TRAMBIQUEIRO, SIM; VAGABUNDO NÃO!

Essa coluna tem como objetivo, defender o maior trabalhador de todos os tempos... Seu Madruga... isso mesmo... Seu Madruga, o maior trabalhador de todos os tempos.

Seu Madruga é o cara mais injustiçado que conheço; todos os chamam de vagabundo e de folgado (será que é porque o senhor não trabalha?).

         O pobre homem não passa de uma vítima das circunstâncias. Como pode ser vagabundo, um homem que:

     a) já foi carpinteiro (e será que com o serrote não vai serrar os dedos?)
b) já foi toureiro (se bem que hoje mais parece um burro e um minhoqueiro.)
c) já foi lutador de Boxe (aí, que está caído?)
d) já foi entregador de lenha (vão pensar que o senhor é futebolista.);
e) já foi agente especializado em compra e venda de artigos para o lar (chapéu, sapato ou roupa usada; quem tem?);
f) já foi leiteiro (ah, não me diga! Mas o leiteiro tá de vaca.)
g) já foi sapateiro (room-room);

     h) já foi... bem, não sabemos, mas no episódio “Chicletes e Confusões”, ele trocou de chapéu com o patrão... e, não creio que o chapéu fosse de um suposto patrão que já morreu há 20 anos (que coisa, não?);
               i) já foi mecânico (até parteiro, pois fez a o parto da caminhonete do Senhor Barriga.);
               j) já foi mestre de obras (...);
               k) já foi eletricista (diga, Chaves! Diga!);
               l) já foi vendedor de confetes, cornetas, serpentina, tudo... (Eu já encontrei a solução...);
               m) já foi pedreiro (está rebocolando com gesso?);
               n) já foi Coach (saúde);
               o) já foi até cupido (estou profundamente apaixonado por você.);
               p) já foi pintor (e fez a vila parecer que tinha hepatite.);
               q) já foi cabeleireiro (ai, Seu Madruga! Vai passar a vida toda fazendo a barba do Senhor Barriga.);
               r) já foi empresário artístico (é uma barriga triste, Senhor História!);
               s) já foi fotógrafo (se liga, se liga, se liga, se liga, se liga.);
               t) já foi até professor por um dia (PRE-RI-GO);
              u) já foi cantor e violinista, o que lhe rendeu até um bico como professor de violão (e cantava como Chico Buanda de Holarque. Mas houve gente que fez até o impossível pra evitar que ele cantasse...);

      v) já foi vendedor de churros (higiênicos churros da Dona Florinda. Ai que droga... Velha ridícula!);
               w) já foi vendedor de balões (e fez até vítimas de complô de sabotagem.);
               x) já foi até advogado de defesa (se sentiu como um tri-campeão do mundo.);
               y) já foi futebolista (e era médio... médio o quê? Era medíocre.).

         Como podem ver, os trabalhos do velho, quase tomaram um alfabeto inteiro. Depois disso, como podem chamá-lo de vagabundo?

Há algo em que se pode concordar em gênero, número e grau: o homem é trambiqueiro. Sua própria filha disse em alto e bom som para quem quisesse ouvir, ao ser acusada de não entender nada de multiplicação: “O senhor não entende nada dos trambiques do meu pai”. Se bem que, até mesmo esse fato é questionável. Pois bem, o homem inventa mil e uma situações para não pagar o aluguel de sua casa ao proprietário do imóvel, ou seja, o Senhor Barriga. Porém, às vezes me pergunto: será que realmente ele nunca paga o aluguel!? Pois, dá a entender que todo mês, ele paga pelo menos uma prestação, pois, o grande Madrugão figurou na série por quase dez anos e nunca deixou de dever 14 meses de aluguel...

O nosso bom e velho rei da muleta (e ainda é! Quando o Senhor Barriga chega, vai correndo buscar a muleta pra não pagar o aluguel), sempre aprontou das suas para fugir do velho barrigudo, porém, em algumas ocasiões, mostrou-se  correndo atrás do dinheiro para pagar sua dívida.