segunda-feira, 18 de janeiro de 2016


Fotos do Troféu Heraldo, que o seriado ganhou como o melhor programa humorístico de 1974. 

   Se por um lado passou tão rápido o tempo, por outro a Internet avançou horrores. Lembram-se daqueles vídeos de episódios perdidos na íntegra de baixa resolução, em que os rostos dos personagens e os cenários se assemelhavam a mosaicos? Hoje seriam motivo de piada se comparados aos de alta resolução disponibilizados por muitos sites e pela facilidade de hospedagem e downloads com o crescimento das conexões banda larga pelo país. Mas aqueles vídeos revolucionaram, já que muitos conheceram episódios perdidos famosos como "Espíritos Zombeteiros", "A Pichorra" e "Seu Madruga Fotógrafo parte 2" daquela maneira, ambos disponibilizados pelo então novato Turma CH. Dessa maneira, juntamente com a tradição de mantermos um grande time de colunistas e o enfoque ao conteúdo escrito, adquirimos uma grande credibilidade para com o internauta fã dos seriados. Tanto que, quando a qualidade dos vídeos CH obteve considerável melhora, o Turma CH deixou de lado o setor multimídia para se dedicar apenas aos textos, e ainda assim o site é considerado um dos melhores sobre as séries de Chespirito do país. 

            2016 começou com tudo. Chapolin  firme no boomerang. Chaves passa com  mais perdidos e houve a promessa da volta de chapolin com perdidos e inéditos em vários dias e horários na programação.  E, principalmente, o desenho animado do Chaves estrearia logo no boomerang. Na oportunidade, nem o mais pessimista dos chavesmaníacos acreditaria que,  um marasmo - monotonia com direito a teias de aranha e mofo - tomaria conta do meio CH. Neste meio tempo, Chapolin saiu do ar no boomerang,  os outros perdidos de chaves nçã voltaram, e nem chapolin e o desenho já saiu do ar no boomerang[bem como o seriado chaves]. 

            O recente cancelamento da volta dos perdidos  de  Chaves no horário da 18h30min  parece não ter chateado tanto os fãs, principalmente os habitantes da capital paulista, onde o seriado continua com boa audiência (lembrando: os números do Ibope consideram apenas os aparelhos de televisores de São Paulo). Alguns chavesmaníacos reclamavam de uma saturação da série, com a apresentação de três histórias por dia, provocando uma constância cada vez maior nas reprises. A crítica era em cima da exibição de um mesmo episódio em um curto espaço de tempo. Se por um lado enjoa o telespectador, por outro reforça um dos pontos fortes de Chaves no Brasil na minha opinião, que é a memorização dos bordões e diálogos que promovem inúmeras reuniões de amigos a fim de relembrar grandes cenas para gargalharem à vontade e imortalizar ainda mais o seriado. Chaves talvez seja o único programa em que o acompanhamento de uma reprise de episódio seja mais envolvente do que um inédito, com situações nunca vivenciadas antes. É óbvio que sou contrário a ausência dos perdidos que faltam de Chaves, pois sou favorável à  apresentação diária  deles. Mas com esse  diretor de programação inútil chamado murilo fraga, justamente pegando no pé do chapolin, o fã  é que se estrepa. Por isso que nem se pode utilizar a desculpa de um cancelamento temporário para que depois volte com tudo, como ocorreu várias vezes já. De que adianta voltarem a apresentar um episódio perdido depois de q anos ausente, se passam só para São Paulo? Entre a saturação de episódios e a ausência do seriado, nem que exibam a série 24 horas por dia. Ch é melhor do que qualquer programa do SBT mesmo...

