UM MIADO AO CAIR DA NOITE[1973]

O vigilante noturno (Ramón Valdez), em sua bicicleta, faz a sua ronda com seu apito. E, toda vez em que apita, ele ouve miados de gato. O animal aparece dentro de uma lata de lixo. Ramón se aproxima da lata e o gato mia novamente. O vigilante toma uma chuva de sapatos da vizinhança, indignada com os miados. "Ora, por que tanto desperdício?", questiona, indignado.


O gatinho causa dor-de-cabeça ao vigilante e à vizinhança
Numa residência, Florinda não consegue dormir com os miados e joga água em seu marido, o atrapalhado Carlos (Villagrán, em mais um momento Jerry Lewis, com óculos e cara de tonto), que dorme como uma pedra, a fim de acordá-lo. Carlos acha que está se afogando e, desesperado, salta pela janela. Ele cai em cima do vigilante, que reclama para pararem de continuar jogando porcarias nele. Ramón pergunta se Carlos é pára-quedista. Carlos explica que estava sonhando. Estava num barco que estava afundando, se jogou no mar e caiu em cima de um urubu molhado. O vigilante diz que também sonhava com uma discussão no campo e que, em cima do barranco, estava um pastorzinho com um rebanho de ovelhas e uma delas caiu em cima dele. Florinda sai de sua casa e leva seu marido para dentro. Depois, o gato volta a miar, acordando Florinda. Carlos dorme como um anjo. Ela tenta acordá-lo com carinho: "Querido! Benzinho! Amorzinho! SEU IDIOTA!". Enquanto soa o apito do vigilante do lado de fora, Florinda molha novamente o marido. Carlos novamente pensa que está afundando e se joga pela janela. Ele cai em cima da bicicleta de Ramón, que implora que não lhe joguem porcaria. Sentado na bicicleta, Carlos repete seu sonho no barco e diz que ele parecia muito real. O vigilante diz que aquilo foi real, e completa que o que afundou não foi o barco e sim a bicicleta. Ela aparece atolada na calçada, enquanto Ramón faz uma daquelas caretas de indignado que levam os chavesmaníacos ao delírio.


O vigilante se enfurece com as constantes quedas de Carlos
Depois, o gato volta a miar e Florinda desperta mais uma vez. Ela tenta acordar o dorminhoco Carlos: "Minha vida! Meu céu! Querido! SEU IDIOTA!". Ela pensa em lhe acordar novamente com água, mas ela pensa nas conseqüências, como o sonho do marido com o barco afundando, e desiste da idéia. Ela invoca Chapolin, que aparece. Ela, ao perceber sua presença, com o jarro d'água nas mãos ela estica os braços e joga toda a água em Carlos, que mais uma vez pensa que está se afogando e se atira pela janela, caindo em cima do Vermelhinho que, caído na lata de lixo na rua junto com Carlos, diz, bastante tonto, "Não contavam com minha astúcia". O vigilante também foi à nocaute com o novo salto de Carlos, ficando estirado no chão.


O sonho de Carlos com o barco afundando faz com que sobre até para Chapolin
Depois, enquanto Carlos comenta sobre seu sonho maluco, Chapolin quer saber porque foi invocado. Florinda diz que faz quatro noites que "esse animal" não deixa ela dormir. "Por que você faz isso?", pergunta Chapolin a Carlos. Ela diz que se refere ao gato. Chapolin senta na cama de Carlos e percebe que ela está molhada. Florinda diz que a responsável pela cama molhada é ela e Chapolin pensa que ela ainda faz xixi na cama. Ela explica que ela está molhada em função da água que usava para molhar Carlos, que pergunta a Chapolin se ele acordaria seu marido. Chapolin fuzila Carlos com os olhos. Ele corrige perguntando se Chapolin acordaria alguém só para ouvir "um gato latindo". "Era um gato bilingüe?", pergunta Chapolin, de pirraça. Carlos tenta, num momento Quico: "mugindo? relinchando? balindo? não deu?". Florinda pede para Chapolin dizer o que os gatos fazem. "Comem ratos", é a resposta do Polegar. Chapolin se senta na cômoda próxima à janela e quase quebra um vaso. Florinda avisa que o vaso é de porcelana fina e que custou 50 mil cruzados. "Não teria saído mais barato comprar um na feira?", questiona Chapolin.

