mim"). A falha ocorre no momento em que todos deixam o baú a fim de fugir do consultório: se o doutor vivido por Edgar Vivar foi o último a ser colocado no baú (estando, portanto, deitado acima dos demais reféns), o normal seria o gordo sair dali primeiro. Mas o que aconteceu foi o contrário: ele foi o último a deixar o baú e, como conseqüência, acabou sendo cobaia, juntamente com a jornalista vivida por Florinda, da "terrível e diabólica experiência" do transplante de cérebros. Ah, e quase ia se esquecendo de dizer que jamais iria caber tanto marmanjos juntos (incluindo um gordão) num bauzinho daqueles. O da primeira versão é maior, mas, ainda assim, é pequeno para caber quatro pessoas. Detalhe que Ramón Valdez, ao colocar Edgar Vivar dentro do baú, chega a entrar nele para ajudar Chapolin e Pepe (Horácio) a colocá-lo lá e acaba ficando preso. Ficando em pé dentro do baú, Ramón permanece com a mesma estatura em relação a sua natural. Não era para ele ficar mais alto, já que ele já havia colocado três homens no baú? Notamos claramente que Ramón pisa de maneira normal no chão, sem se equilibrar sobre tantos corpos. É lógico que a produção não seria louca de colocar um homem em cima do outro dentro daquele baú na vida real, né? Os atores e figurantes colocados lá dentro já eram retirados do baú na tomada seguinte, dando a perceber a olho nu a edição das imagens.

Na primeira versão da troca de recados do bolo com Edgar Vivar, no momento em que Seu Barriga faz um biquinho cômico a fim de receber uma bitoca de Dona Florinda, ela lhe responde com um tapa. E o que foi entendido como um tapa na verdade não passou de uma carícia que ela fez no rosto do dono da vila. Ao invés do potente tabefe que ela costuma desferir no rosto de Seu Madruga, Florinda suavemente empurrou o rosto de Vivar, que reagiu como se tivesse tomado mesmo um tapa. Sem dúvida uma das mais toscas cenas do seriado.


Os dois erros provavelmente foram cometidos pelo próprio Chespirito, autor dos "libretos" (scripts) de todos os episódios. O primeiro: no episódio em que Dona Neves chega na vila, a "biscavó" da Chiquinha diz que carregou Chaves no colo quando ele era pequenininho. Como isso poderia ter acontecido se, no episódio do Despejo, a turma da vila recorda Chaves, com quatro anos, chegando na vila com uma trouxinha, despertando de cara a atenção de Chiquinha e proporcionando as palhaçadas de Seu Madruga, que lhe prometera um sanduíche de presunto que não poderia comprar? Chespirito não se lembrou desse mero detalhe, e de um episódio gravado no ano anterior ao da chegada de Dona Neves. O segundo erro: no episódio dos Peixinhos Coloridos, Chiquinha diz que Chaves só conhece o mar pela televisão. E em Acapulco, onde Chaves brincou na praia à beça? Chavinho é cego dos olhos para não notar o mar na sua frente? Como esta versão era um remake de um episódio mais antigo, Bolaños manteve fielmente o script original pelo menos nesta cena...

Outro erro de script ocorre no episódio das Estatísticas: Seu Barriga é quem diz para Dona Florinda que Chaves foi atropelado. Porém, quando ela descobre que Chaves está mais vivo do que nunca, a mãe do Quico, pra variar, desce a lenha em Seu Madruga, insinuando que é ele quem estava inventando histórias. Como, se quem deu a notícia para ela foi SEU BARRIGA???
No fim do episódio da Fonte dos Desejos, enquanto Seu Madruga pede que Chaves e Chiquinha respondam pra Dona Florinda que ele foi morar no Pólo Norte, Chaves está com os dois suspensórios vermelhos de sua camisa no lugar de sempre. A tomada muda para Dona Florinda, que socorre Quico, molhado na fonte por Seu Madruga. Quando a câmera volta para Chaves, de repente percebemos os dois suspensórios caídos. Apenas a sua camisa aparece, e desse jeito - sem os suspensórios - ele recolhe as últimas moedas que restaram na fonte, encerrando o episódio.
