Os Documentos Confidenciais (1976). Dublagem MAGA.
BGM: "Puff Along" | |
O episódio começa com Carlos num quarto colocando um microfone escondido num abajur. Alguém bate na porta em código, Carlos responde batendo em código. | |
Carlos: | Quem é? |
Carlos abre a porta e Ramón entra. | |
Ramón: | Já? |
Carlos: | Já! |
Ramón: | Já o quê? |
Carlos: | Já tá tudo pronto! |
Ramón: | Então vamos! |
Carlos: | Vamos! Vambora vambora! |
Os dois saem do quarto. Neste momento Florinda sai do elevador e os dois começam a disfarçar. | |
Ramón: | Ah que bom encontrar com você! Fazia muito tempo que eu não te via não é? O que tem feito?? |
Carlos: | Pois é, imagina...eu comprei um carro automático! |
Ramón: | Ah é? |
Carlos: | É, uma maravilha! Não precisa botar em segunda! |
Ramón: | Não não, nos automáticos uma só é bastante! |
Carlos: | Ah sim! |
Ramón: | Sim, é isso mesmo... |
Carlos: | É uma beleza...hahaha...é uma coisa não... |
Florinda entra no quarto e os dois dirigem-se ao quarto ao lado. Carlos coloca os fones. | |
No quarto de Florinda, o telefone toca. Ela atende. | |
Florinda: | Quem é? |
Rubén: | A velha Inês. |
Florinda: | O que quer? |
Rubén: | Açúcar. |
Florinda: | Onde está? |
Rubén: | Aqui mesmo, no saguão do hotel. |
Florinda: | Tomou as precauções necessárias? |
Rubén: | Sim. Eu subo agora mesmo. |
Florinda: | Ande depressa! |
Carlos: | Perfeito! Não suspeitam de que há microfones ocultos no quarto! |
Ramón: | Eu espero que não mesmo, hein! Porque lembre-se que desta vez não podemos falhar! |
Carlos: | Não se preocupe! Hoje mesmo saberemos onde estão os documentos confidenciais! |
No quarto de Florinda alguém bate na porta, em códigos. Ela vai até lá e responde o código e abre a porta. | |
Florinda: | Entre! Podemos falar sem medo de que nos escutem! |
Rubén: | Tem certeza? Já verificou se não há microfones ocultos? |
Florinda: | Não, na verdade não tinha me ocorrido... |
Rubén: | Pois não faremos absolutamente nada sem ter certeza de que não há microfones ocultos por aqui! |
Florinda: | Mas eu não tenho experiência! |
Rubén: | O problema é que eu também não! Microfones ocultos só podem ser localizados por um especialista! |
Florinda: | Oh, e agora quem poderá nos ajudar? |
Chapolin: | Eu! |
Florinda: | O Chapolin Colorado! |
Chapolin: | Não contavam com minha astúcia! |
Rubén: | Ah que bom que chegou, Chapolin colorado! Nós precisamos ter certeza absoluta de que não há nenhum microfone oculto neste quarto! |
Chapolin: | Palma palma, não priemos cânico! Sou precisamente um especialista em localizar microfones ocultos! Sigam-me os bons! |
Chapolin bate com a cara na porta | |
Florinda: | Cuidado Chapolin...não se machucou? |
Chapolin: | Não, todos os meus movimentos são friamente calculados! Fiz intencionalmente para...para...pra ver se não havia nenhum microfone oculto aqui na chapa da porta. |
Rubén: | E havia? |
Chapolin: | Bom, desse lado não, mas tenho que ver do outro lado. Ah, mas não vão abrir pra ninguém que não seja eu! |
Rubén: | Ah e como é que nós vamos saber que é você? |
Chapolin: | Muito fácil. Vou bater em código...prestem atenção pra aprenderem qual é o código. Eu vou bater assim: |
Chapolin demonstra como é a batida em código. | |
Chapolin: | Certo? |
Florinda: | Sim, sim! |
Chapolin: | Agora então vocês têm que responder desta forma, ó! |
Chapolin bate em um código mais difícil que o anterior. | |
Chapolin: | Certo? |
Rubén: | Eh... |
Chapolin: | Então faça você! |
Rubén: | Eu? |
Chapolin: | Só pra ver se aprendeu. |
Rubén: | Uhn...bem.... |
Ruben tenta bater em código | |
Chapolin: | Nanananão... |
