segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O LADRÃO DO MUSEU DE CERA[1977]


Resumo do episódio inédito exibido no dia 19/8/2006
            PRIMEIRO BLOCO - Numa praça (semelhante a do episódio Pedintes em Família), o guarda (Carlos Villagrán) se dirige até o telefone público. Enquanto ele disca, chega uma moça (María Antonieta de las Nieves), também disposta a usar o telefone. O guarda percebe que sua ligação não se completa e coloca o fone no gancho. A moça se aproxima para pegar o fone, mas é surpreendida pelo guarda, que o apanha novamente. Isso ocorre duas vezes, para a irritação da moça, que começa a olhar para o relógio. O guarda pergunta se ela vai usar o telefone. Ela ironiza negando e diz que vai comprar um pastel. Mais uma vez o guarda coloca o fone no gancho e o tira novamente no momento em que a moça tenta pegá-lo. Ela pergunta se o guarda não terminou e ele diz que está tentando telefonar pra sua casa. María Antonieta afirma que uma pessoa que ocupa por muito tempo um telefone público não possui cultura nem educação cívica. Ela até se desculpa por falar daquela maneira, justificando que não tem osso na língua. "Acho que engoliu", responde o guarda, que se refere, na verdade, ao telefone que engolira sua ficha. O guarda pergunta se ela não tem uma para emprestar e ela diz que a única ficha que possui é para o telefonema dela.

O policial atrapalhado não deixa a moça usar o telefone
            Enquanto María tenta tomar o fone do policial, ele se lembra que tem mais fichas no bolso de sua calça, mas percebe que ele está furado. Ela novamente pede o fone, mas o guarda se lembra que, em uma outra ocasião, quando seu bolso estava furado, a ficha foi parar dentro de seu sapato. Ele o tira e realmente acha a sua ficha, para irritação da moça. O policial atrapalhado disca e acaba usando o sapato como fone. Ele procura por mais uma ficha, lembrando que já usou 15 fichas a fim de tentar falar com sua casa, já que o assunto é urgente. Ela pergunta se há alguém doente e se aconteceu algo importante. O policial nega e diz que quer perguntar pra sua mulher se já consertaram o telefone. María Antonieta se revolta e toma o fone do policial, que fica todo sem jeito. Enquanto finalmente ela começa a usar o telefone, um sujeito (Ramón Valdez) se aproxima do telefone, passando na frente do guarda, que diz que chegou primeiro. Ramón pergunta: "em que hipódromo você corre?". O policial afirma que a fila está atrás dele. Ramón olha pra trás e diz que, se ela estava, já saiu. O guarda deixa claro que não admite que nenhum idiota passe em sua frente. Ramón, por sua vez, permite e deixa o guarda passar. O sujeito coloca que não veio para telefonar, e sim para trabalhar. Ramón se aproxima do telefone, pega a bolsa de María Antonieta pendurada no gancho do poste telefônico, e foge. Ela, tão distraída com o bate-papo, nem percebe. O policial finalmente se dá conta de que Ramón é um ladrão e grita, chamando pela polícia. Até que Villagrán se dá conta, tira e olha para o seu quepe, e tira a brilhante conclusão: "Eu sou a polícia". O guarda perde o ladrão de vista e, em frente a um balanço de playground, invoca Chapolin. O herói aparece em um escorregador.

O episódio marca a estréia do uniforme com o coração maior
            Ele desce e vai de encontro ao policial, que antes de se estender no chão, se pendura no balanço. Villagrán especifica a Chapolin que o ladrão roubou a bolsa da moça, que continua batendo o maior papo sem perceber nada do que aconteceu. O policial não sabe explicar ao Chapolin a direção em que foi o gatuno. Em uma das direções apontadas pelo guarda, fica o museu de cera. O policial se dirige até lá para procurar o ladrão, enquanto o herói o buscará pela praça. Chapolin decide recorrer às suas anteninhas de vinil para encontrá-lo e quase que sobre até o topo do escorregador. E enquanto María Antonieta continua falando bobagens pelo telefone, as anteninhas começam a captar a presença do inimigo. E Ramón realmente se aproxima, vê Chapolin, e esconde a bolsa na barriga. Polegar Vermelho logo estranha ao ver o volume a mais trazido no estômago de Ramón, que alega ser um tumor. Chapolin vai ver se ele dói e Ramón finge sentir dor. O herói pede para que ele se cuide e se afasta.