Quanta saudade!
       2015 é considerado, na minha opinião, o pior ano história recente do meio CH. Num sábado macabro, o SBT colocou o enlatado "raven" no lugar de Chapolin, pegando todos de surpresa. Na ocasião, a expectativa era para a apresentação de um  episódio inédito. Foi uma decepção de proporções nunca vistas no meio CH. Aquele triste dia supera, na minha opinião, o 14 de agosto de 2000 em que Chapolin deixou a programação diária depois de mais de uma década para dar lugar ao Horário Político obrigatório. desde aquele dia, portanto, o seriado do Polegar Vermelho não consegue uma instabilidade na grade. E o golpe foi duro, porque,  Chapolin foi retirado do ar num momento em que sua manutenção na grade de sábado parecia cada vez mais tranqüila,  para ser preterido por uma série consagrada, mas já presente na grade diária. Sempre repito que, se faltou audiência para a permanência de Chapolin, foi por culpa do próprio SBT. Pela incompetência de seus diretores, a emissora sabia que estava reprisando episódios de propósito. Se tivessem veiculado comerciais do tipo "Chapolin, agora com episódios inéditos", certamente o resultado seria outro. Até na grade diária o sucesso estaria garantido. Parece até que eles sabem dessa possibilidade, mas não a admitem por não suportar as séries CH. Continuo convicto de que a permanência de Chaves é forçada pela audiência que obtém até hoje, chegando em muitos casos ao primeiro lugar semanal da emissora.

  Já o desenho do Chapolin era muito aguardado  quando estreou na América Latina. A estréia no SBT ainda não ocorreu,  apesar da sentida ausência do doutor chapatin. Devemos considerar que a animação não veio para substituir o seriado, e sim para servir como uma adição à obra de Roberto Gómez Bolaños. 

 

fofalhas da gentoca:

O assunto que mais sacudiu o meio CH nos últimos dias foi a surpreendente indicação do seriado Chaves ao Troféu Imprensa na categoria de melhor programa infantil.  A indicação aconteceu pela mudança de regulamento da premiação, com o aumento de três para quatro concorrentes por categoria. Chaves entrou como tapa-buraco na disputa contra os medalhões Sítio do Pica-Pau Amarelo, TV Xuxa e Bom Dia & Cia. Infelizmente, apenas Sônia Abrão , chavesmaníaca fanática como já conferimos no extinto Falando Francamente do SBT, votou no seriado. Os demais cabeças-de-camarão preferiram dar o prêmio à Xuxa (sem comentários) e ao Sítio (que não chegam nem aos pés de Chaves), e no Troféu Internet, onde a vitória poderia ser mais provável, os internautas elegeram o Bom Dia & Cia. Valeu pela lembrança, mas muita gente desceu o cacete na direção do SBT em função do seriado concorrer como programa infantil, já que ele é considerado adulto para os mexicanos e Chespirito não o planejou e produziu pensando exatamente nas crianças. Ora, mas no Brasil criou-se essa cultura de Chaves ser infantil, e esse patamar é irreversível. Hoje em dia, é comum vermos pessoas entre 20 e 30 anos alegando que viam o seriado quando crianças e que hoje não assistem mais. O interessante é que, na apresentação de Chaves no Troféu Imprensa, o SBT apresentou trechos da abertura original de Chaves (a de 1976 com cenas de cada personagem e o nome do ator em letras amarelas). 

 
O mesmo site do Fã-Clube Chespirito-Brasil publicou uma verdadeira pérola: fotos de Raúl Padilla, o intérprete do carteiro Jaiminho, passeando por Tangamandápio. Isso mesmo, a cidade existe de verdade, um divertido passeio de bicicleta de Padilla pelas ruas da cidadezinha da divisa do estado, maior do que Nova York e que não está no mapa.  Esta visita ilustre deve ter acontecido na segunda metade da década de 80. O ator morreu em 1994.


No ano passado, desenvolveram para a revista Experiência, uma matéria intitulada "O Fenômeno Chaves".  Ela está desatualizada, mas garanto que vale a pena dar uma conferida. 
 mais uma vez a Globo se rendeu à magia de Chespirito. Confira acima o destaque dado pelo site Globo Esporte a um dos gols de Edmundo. 

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