Chapolin demonstra, e Ruben tenta de novo, mas não consegue. | |
Chapolin: | Não não...mais assim ó, quer ver...ó... |
Ruben tenta de novo. | |
Chapolin: | Não!! Que isso, pô...mas é assim ó, assim ó... |
Rubén: | Eh, deixa eu tentar agora... |
Ruben tenta novamente. | |
Chapolin: | Bom, mais ou menos...entendido? |
Florinda: | Sim! |
Chapolin: | Agora sim, sigam-me os bons! |
Chapolin bate com a cabeça na porta. Ele sai, fecha a porta, e então se contorce demonstrando a dor da batida. Depois, Chapolin bate na porta em código. Ruben responde, também batendo em código. | |
Chapolin: | Te sobrou um tantan, e faltaram 2 tantantans. |
Ruben bate em código novamente. | |
Chapolin: | É a minha vez. |
Florinda: | Ah mas isso não é perda de tempo demais? |
Rubén: | É, tem razão! Ô Chapolin... |
Ruben abre a porta e Chapolin bate na cabeça dele, e termina com uma batida na própria cabeça. | |
Fim do 1º bloco ao som da BGM "Walking the Dog", retomando com a mesma BGM. | |
Carlos: | O que foi? |
Ramón: | Nada! Enquanto o Chapolin Colorado estiver lá não dirão uma só palavra sobre os documentos confidenciais... |
Carlos: | É Verdade... |
Florinda: | O que foi Chapolin, encontrou algum microfone? |
Chapolin: | Palma, palma, não priemos cânico! Não é fácil encontrar microfones ocultos! |
Chapolin acaba molhando Ruben, deitado na cama lendo revista, com uma jarra com água. | |
Chapolin: | Me desculpe mas mais vale estar seguro! |
Rubén: | Sim, Chapolin, mas será que é possível mesmo... |
Chapolin: | Além disso vocês também deveriam ajudar a procurar! |
Florinda: | Bem, o Chapolin tem razão! Vem vem, anda, vamo procurar! |
Rubén: | Ah tá bem, está bem... |
Chapolin examina a tampa de um abajur e nem percebe que há um microfone embaixo. Depois examina outro abajur e retira a lâmpada. | |
Florinda: | E então, Chapolin? Você encontrou? |
Chapolin: | Não, mas poderia ser o caso de que a lâmpada estivesse... |
Chapolin percebe a lâmpada acesa mesmo depois de tendo retirado ela do abajur. Ele assopra e ela se apaga. | |
Florinda: | Bom, também podia ser o caso de que não houvesse microfones ocultos. |
Chapolin: | Eu acho... |
Rubén: | Bah!! Não, não podemos arriscar! A mim já espionaram botando microfones até na sopa! |
Chapolin: | Ah bom, isso não é novidade...numa ocasião eu estava tomando uma sopa de aspargos, e acontece que um aspargo era microfone disfarçado! Percebi no dia seguinte... |
Rubén: | Nossa... |
Chapolin: | E isso não é nada, hein...colocaram microfones pequenos na aliança de casamento de uma pessoa. |
Florinda: | É mesmo? |
Chapolin: | Ah claro que sim! A propósito, mostrem as suas mãos... |
Rubén: | Ora eu não uso nenhum anel... |
Florinda: | Eu também não... |
Chapolin: | Vamos ver...obrigado (diz ao Ruben), obrigado (diz à Florinda), obrigado (diz ao quadro da parede). |
Chapolin: | Bom nunca se sabe, não é...costumam colocar microfones até nos brincos de uma mulher! |
Florinda: | Ah, eu não uso brincos... |
Chapolin: | E você? |
Rubén: | Está me estranhando?? |
Chapolin: | Bem, esse mesmo é um caso muito estranho, não é...é desses que podem ocultar um microf... |
Chapolin pára e tira uma caneta da camisa de Ruben, achando que há um microfone. Ele quebra a caneta mas constata que não há nada nela. | |
Chapolin: | Bem, temos que desconfiar de tudo...acredita que chegaram a por microfones ocultos em um pivô falso? A propósito, abra a boca! |
Ruben se recusa, mas Chapolin, à força, pega um alicate e arranca um dente de Ruben. | |
Chapolin: | Ahá...ahá...agora me diga, não tem um microfone nesse dente?! |
Florinda: | Não... |