Como um tumor pode mudar de lugar? E de uma hora pra outra?
            Ele tira a bolsa e agora a esconde nas costas, já que Chapolin resolve voltar. O herói estranha que o "tumor" desapareceu. Ramón alega que o seu tumor sempre muda de lugar pelo seu corpo, enquanto a alça da bolsa acaba escapando e ficando toda pra fora. Chapolin pensa que ele tem rabo, mas o ladrão explica que sua cinta é muito comprida e sai do lugar. Chapolin justifica que Ramón é tão magro que a cinta, folgada, dá 14 voltas pelo seu corpo. Rindo, o herói chega a recomendar que ele coma mais, já que está fraco, enquanto Ramón mescla riso com irritação. Chapolin retoma o assunto anterior, dizendo que procura por um homem que carrega uma bolsa de uma mulher. Ramón recomenda que Chapolin vá até a Praça da República (uma das mais populares de São Paulo, em que pessoas de todos os "tipos" costumam marcar presença...). O herói especifica que o que procura é um ladrão que roubou a bolsa e pergunta se Ramón não o viu. Quando ele vai responder, percebe que a bolsa de María Antonieta está no chão. Ele responde que não, enquanto tenta esconder a bolsa com as pernas. Chapolin estranha o seu comportamento, chamando a atenção para um olhar de peixe morto. Até que o Polegar vê a bolsa caída. Enquanto ele se abaixa para apanhá-la, Ramón acerta Chapolin com um porrete. O herói diz: "Se acha que esse golpe me afetou, permita-me dizer que sim". E ele vai a nocaute. Ramón foge com a bolsa, enquanto María Antonieta continua conversando no telefone com a maior descontração. FIM DO PRIMEIRO BLOCO

O ladrão golpeia Chapolin e foge com a bolsa
            SEGUNDO BLOCO - No museu de cera, a guia (Florinda Meza) apresenta aos visitantes o salão mais popular do museu: o salão dos delinqüentes. Enquanto ela explica que ali estão as estátuas de cera dos mais famosos delinqüentes do mundo, o ladrão (Ramón) se refugia entre os visitantes. Chapolin e o guarda (Villagrán) vão à sua caça, mas em outro lugar do museu. Ela diz que as estátuas são tão bem feitas que parece que elas estão vivas. Ramón concorda. Ela pede para que os visitantes lhe sigam e começa a apresentar um a um os monumentos (representados por atores que ficam estáticos). O primeiro é Landru, o assassino de mulheres. Quando ela pergunta se eles o conhecem, Ramón diz que sim. O segundo é Dillinger, gângster dos anos 30. Sua estátua está na frente de uma bilheteria de um cinema, e Florinda explica que ele morreu metralhado pela polícia na saída do cinema. Ramón também alega conhecê-lo e imita os movimentos de quem segura uma metralhadora. Uma outra estátua presente na sala é de um juiz de futebol (tão massacrado por Chespirito em seus "libretos" que ganha um lugar entre os delinqüentes). Florinda pergunta se os visitantes não sabem que é o próximo bandido. Ramón diz que sabe, enquanto olha para o outro lado preocupado. Florinda, já um pouco irritada, pergunta a ele quem é. Ele não sabe responder e ela diz que se trata de Al Capone.

A guia do museu perde a paciência com o ladrão
            Ramón então tenta reconhecer as demais estátuas e se aproxima de um velho. Ele mesmo afirma ser o zelador do museu (Rubén Aguirre). Ou seja, não se trata de nenhuma estátua (ao menos no script do episódio). O zelador avisa que já está na hora de fechar o museu. Florinda leva os visitantes até a saída. Ramón vai junto. O zelador, em frente a uma placa que diz "proibido fumar", pega um cigarro. Ele acende o fósforo em plena placa.

Não está lendo o cartaz?
            O zelador, meio pancada, começa a dar "boa noite" para cada estátua. Para Al Capone, ele pede que não encha a cara. Para Nero (o mesmo que botou fogo em Roma), nada de "saidinhos". Para Landru, cuidado quando for ao baile de mulheres famosas. Para o juiz (a quem ele chama de Yamasaki), ele pede para que não marque pênaltis fora da área. Para Dillinger, que não bagunce o museu, pois no dia seguinte será domingo e muitas pessoas o visitarão. De repente, o zelador se depara com Chapolin, que estranha o fato dele conversar com as esculturas.

O zelador tem a mania de conversar com as estátuas. Que o digam (no sentido horário) o juiz de futebol, Landru, Dillinger e Al Caponer
            Rubén o qualifica como novo, porém mal-feito, naturalmente pensando que Chapolin é uma estátua. E ainda diz que a cera não foi suficiente para fazê-lo em tamanho natural. Chapolin nega ser uma estátua e diz que está atrás de um ladrão. Nesse instante, a câmera foca o juiz de futebol e Ramón, que aparece. Antes da câmera voltar para Rubén e Chapolin, percebe-se nitidamente uma piscada de olho do ator que interpreta a estátua do árbitro. Chapolin diz que se escondeu no museu um homem de carne e osso, ou mais osso que carne. Ramón, escondido, ouve.