No episódio do Dia Internacional da Mulher, assim que Glória (Olivia Leiva, acima à esquerda) é informada da suposta morte do Seu Madruga, ela, depois de ficar incrédula ("eu não queria bater tão forte..."), deixa a vila... rindo. Dá para ver um esquisito sorriso dela enquanto corre de forma desengonçada em direção à porta da vila. O contrário ocorre na versão da Nova Vizinha com Regina Torné antes dela perguntar para Seu Madruga se ele trouxe os tijolos, ela começa a descer da escada com uma cara emburrada. Provavelmente ela pensava que ainda não estavam filmando. De repente, na metade do caminho, ela abre, de uma hora pra outra, aquele sorrisinho simpático que seria a sua marca registrada nos episódios. Mesmo com esses equívocos das duas atrizes, nota-se claramente que Regina é anos-luz melhor e também mais carismática do que a canastrona Olivia.

Num erro de edição provavelmente cometido pelo SBT, eles invertem duas cenas na seqüência do episódio do Cachimbo HHH. Com o público na dúvida sobre quem é o bandido, aparece primeiramente Ramón dizendo: "Eu não sou!". A câmera recua para Carlos que deixa claro: "Eu também não!". De repente ocorre um corte e a tomada muda para Chapolin perguntando para o rádio: "Ele não está por aqui?". O locutor (Potiguara Lopes, o já falecido primeiro dublador do Professor Girafales) responde: "Claro que não!". Chapolin agradece e o locutor: "De nada". Até que ocorre outro corte a, na tomada seguinte, aparece Edgar Vivar dizendo, numa fração de segundo: "E nem eu!". Ocorre mais um corte, com a tomada voltando para Chapolin, que pergunta de quem é o Cachimbo HHH. A edição das cenas é esquisita, pois fica claro que era para a cena de Edgar aparecer depois da negação de Carlos, e não depois da cena em que Chapolin conversa com o rádio, que era para ser apresentada depois da fala de Edgar, e não antes.
No fim do episódio "O Patrão é quem Manda", Chapolin, ao colocar seus pés no degrau da escada, planeja dar uma impulsão nela para cair de primeira dentro do galpão ao lado dos dois cavalos com escada e tudo. Porém, a primeira impulsão é fraca e ele acaba retornando para a sacada. Chespirito então é obrigado a forçar uma segunda impulsão com a escada para ir de encontro ao teto do galpão. E conta com a total ajuda de Rubén Aguirre para a realização da queda, pois ele também o empurra.
Na primeira parte do episódio do Juleu e Romieta, após o personagem de Rubén Aguirre bater em Chapolin com os pilares da escada, ele entra novamente na sua casa, mas a porta não fecha. E enquanto a cena com Chapolin e Juleu (Villagrán) vai acontecendo normalmente, Rubén, do lado de dentro, ainda tenta fechar a porta, que não fecha de nenhuma maneira. Ele força, força, até que desiste e a deixa entreaberta mesmo.
Não se sabe se a edição dos episódios da Festa à Fantasia do Chapolin é da Televisa ou do SBT porque três cenas exibidas no primeiro episódio são repetidas no segundo e em seqüência (embora não seja exatamente a mesma). As cenas que são apresentadas nos dois episódios são: 1 - Chespirito travestido de Charlie Chaplin sentado numa cadeira, cruzando as pernas sem parar de tão encabulado com a presença da Diabinha (Florinda), até cair no chão; 2 - Dr. Chapatin vê a mesma Diabinha na frente da porta da casa, até que ela entra enquanto o velho vira de costas e se arruma para paquerá-la. Nesse momento, aparece um cara bem alto também fantasiado de Diabo e fica na mesma posição em que estava a Diabinha. Chapatin se vira para flertá-la, se assusta ao ver que quem está na sua frente é o homem e o médico diz discretamente "Me dá coisas", abrindo e fechando a mão (no segundo episódio, Gastaldi não dubla a clássica frase do médico na mesma cena); 3 - Baixinho (Chespirito) distrai um cara vestido de Napoleão (Raul Velasco) e rouba a sua carteira. O homem em seguida faz uma cara de louco e um sinal de "C" com a mão para a câmera, como se estivesse chamando os comerciais (era a marca registrada do apresentador de TV mexicano Raul  Velasco).