Chapolin: | Era o que eu temia... |
Florinda: | Olha, Chapolin... |
Chapolin: | Espera! Trapaceiro! |
Rubén: | Ahn? |
Chapolin: | Este dente não é postiço! |
Chapolin: | Que que você ia dizer? |
Florinda: | O que eu estranho é a existência deste alicate de eletricista aqui no quarto. Devem ter deixado aqui. |
Chapolin: | Não é seu? |
Florinda: | Meu? E pra quê uma mulher vai querer usar um alicate de eletricista? |
Chapolin: | Com o que você acha que a minha avó espreme as espinhas? |
Rubén: | Não, não, não, não! Esse alicate é de alguém que esteve aqui instalando microfones ocultos! |
Chapolin: | É exatamente o que eu ia dizer! Tome o seu alicate! Tome o seu dente! Temos que continuar procurando os microfones! Sigam-me os bons! |
Chapolin sobe em cima da cama e ela desaba. | |
Fim do 2º bloco ao som da BGM "On The Go", retomando com a mesma BGM. | |
Ramón: | Escuta! Será que o Chapolin Colorado não foi embora? |
Carlos: | Talvez! Deixa eu ver se eu escuto alguma coisa! |
Ramón: | Vai vai vai! |
Chapolin pega uma banana e a descasca, sem perceber que há um microfone dentro. Ele come e engole. | |
Ramón: | O que estão dizendo? |
Carlos: | Eu não entendo! Deixa eu ouvir outra vez... |
Carlos: | Eh...sei lá! |
Chapolin larga a casca de banana e continua a procurar microfones. Ele se agacha próximo a um microfone. | |
Ramón: | E agora o que foi? |
Carlos: | Eu não sei! Eu acho que está perto do ar-condicionado! |
Ruben avista um microfone no chão e mostra pro Chapolin. Os dois se agacham ao mesmo tempo para pega-lo, mas batem a cabeça juntos. Isto se repete mais duas vezes. Chega Florinda, recolhe o microfone e entrega ao Chapolin. Ele começa a falar bem baixinho próximo ao microfone. | |
Ramón: | E aí? O que foi agora? O que estão dizendo? |
Carlos: | Eu não entendo nada, estão falando com a voz muito baixa! |
Ramón: | Então aumenta todo o volume! |
Chapolin pede uma uma arma emprestada de Ruben, e então dá um tiro bem próximo ao microfone. O barulho é tão grande que os óculos de Carlos estilhaçam e os seus ouvidos começam a ferver. | |
Florinda: | Olha Chapolin aqui tem outro microfone! |
Chapolin: | Suspeitei desde o princípio! |
Rubén: | E aqui tem outro! Que idiotas...colocaram aqui a vista para que qualquer imbecil comesse pensando que fosse uma banana! |
Chapolin: | Bom, isso é o de menos! O importante é localizar os malfeitores que esconderam os microfones! |
Florinda: | Eu desconfio que eles estão no quarto contigo! |
Chapolin: | Comigo? |
Florinda: | No quarto ao lado... |
Chapolin: | É exatamente o que eu ia dizer! Mas eu me encarrego deles! Sigam-me os bons! |
Chapolin sai para o corredor e se prepara para arrombar a porta do quarto ao lado. Ele começa a tomar distância, mais distância, e esbarra num homem que carregava malas. | |
Chapolin: | Desculpe! É que eu estou tomando distância! |
Chapolin continua tomando distância e entra no elevador, que se fecha. No quarto dos detetives, Carlos geme de dor enquanto faz compressa na orelha. | |
Ramón: | Pronto, deixa eu ver...isso, isso. Como se sente? |
Carlos: | Hein? |
Ramón: | Como se sente?? |
Carlos: | Ah, um pouquinho melhor...ai... |
Carlos tira o pano da orelha e ela está inchada. | |
Ramón: | Que bom! Porque temos que sair daqui! |
Carlos: | Ahn? |
Ramón: | Temos que sair daqui! |
Carlos: | Ah sim, sim... |
No corredor, a porta do elevador se abre e Chapolin corre pra arrombar a porta, mas no caminho esbarra novamente no homem com malas. | |
Chapolin: | Quer fazer o favor de sair da frente que eu estou tomando espaço pra arrombar a porta?? |
Ramón: | Pronto! Vamos! |
Carlos: | Ai, isso dói... |
