Caso estivesse vivo, Roberto Gómez Bolaños, uma das maiores personalidades que a televisão já conheceu, estaria completando 87 anos de vida neste dia 21 de fevereiro.

Conhecido a nível mundial como “Chespirito” (um pequeno Shakespeare), e filho dos destacados artistas plásticos Francisco Gómez Liñares e Elsa Bolaños Cacho, Gómez Bolaños nasceu na Cidade do México no ano de 1929.

Em sua juventude, Chespirito estudou engenharia mecânica e elétrica; além de um bom estudante, também foi um ótimo jogador de futebol amador e praticou boxe. No início da década de 50, ingressa na Publicidade Darcy, como aprendiz de escritor e começa a criar jingles, slogans, anúncios e folhetos; ganha destaque pelo seu trabalho, e assim, chega aos programas de rádio e televisão. Recebe a oportunidade de escrever um programa com Viruta e Capulina, intitulado “Cómicos y Canciones”; êxito no rádio e maior ainda na televisão durante mais de 10 anos.

Em 1956, casa-se com Graciela Fernández, após 5 anos de namoro. O relacionamento deu fruto à seis filhos, sendo cinco mulheres e um homem (Roberto Gómez Fernández, que hoje segue os mesmos passos do pai).

Ao longo dos anos, Chespirito escreveu e atuou em vários programas para a televisão e até para o cinema, sempre conseguindo reconhecimento e prestigio através público. Inicia “Los Supergenios de la Mesa Cuadrada” e “El Ciudadano Gómez” em 1968 e logo em seguida o programa de esquetes cômicos intitulado com seu próprio apelido (Chespirito) em 1970. É nessa época que surgem “Chapolin” e posteriormente “Chaves“. O sucesso foi tanto, que em pouco tempo ambos viram programas independentes e são importados para o mundo todo. Estima-se que em 1975 “Chaves” era visto semanalmente por mais de 350 milhões de pessoas, de todas as idades e classes sociais, em diversos países. Ainda na década de 70, Chespirito apresenta o filme “El Chanfle“, sucesso de bilheteria.

Entre 1980 e 1995, após desfalques em suas séries de sucesso dos anos 70, Bolaños retoma o Programa Chespirito. Desta vez bem mais estruturado e com vários quadros, suas histórias seguem conseguindo ótimos índices de audiência.

Em 2004 casa-se pela segunda vez, nesta ocasião foi com Florinda Meza, após estarem juntos desde o final dos anos 70. O casal estava residindo na cidade de Cancún, no México, pois a altura da Cidade do México, devido à altitude, não fazia bem à saúde de Bolaños. Apesar de continuar em sua casa em Cancún, também no México, Bolaños não resistiu à idade, problemas respiratórios e dificuldades de locomoção, e faleceu aos 85 anos, no fatídico dia 28 de novembro de 2014.