Na primeira parte de "O Festival da Boa Vizinhança", quando Seu Madruga chuta a bola do pátio para que ela passe por cima de sua casa, Chaves consegue chutá-la de primeira do outro pátio. Mas dá para perceber que nunca do jeito que o órfão chutou ela passaria por cima da casa do pai da Chiquinha novamente, pois a bola subiu apenas a meia altura.
Ainda nO Festival, na terceira parte, Professor Girafales, da platéia, arremessa a boneca para a frente. Na tomada seguinte, aparece Nhonho sendo atingido no rosto pelo brinquedo. Acontece que dá para perceber claramente, enquanto o filho do Seu Barriga faz uma cara de bobo, a boneca vindo em direção ao rosto de Nhonho no sentido diagonal à esquerda. Isso quer dizer que quem atirou a boneca na cara do gordinho nesta tomada foi alguém que estava posicionado de lado para o palco, à esquerda de Nhonho (a boneca veio mais precisamente num lugar à direita de onde Seu Barriga estava sentado). arremessada de frente e pousando de lado...
No episódio das Goteiras na Casa da Dona Florinda, o guarda-chuva da mãe do Quico não está em bom estado. Dentro de sua casa, com ele aberto, nota-se que o tecido do objeto se soltou de um de seus suportes, fazendo com que  sua ponta prateada apareça nitidamente.
Chiquinha diz pra Seu Madruga, no episódio dos Bilhetes Trocados, que na epístola está escrito "Meu Amor". Porém, na carta na íntegra lida por Chaves, não constam essas duas palavras em nenhuma frase. Ainda em "Bilhetes Trocados", no terceiro bloco do episódio - do lado de fora da vila - quando o Professor Girafales está indo embora, chega Dona Florinda dizendo "E LEVE ESSAS PORCARIAS DE FLORES!". A câmera fica focalizando a porta de entrada ao pátio da vila, e nisso chega o Quico com o chapéu do Mestro Lingüiça bradando: "E TAMBÉM ESSA PORCARIA DE CHAPÉU!". Detalhe: Quico vem do lado direito do pátio, e a casa da Velha Carcumida, digo, da Dona Florinda fica do lado esquerdo! O que será que o bochechudo fazia com o chapéu do professor do outro lado do pátio? Talvez na hora de Carlos Villagrán entrar em cena, ainda estivesse nos bastidores.
A história do Escorpião tem vários erros de continuidade entre um episódio e outro. Além dos dois frascos de vidro diferentes, notamos mais duas falhas. Na primeira, enquanto que no episódio inicial Chiquinha está com seu casaquinho vermelho, no segundo ela já está sem o mesmo, apenas com seu vestido verde. E a segunda falha é mais bizarra: no primeiro episódio, Seu Madruga está sem bigode. Já no segundo, lá está seu bigodão no lugar de sempre, de uma maneira que faz parecer que o velho não faz a barba há semanas. Como é que o bigode de um homem cresceu tanto entre um dia e outro?
No episódio do "Velho do Saco", enquanto Seu Madruga fica tonto na frente da casa da mãe do Quico após "quebrar com a cabeça o vaso", notamos Dona Florinda, por um segundo quase inteiro, parada no corredor que liga a porta da vila ao pátio esperando a sua vez de entrar. Após a câmera captar a sua espera, aí sim que ela entra em cena, balançando a cabeça como se estivesse procurando algo. O mesmo acontece no episódio do Dinheiro Perdido, onde o espelho do guarda-roupa da Chiquinha flagra Carlos Villagrán parado no corredor que liga ao segundo pátio por alguns milésimos de segundo, esperando seu momento de voltar à cena.
Em "Construção", versão com Ramón e Carlos, no fim do episódio Sr. Porpeta (Edgar Vivar), que corria atrás de Chapolin, tropeça e cai no cimento molhado. De uma maneira esquisita, um segundo após o gordão se esborrachar no chão, um jato de água cai em sua direção. De onde veio aquela água? E não seria mais natural a água ir em direção contrária à posição de Porpeta, e não em cima do gordo? Um erro muito esquisito, sem dúvida!