Florinda se apavora a cada vez em que tocam no seu vaso de 50 mil
Florinda diz que há quatro noites não consegue juntar os olhos e Chapolin diz que ela tem o nariz no meio. Ela quer dizer que anda passando muitas noites em claro e o herói pensa que ela esqueceu de apagar a luz. Florinda, indignada com os miados do gato, ameaça matar "esse animal". Chapolin protege Carlos: "não toque nele". Chapolin pergunta a Florinda se os miados a incomodam e ela responde que seus nervos ficam à flor da pele. Vermelhinho pede que ela se controle. O gato volta a miar. Ela se enfurece novamente. Chapolin então começa a acalmá-la suavemente, lentamente. Quando Florinda já se sente mais tranqüila, Chapolin, para a surpresa de todos, grita "CALA ESSA BOCA, AÍ". O próprio Chapolin havia perdido o controle. Carlos pede para ele se acalmar e Chapolin lhe dá uma marretada. Carlos desmaia na cama. Mais uma vez, Florinda chama o marido de idiota. Chapolin joga água nele, que mais uma vez pensa que está no barco afundando. Adivinha se ele não se atira novamente pela janela. Carlos, do lado de fora, diz que o barco afundou. "Não, quem afundou fui eu". A voz vem de baixo de Carlos: é o vigilante, que acabou afundando na calçada após mais uma queda do atrapalhado Carlos. FIM DO PRIMEIRO BLOCO
SEGUNDO BLOCO - Chapolin arruma a cama de Carlos, que afirma preferir ficar acordado para não sonhar que está dentro do Poseidon. Florinda promete que não lhe jogará mais água. Carlos prefere ficar acordado, mesmo com a promessa. Florinda sugere que Chapolin jogue alguma coisa no gato e pede que ela atire qualquer porcaria. Chapolin arrasta Carlos até a janela, alegando que ele é o que melhor conhece o caminho até ela. Chapolin pensa em jogar o vaso de 50 mil, ele atira o vaso em Carlos, que o pega e cai na cama. Chapolin pega um vaso de menor valor para atirar na rua. O vigilante toca o apito e Chapolin afirma que o gato sabe disfarçar o miado. Chapolin joga o vaso no vigilante. Antes de desmaiar, Ramón, após o vaso se quebrar em sua cabeça, descreve o ambiente daquela noite, de maneira irônica: "Meia noite, está tudo tranqüilo".
SEGUNDO BLOCO - Chapolin arruma a cama de Carlos, que afirma preferir ficar acordado para não sonhar que está dentro do Poseidon. Florinda promete que não lhe jogará mais água. Carlos prefere ficar acordado, mesmo com a promessa. Florinda sugere que Chapolin jogue alguma coisa no gato e pede que ela atire qualquer porcaria. Chapolin arrasta Carlos até a janela, alegando que ele é o que melhor conhece o caminho até ela. Chapolin pensa em jogar o vaso de 50 mil, ele atira o vaso em Carlos, que o pega e cai na cama. Chapolin pega um vaso de menor valor para atirar na rua. O vigilante toca o apito e Chapolin afirma que o gato sabe disfarçar o miado. Chapolin joga o vaso no vigilante. Antes de desmaiar, Ramón, após o vaso se quebrar em sua cabeça, descreve o ambiente daquela noite, de maneira irônica: "Meia noite, está tudo tranqüilo".