Até Chapolin é confundido com uma estátua
            Chapolin diz que o policial está vigiando a entrada do museu e, por isso, acredita que Ramón não tenha conseguido sair. O zelador pede que Chapolin não danifique as esculturas. O herói retruca, dizendo que sabe que as peças do museu têm que ser tratadas com muito cuidado. Pra variar, acidentalmente, o herói derruba umas das peças (essa, um boneco-manequim). Chapolin arranca o braço do boneco, que se soltou depois da queda, e o joga no lixo. De repente, Chapolin se depara com um monumento de Adolf Hitler (muito bem representado por Horácio Gómez Bolaños). Hitler está com cara de mau e com o braço esquerdo levantado. Chapolin mostra a língua para ele, o encara, faz caretas e lhe dá um tapa no estômago. Hitler baixa o braço. Chapolin tenta levantá-lo, mas o braço sempre cai. O herói tenta levantar o braço direito, mas acaba virando a estátua de maneira que ela fite o herói, o encarando. Chapolin tenta virar sua cabeça, mas ela sempre volta. Polegar então dá um "pedala", um tapa na cabeça da estátua, e ela acaba virando pra baixo. Chapolin se abaixa e o braço direito da estátua cai e atinge o herói, que vai ao chão. Enfezado, Chapolin arregaça as mangas e dá uma surra na estátua. O zelador ouve o barulho e pergunta o que aconteceu. Chapolin, com o quepe de Hitler escondido nas costas, diz que não ocorreu nada. Enquanto isso, aparece um dos pés e uma das mãos do monumento, todo arrebentado, dentro da lata de lixo.FIM DO SEGUNDO BLOCO

Chapolin x Hitler: um encontro que dá o que falar
            TERCEIRO BLOCO - O zelador pergunta a Chapolin se ele sabe onde está Hitler. "Sim, no inferno", recebe como brilhante resposta. Ele deixa claro que está falando da estátua. Chapolin afirma que ela saiu e não quis deixar recado. O herói decide continuar procurando o ladrão e diz "sigam-me os bons". Apontando para a estátua do juiz de futebol, Chapolin diz: "Você não, Arthur". O herói (ou a dublagem Maga) se referia ao inglês Arthur Ellis, árbitro da chamada "batalha de Berna" - como é conhecida a partida de quartas-de-final da Copa de 1954 entre Brasil e Hungria, em que o escrete húngaro venceu nossa seleção por 4 a 2 - cuja atuação fora muito contestada pelos brasileiros. Enquanto o zelador resmunga sozinho, Ramón volta para o salão dos delinqüentes e se finge de estátua. O policial aparece e percebe a presença do ladrão, que permanece estático, agindo como se fosse um monumento. O guarda saca sua arma e pede a Ramón que levante as mãos. Rubén o tacha de louco e diz que estátuas não podem levantar as mãos, achando que Ramón realmente é uma. Villagrán afirma que ele não é estátua. Chapolin aparece e também vê Ramón. O zelador diz que é um grave delito danificar as estátuas. Chapolin, todo sem jeito, diz que o Hitler "começou com umas coisas", o deixando nervoso. Chapolin pergunta por Ramón e Villagrán deixa claro que ele não é uma estátua, ao contrário de Rubén, que insiste que ele é um monumento e deixa o salão, dizendo que irá contatar os responsáveis pelo museu para expulsá-los do local.

O ladrão se passa por estátua
            Chapolin dá razão ao zelador, achando também que Ramón é uma estátua, e compara os ladrões, gatunos e assassinos com vendedores de "autos-usados" e editores de fotonovelas. Villagrán pergunta se Chapolin tem certeza de que realmente é uma estátua. O herói afirma que sim, pois a considera muito bem feita. Ramón abre um sorriso, sem os dois perceberem. Chapolin se refere aos olhos de cachorro de pelúcia, o irritando um pouco. Chapolin resolve dar um beliscão na perna da estátua. Naturalmente, Ramón sente, mas agüenta firme. Chapolin, vendo que o ladrão não esboçou reação, justifica que a "estátua" está forrada com couro de burro. Novamente, Ramón se enfurece. Chapolin resolve apertar as bochechas de Ramón e diz que elas estão forradas com couro de hipopótamo. Villagrán se impressiona com os pêlos do nariz, que se parecem de verdade. Chapolin os arranca, enquanto Ramón suporta.

Ele pena com Chapolin e, arrependido, devolve a bolsa de María Antonieta
            Quando o policial pede para Chapolin para que não perca tempo e ajude a procurar o verdadeiro ladrão, as anteninhas de vinil de Chapolin novamente detectam a presença do inimigo. Villagrán e Chapolin se viram de costas, enquanto Ramón pega seu porrete a fim de dar outro golpe no herói. Mas Chapolin se vira antes e vê que a "estátua" mudou de posição, pois Ramón novamente fica estático na hora em que o herói o fita. Isso ocorre diversas vezes até que Chapolin chega à conclusão de que Ramón não é estátua. O ladrão pede para que Vermelhinho prove, aí percebe que falou demais e volta a ficar na posição anterior, se fingindo de estátua. Chapolin pega a marreta biônica e o atinge sem parar. O policial acaba levando um golpe também. O ladrão, arrependido, decide devolver a bolsa a Chapolin e ao policial. Na praça, Villagrán explica a Chapolin como foi que Ramón roubou a bolsa de María Antonieta, que continua falando no telefone. Ele a coloca no gancho do poste telefônico onde a moça a havia deixado, no momento em que ela encerra a conversa e desliga o telefone. Ela pega a bolsa e vai embora, sem perceber nada do que aconteceu, para espanto de Chapolin e o policial. FIM DO EPISÓDIO

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