No episódio "Lições de Boxe", há um grotesco erro de continuidade. Logo após Chaves nocautear Quico na casa de Seu Madruga, o pai da Chiquinha, com seu chapéu na cabeça, aparece gritando espantado "Chaves? Chaves? Chaves?". A tomada muda para Chaves, que diz "Ele quem começou". Quando a câmera volta para Seu Madruga, ele está sem chapéu na cena em que imagina Chaves como um boxeador. A tomada volta para Chaves que diz "Foi sem querer querendo" e quando a câmera volta para Seu Madruga, lá está o chapéu, como que num toque de mágica, de volta à cabeça do chimpanzé reumático. Como é que ele tirou e colocou o chapéu tão rapidamente neste meio tempo??
O material que compõe a parte da frente das casas de Seu Madruga e Dona Florinda com certeza é de isopor. Porque quando um dos personagens bate a porta com força ou causa algum tipo de impacto contra a frente da casa, ela dá uma nítida balançada. Reparem no episódio "Seu Madruga Carpinteiro, quando, no fim do primeiro bloco, Chaves, após tomar um cascudo de Seu Madruga, deixa cair o martelo no pé do pai da Chiquinha na frente de sua porta. Seu Madruga, retorcendo-se de dor, joga seu corpo para trás contra sua casa e ela acaba por balançar de uma maneira que parece que ela vai desmoronar. Isso também acontece, e de forma mais intensa, no começo do episódio do Algodão Doce (que termina com a árvore de Chiquinhas), quando Chiquinha entra na sua casa chorando após levar uma bronca de seu pai. Ela bate a porta com tanta força que a frente da casa sacode violentamente. E enquanto isso acontece, o zangado Seu Madruga imita os relinchos de Chiquinha. Cena bem engraçada!
No episódio em que as crianças matam aula, elas cabulam no domingo. Mas se no dia anterior elas foram para a escola, então quer dizer que, no México, tem aula no sábado? Geralmente, as aulas do primário vão de segunda a sexta. Será que no México elas são mais puxadas?
A pichorra  que se parece um urso polar,foi a primeira derrubada por Chaves. Seu Madruga então compra outra, que é parecida, e a leva para casa. Sr. Barriga, que já tinha aparecido na vila, volta com uma pichorra totalmente diferente. O órfão a derruba da mesa de novo, só que com ele junto. O dono da vila vai na casa de Seu Madruga buscar a que o pai da Chiquinha havia comprado e o Seu Madruga prende-a na corda. Detalhe: a pichorra que Sr. Barriga traz da casa de Seu Madruga é igual a que Chaves acabou de quebrar. O que aconteceu com a outra pichorra? Aquela, que era parecida com a primeira. E outra, se o pátio da vila não tem teto, onde a pichorra foi amarrada? É porque em alguns episódios eles consideram o pátio como coberto. Por exemplo, em Seu Madruga Fotografo, Chaves tira uma lâmpada do pátio da vila. Não é na entrada como em É Duro ser Eletricista, mas sim próximo a casa de Seu Madruga.
No episódio do Madruguinha, Quico brinca com sua bola no pátio e Chaves surge no corredor que liga ao segundo pátio pulando corda. Chespirito consegue, sensacionamente, pular corda junto com a bola ao mesmo tempo. Então Chaves dá um chutão na pelota em direção à escada da vila e ela volta nas mãos de Quico, que diz um "obrigado" para quem estava no lugar onde Chaves a mandou. Já Chespirito faz (para a pessoa que estava naquele famigerado lugar da escada) um sinal com a mão falando "Güenta aí, hein?". Muitos sites dizem que Chespirito conseguiu desligar o interruptor do estúdio com a bolada, mas não se consegue perceber isso vendo o episódio. E certamente a pessoa com quem os dois atores falaram devia ser um dos produtores dos seriados (ou quem sabe até o diretor Enrique Segoviano). Pode ser também que eles tenham pedido desculpas para a parede... 