Ramón abre a porta e Chapolin passa correndo, indo parar dentro do armário, que cai no chão. | |
Fim do 3º bloco ao som da BGM "Mechanical Toys", retomando com a mesma BGM. | |
Carlos: | Me ajuda aqui. Ajuda! Ajuda aqui! E o que que a gente faz com ele? |
Ramón: | Vamos pôr ele aí na cama! |
Carlos: | Tá bom...isso... |
Eles colocam Chapolin na cama e a cama desaba. | |
Carlos: | Ah, esses hotéis velhos... |
Ramón: | Fazer o que não é? |
Chapolin: | Que que foi? |
Ramón: | E você, o que tá fazendo aqui, Chapolin? |
Chapolin: | E ainda perguntam? Por acaso pensam que eu não sei que foram vocês que puseram microfones no outro quarto? |
Carlos: | Claro que sim Chapolin, porque somos detetives! E estávamos tentando escutar os planos de os bandidos que estão aqui! |
Chapolin: | Vocês são da polícia? |
Ramón: | Somos Chapolin, olha. |
Chapolin: | Suspeitei desde o princípio! Mas então os que estão no outro quarto...? |
Carlos: | São dois bandidos! |
Chapolin: | Bem, não...são um bandido e uma cúmplice! |
Carlos: | É, tá certo... |
Chapolin: | Mas como vou saber que não estão tentando me enganar? |
Ramón: | Ah bom Chapolin, é muito fácil...tem microfones lá, e aqui está o receptor! Quer ouvir o que dizem? |
Chapolin: | Vamos ver... |
Florinda: | Provavelmente o Chapolin já tenha dominado a situação... |
Rubén: | Pois espero que tenha mesmo...mas onde estão os documentos? |
Florinda: | Aqui estão...vamos ver...onde estão os documentos...aqui estão os documentos! |
Rubén: | Mas isso é um bolo! |
Florinda: | É um bolo, exatamente...os documentos confidenciais estão entre as camadas do bolo...nunca se sabe se vão nos revistar na saída do hotel! |
Chapolin: | Não ouço nada! |
Carlos: | Precisa colocar os fones, Chapolin! |
Chapolin: | Eu já sabia! |
Rubén: | O bolo parece muito saboroso, hein... |
Florinda: | Claro, fui eu mesma que fiz. |
Chapolin coloca os fones no ouvido. | |
Rubén: | Pois você é uma mulher completa, inteligente, bonita, e atraente! |
Florinda: | Obrigada! |
Rubén: | Eu gostaria de experimentar! |
Florinda: | Hum, se você quer... |
Rubén: | Vamos lá, faça um biquinho! |
Florinda: | Humm, que saboroso! |
Rubén: | Gostou? |
Florinda: | Me fascinou... |
Rubén: | Outro? |
Florinda: | Sim... |
Rubén: | Ah, vamos lá, faça um biquinho... |
Florinda: | Humm, que delícia... |
Rubén: | Agora limpe a boca! |
Florinda: | Mas antes me dá outro... |
Rubén: | Não, já chega... |
Florinda: | Ah, me dá outro, vai... |
Rubén: | Não, limpe a sua boca... |
Florinda: | Só mais um... |
Rubén: | Eu já te disse que não... |
Florinda: | Só mais um e eu limpo! |
Rubén: | Ah mas eu já disse que não... |
Ramón: | O que foi? |
Florinda: | Não não não, não seja malvada... |
Rubén: | Vai, um só... |
Florinda: | Não, está ficando tarde! |
Rubén: | É que eu gosto tanto de bolo! |
Florinda: | Não senhor, você tem que levar esses documentos pro destino deles! |
Carlos: | Tarde demais! |
Ramón: | Acompanhe-nos! Eu já disse! É melhor obedecerem! Vamos! |
Florinda: | Mas a culpa é sua seu estúpido! Incompetente! |
Os detetives vão embora com os bandidos. Chapolin sai do quarto e se prepara para arrombar o quarto ao lado, mas bate com a cabeça na parede. Depois se prepara novamente. | |
Chapolin: | Quietos todos!! |
Chapolin, dentro quarto, não encontra ninguém e vê um bolo. Mais tarde chegam os detetives: | |
Carlos: | Aqueles dois já confessaram tudo, Chapolin! Os documentos confidenciais estão dentro de um bolo! |
Chapolin, que estava comendo o bolo, percebe que há um pedaço de papel na sua língua. |
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