Chapolin joga um vaso de menor valor para espantar o gato. Adivinhem aonde o objeto vai parar?
Chapolin diz que o gato se calou, mas ele volta a miar. Chapolin pensa que é outro gato e diz que eles tem sete vidas e lhe tirou uma. Florinda, enfurecida, pede para que ele jogue outra coisa. Chapolin pega um despertador e joga na rua. O gato mia de maneira debochada. Alguém bate na porta. "Quem será a essa hora?", "Deve ser o gato", responde ironicamente Chapolin. Ramón entra de bicicleta e tudo para cobrar a taxa de vigilante. Florinda o qualifica de cínico e sem-vergonha, indaga que os vigilantes devem zelar pela paz na vizinhança e se queixa do gato. Ramón diz que o gato também não o deixa dormir à noite. Chapolin então o questiona, lembrando que os vigilantes não dormem de noite e o vigilante explica que começou a fazer o serviço quando o gatinho apareceu. Florinda pede para o vigilante ajudar a jogar as coisas no gato e Ramón pega o vaso de 50 mil. Florinda grita, ele o joga pra trás, Chapolin o pega e cai. Florinda bronqueia, mais uma vez lembrando o valor do vaso de porcelana fina. Ramón pergunta se ele vale mais do que sua bicicleta. Chapolin então sugere um lugar seguro para guardar o vaso e o armário é escolhido. Ao abri-lo, várias malas caem em cima de Carlos, que desmaia mais uma vez. Florinda mais uma vez o chama de idiota e inveja sua facilidade em pegar no sono. Eles decidem jogar mais coisas na rua para espantar o gato. Ramón pega o copo d'água e, enquanto se lembra de como ele lançava em seu time de beisebol, ele acaba, por trás, molhando Carlos mais uma vez. Ele se joga mais uma vez pela janela e, na rua, acaba afundando a calçada. FIM DO SEGUNDO BLOCO

Carlos afunda a calçada após mais um salto pela janela
TERCEIRO BLOCO - Enquanto Carlos explica que o cabelo é a única coisa que não lhe dói, o vigilante se sente aliviado por não estar na rua no momento da nova queda do atrapalhado pela janela. O gato volta a miar. Florinda dá a idéia de que passem a jogar sapatos. Chapolin pergunta: "Que número que o gato calça?". Chapolin, primeiramente, atira a marreta biônica para a rua e ela volta direto no seu estômago. O herói, então, pega os sapatos de Ramón à força. O vigilante alega não enxergar, por estar descalço. Chapolin pergunta, em tom de deboche: "Você enxerga com os pés?". Ramón diz que, com a confusão com Chapolin, perdeu os óculos. Florinda percebe que todos os vizinhos estão jogando sapatos. Chapolin destaca: "A união faz a força". Vermelhinho joga o sapato do vigilante na rua e toma uma hilariante chuva de sapatos, todos caindo dentro do quarto do casal. Carlos justifica que os vizinhos não estão cheios do gato e sim deles. Chapolin pega todos os sapatos que jogaram e atira todos na rua, procurando espantar o gato. O Polegar acha os óculos de Ramón e pergunta para quê o vigilante queria suas lentes. Ele responde: "Para jogar coisas no gato". Chapolin resolve atirar os óculos na rua e depois pergunta ao vigilante se não é melhor atirar sapatos. Florinda pede para que joguem tudo que encontrarem. Chapolin pega um penico embaixo da cama e Florinda impede que ele atire o objeto. O herói atira o penico para trás. O "líquido" presente no penico molha Carlos, que mais uma vez se joga pela janela. Ele cai dentro da lata de lixo e toma uma nova chuva de sapatos. Florinda começa: "Carlos! Meu amor! Meu céu! Querido...". Antes dela o qualificar de "idiota", Carlos avisa que já acordou. Chapolin acha que espantou o gato, mas ele volta a miar.


As anteninhas detectam: o gato está dentro do vaso, que se quebra todo
De repente, suas anteninhas de vinil detectam "o inimigo". Ele descobre que o gato está dentro do vaso de 50 mil cruzados. Ele exclama: "Não contavam com minha astúcia". Chapolin tira o gato do vaso de porcelana fina, que se espatifa no chão.
FIM DO EPISÓDIO
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