Em "O Calo do Seu Barriga", os pés do dono da vila e também de Seu Madruga incham com o calo. Mas percebe-se claramente que os atores, na hora em que a bolinha colocada em seus pés para que pareça calo incha e diminui, apertam sem parar algo colocado nos bolsos de suas calças. Eles estão apertando algum instrumento que produza ar para encher a bolinha colocada no pé, para que dê a impressão que seja calo. Deve ser um aparelho que lembre aqueles de medir pressão. Mas o erro deve ter sido até proposital, pois, no fim do episódio, Chiquinha pergunta para seu pai "por que ele está fazendo assim", imitando o seu movimento das mãos (a abrindo e a fechando).
Um grotesco erro de edição que deve ter sido cometido pela Televisa. No episódio da Catapora, Chaves está na janela de Chiquinha pedindo que ela dê uma travesseirada em Quico. Ele acaba acertando Chaves, que cai da janela. Em seguida, a tomada muda para o pátio, onde Seu Madruga, com um movimento feito por seus braços, pergunta para Seu Barriga "A minha filha esteve aqui fora?". Ele não acredita e, no momento em que diz "Vou verificar" (Madruga entra em sua casa), misteriosamente Chaves surge chorando no corredor que liga ao segundo pátio. De repente, a tomada muda para o quarto da Chiquinha, onde lá está Chaves "Copperfield" brigando com Quico numa guerra de travesseiros. Detalhe que Gastaldi ainda dubla o pipipi do Chaves, como se ele ainda estivesse chorando. O órfão acaba acertando Seu Madruga com o travesseiro. Um erro sinistro. Talvez a falha mais misteriosa (e tradicional) da história das séries...
Em "Vamos ao Cinema", nota-se um microfone por várias oportunidades quando a câmera filma um pouco a distância, pegando quase toda a platéia presente no cinema. O microfone surge no canto superior direito e é bem fininho, semelhante a um arame. Experimentem achar o microfone no momento em que Dona Clotilde, furiosa, xinga Professor Girafales, que tocou em sua mão pensando que fosse a de Dona Florinda.
Em "Desjejum", Seu Barriga entra na casa de Seu Madruga, mas não sai de lá. Sua última aparição no episódio acontece quando Chiquinha o chama de "Senhor Pança" ao abrir a porta para comprar os ovos. Na cena seguinte, Edgar Vivar já aparece travestido de Nhonho no pátio (ficaria assim pelo resto do episódio) e Seu Barriga acaba esquecido. Tanto que, quando a tomada volta para a casa do pai da Chiquinha, o dono da vila não está mais lá dentro.
Na terceira parte do episódio "O Festival da Boa Vizinhança", Chiquinha briga com Pópis para pegar a sua boneca emprestada, e consegue. Mas na hora da peça, nota-se que é outra boneca.
No final da primeira versão de "Vazamento de Gás" (presente no box 1 da Amazonas Filmes), durante a queda da fachada da casa do homem que toma banho na banheira, percebe-se nitidamente, por uma fração de segundo, a presença do contra-regra, que empurrou a fachada (provavelmente feita de isopor) para que caísse no chão.
Em muitos episódios, quando atiram algo para que caia no pé do personagem, é impressionante a distância em que o objeto cai em relação ao pé do ator. Por exemplo, em "Seu Madruga Carpinteiro", quando Chaves toma um cascudo de Seu Madruga, ele derruba o martelo que tem em mãos. O martelo cai a meio metro do pé de Ramón Valdez, mas ainda assim ele finge que o objeto o atingiu. O mesmo acontece em "A Bola de Boliche", onde Chaves joga por baixo de uma capa de abajur um ferro de passar. O ferro cai a um metro do pé de Quico, que também tem de dizer que se machucou conforme o que manda o script.
Em "A Chirimóia", na cena em que Madruga exige que Chaves guarde o saco de terra, Ramón entra em sua casa tão exaltado que bate a porta de sua casa com força, fazendo com que caia a maçaneta. Ele ainda volta para buscar a maçaneta aos berros: "Anda com esse saco de terra". A interpretação do magistral e saudoso Ramón Valdez foi tão boa que a produção deixou passar assim mesmo, pois enfatizou a irritação do personagem no momento.
Há alguns cortes da edição original, que devem ter ocorrido a partir de erros de gravação. Por exemplo, há um esquisito corte entre a cena em que Quico berra para o pai da Chiquinha que ele vai se casar com "essa Bruxa do 71" e a sua continuação, quando ela pergunta "O que você disse Quico?". Outro caso semelhante: Chaves confirma que Chiquinha voltará de Presidente Prudente. Numa tomada, Dona Florinda aparece bem séria. De uma hora para outra, ela fica com um semblante de desespero dizendo "Não! Não!", com uma expressão bem diferente da tomada anterior. Já no episódio de Porca Solta, a enfermeira (Florinda), depois de dizer que só se pode comunicar com o louco através de sinais, aparece na tomada seguinte como se estivesse incrédula com algo dito pelo detetive (Carlos), que simplesmente continua o diálogo. A esquisita cena da enfermeira não devia aparecer naquela ocasião. O erro de edição pode ter sido cometido pelo SBT. O corte mais tosco ocorre em "Vamos à Disneylândia", onde após Chapolin ter mostrado a caricatura do "Senhor de Barbas e Careca" para Racha Cuca, acontece um esdrúxulo corte para uma cena ocorrida no bar, onde dá impressão de que Chapolin resmunga já há algum tempo (e a imagem treme um pouco na hora do corte). De repente, aparece a voz de Gastaldi dizendo "Cambada de traidores, por que me deixaram sozinho com o Racha Cuca?". Também deve ter sido erro do SBT... E, por fim, no episódio do Despejo, quando Florinda se lembra de seu marido Frederico, após o cale-se cale-se do pai de Quico, Florinda pede perdão a ele e, de uma hora pra outra, a tomada muda para ela ajoelhada ao berço de Quico bebê, onde ela diz temer nunca mais ver seu marido. A cena cortada do trecho voltou a ser apresentada recentemente, e ela não tem som nenhum na dublagem brasileira. Deve ter dado trabalho na remasterização...
As mágicas nas séries eram muito mal feitas pela produção. No episódio do Chirrin Chirrión do Diabo, quando um objeto aparecia ou sumia na frente de Fausto (Chespirito), o personagem demorava uns três segundos para perceber o fenômeno. Algo semelhante aconteceu no episódio da Casa da Bruxa: Chaves vê um bolo em cima da mesa e quando se prepara para pegá-lo, ele desaparece. Três segundos depois do desaparecimento do bolo, Chaves se movimenta para pegá-lo e aí que ele percebe que o bolo sumiu. Sem contar que nos dois segundos posteriores ao sumiço, Chaves ficou olhando empolgado para uma mesa vazia...

Os atores em várias ocasiões deixam escapar uma risadinha durante as gravações. Carlos Villagrán ri em diversas oportunidades, como no momento em que chupa um pirulito no episódio da "Independência" na frente de Chaves, que tenta estudar o grito da Independência (Carlos cobre o rosto com o pirulito - estranhamente quebrado no canto inferior direito - quando não segura a risada). Em "A Sociedade", o bochechudo ri de novo no momento em que fecha a porta após fazer "gentalha gentalha" em um Seu Madruga todo melecado de massa de churro. Em "A Recuperação", em muitos momentos Florinda Meza segura as risadas com as palhaçadas de Quico. Ela chega até a colocar descaradamente a mão na boca. Já em "O Exame Final", é a vez de Rubén Aguirre cair na gargalhada após Edgar Vivar, na pele de Nhonho, imitar o choro da Chiquinha. Até Angelines Fernandez deixou escapar uma pequena risadinha na cena de "Abre a Torneira" em que ela diz "Ou me manda pintar..." e Quico pergunta: "Pintar? Mas a senhora é palhaço, é?". E ainda há uma risada descarada de Chapolin no episódio das Goteiras. Após o herói dar o primeiro banho no Guarda (Ramón) da janela da casa de Florinda, Chespirito, na hora, não se contém e cai na gargalhada. Ele não consegue segurar o riso e é obrigado a colocar o balde na frente de seu rosto por quase um minuto ininterrupto, até conseguir se controlar e continuar a cena.
No episódio em que o Chaves é mordido por um cachorro e todos discutem sobre a mordida e a possibilidade de raiva, na hora em que Seu Madruga pega o Chaves para ir procurar o tal cachorro, a câmera mostra um pedaço da parede sem nada com fundo preto - provavelmente o teto do cenário.
No episódio "O Filme de Terror", Quico, quando vê a Bruxa do 71 coberta com o lençol, assustado deixa o copo cair de sua mão, mas aí, quando Chiquinha vê que Chaves está paralisado, ela pega o mesmo copo que está em cima da mesa.
No episódio "Expedição na Pirâmide", onde Chapolin fala "Veja, o Colosso do Ceará", evidencia-se a paupérrima produção das séries na cena em que a múmia (Villagrán), Chapolin, o árabe vivido por Rubén e o aventureiro Ramón entram juntos no sarcófago. Assim que Ramón entra, percebe-se uma brusca mudança de iluminação entre uma tomada e outra, com a câmera no mesmo lugar. O sarcófago começa a se mexer (com os "movimentos" dos personagens), enquanto que nota-se evidentemente uma mudança de reflexo na saída do lugar onde está o sarcófago, lembrando que aquilo é semelhante ou é um espelho. Quem ver essa cena na hora nota a grande diferença entre um cenário e outro na hora em que Ramón entra no sarcófago.


No episódio em que Rubén Aguirre quer se tornar super-herói (Estamos Aqui Pra Isso), quando Chapolin tenta erguer o halter, nota-se claramente que um dos pesos, no momento em que Chapolin inclina o halter, escorrega, chegando exatamente à metade da barra. Os produtores, percebendo o erro, colocam uma tomada em que Chapolin não aparece (e sim apenas Rubén e Edgar) e, na seguinte, o halter está consertado, com os pesos em seus devidos lugares, com Chapolin se esforçando para erguer aquele falso peso de isopor. No mesmo episódio, nota-se claramente no ringue o falso piso de isopor montado exatamente para que os atores caiam em cima nas cenas de queda. O piso falso está com um marrom mais forte em relação ao piso original. Eles não são nem loucos de cair em cima do chão durinho. Semelhante erro ocorre no episódio "A Casa Caindo de Velha" diversas vezes, com os mesmos e toscos pisos falsos feitos de isopor espalhados pelo chão da casa e os burrões caindo. A produção na época era tão humilde que os pisos falsos tinham as exatas dimensões de quadrados, com quatro lados idênticos.


No episódio do Tatatatatatatatatatatatatataraneto do Pirata Alma Negra (com os 14 tatas), ocorreu um dos maiores erros de gravação da história das séries, provocado por uma grotesca falha da produção. Depois da cena em que Chapolin cai no buraco cavado por Villagrán, que o enterra, a tomada muda, de uma hora para outra, para uma cena semelhante a do início do episódio, quando Florinda chega na casa mal-assombrada. Ela se encontra apenas com uma camisa de listras horizontais (que lembram toalhas de piquenique) junto ao suspensório de brim. Ela topa com Alma Negra e, amedrontada, invoca o Chapolin vestida assim. Chapolin surge em uma tomada em que Florinda está ausente e, quando a câmera volta para a atriz, ela aparece vestindo um casaco amarelo por cima dessa roupa. Só pode ter sido mágica dela ter feito o casaco amarelo surgir tão de repente, já que ela iria desaparecer na frente do Chapolin no final. Ou quem sabe ela não bateu o recorde mundial do indivíduo que mais rápido vestiu um casaco no mundo.
No episódio "Roupa suja se lava em público", quando Quico ri de Seu Madruga dizendo que ele, mesmo tão grandão, ainda faz xixi nas calças, nota-se a chama de um fósforo aparecendo na janela da casa da Dona Clotilde.
Era a atriz Angelines Fernandez que, fumante, aproveitava enquanto a sua Bruxa do 71 não entrava em cena e acendia um cigarro. Ela morreria em 1994, vítima de câncer no pulmão.
No episódio em que Chaves, Chiquinha e Quico entram na casa da Bruxa do 71, no final ela traz pirulitos pra todos eles. O curioso é que, primeiramente, eles aparecem embrulhados com papel transparente e, logo a seguir, em outra tomada de cena, os pirulitos estão embrulhados com um papel vermelho.
No episódio do Escorpião, as falhas ocorrem com o animal e o vidro onde ele está. Na primeira parte, o escorpião é grande e o vidro onde ele estava tinha uma rolha imensa. Porém, na segunda parte, o escorpião é bem menor e o vidro onde ele está, ao invés da rolha, tem uma tampa, pra impedir que ele saia de lá. Sem contar que o vidro é muito maior que o da primeira parte.
No episódio em que Chaves e Quico chutam pênaltis com a narração da Chiquinha, ocorre outro erro envolvendo pirulitos, pois, inicialmente, o pirulito com o qual Chiquinha narra os pênaltis é colorido. Instantes depois, ele fica totalmente verde para, em seguida, voltar a ser colorido.
Houve outro erro de continuação no episódio em que Seu Madruga resolve pintar as cadeiras e a porta de sua casa, pois na primeira parte desse episódio, Chiquinha usa sapatos pretos com um pequeno salto e, na segunda parte, ela usa os sapatos brancos que sempre costuma usar.
No episódio do Dia Internacional da Mulher, o número das portas de Seu Madruga, Dona Florinda e Dona Clotilde, curiosamente, aparecem pintados de vermelho... Seria uma homenagem às mulheres?
Ainda sobre portas, no episódio em que Chaves, Chiquinha, Quico, Nhonho e Pópis são reprovados na escola, a porta da casa de Seu Madruga está completamente diferente da que costuma ser usada em sua casa, pois ela está com uma moldura no meio e um 72 bem maior do que o normal pintado.

No episódio em que Seu Madruga tenta trocar a lâmpada da vila que sempre é quebrada pelo Chaves, tem uma parte em que a Chiquinha persegue a Pópis, e deixam tontos Seu Madruga e Chaves. Então os dois começam a ''dançar'' no meio do pátio, mas curiosamente, no momento em que Seu Madruga está tonto, ele tem uma lâmpada na mão. Quando começa a dançar com o Chaves, a lâmpada não está mais na mão dele e, quando termina a dança, a lâmpada , como num toque de mágica, volta para a sua mão.
Em 1975, quando estréia a entrada da vila com aquele corredor maior e um portão, Quico olha para trás e se nota um figurante a uns 10 metros de distância. Porém em 1976, quando Chaves recolhe latas vazias, Chiquinha corre atrás de Quico com uma caixa de papelão, e a rua é representada por um muro a meio metro do portão da vila.
No episódio das Goteiras, Chaves diz que não tem nenhum balde vermelho. E não tem mesmo. Mas curiosamente, alguns minutos depois, surge um, em cima do sofá da Dona Florinda.
No episódio do Dia da Independência, quando Quico deixa um balão escapar de propósito para Chaves tentar pegá-lo, aparece o teto do estúdio, O mesmo acontece no episódio  dos balões do Chaves, até mais nitidamente.
No episódio em que os moradores da vila vão para o cinema, o número da porta da casa da Dona Florinda não é 14, como de costume, e sim 24.

Em um certo momento do episódio da Falta d'água 1ª versão, Dona Florinda e Professor Girafales saem de mão dadas e quando passam pela casa da Dona Clotilde, fazem as cortinas balançarem, mostrando que não há vidros naquela janela.
No episódio ''Roupa Velha 1ª versão'', Seu Madruga mora na casa que futuramente seria de Dona Florinda.
Em episódios mais antigos, como o do Madruguinha, há apenas um tanque na vila, ao invés de dois, como geralmente acontece.
No episódio da Recuperação, no qual Seu Madruga e Dona Florinda estão na classe, quando ela diz "Bem, você sabe, a pintura surrealista..." no começo do episódio, na janela atrás de Dona Florinda se nota uma pessoa passando do lado de fora da escola: uma mulher de camisa azul com uma bolsa, durante uma fração de segundo.
Nos primeiros anos de filmagem, o boné de Chaves caía constantemente, como no episódio do cofrinho do Quico e da bola confiscada pelo Seu Madruga. Por isso o boné foi trocado, posteriormente.
No episódio "Quem tem Zarabatana também precisa de Chumbinhos" (presente no quinto box da Amazonas Filmes), María Antonieta de las Nieves escorrega de verdade no chão molhado e a equipe dos Estúdios Gábia aproveitou para colocar uma sonoplastia engraçada na hora, como se o escorregão fosse premeditado (no áudio original, não se ouve nenhuma  vinheta durante o escorregão).








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