sábado, 2 de janeiro de 2016

CÓMICOS Y CANCIONES

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Em 1955, Roberto Gómez Bolaños estava agradando a agência de publicidade D’Arcy, em ótimos cartazes e vinhetas que criava. Foi então que seu chefe o chama para escrever roteiros de um programa humorístico de rádio de 15 minutos transmitido pela rádio XEW, protagonizado pela dupla Viruta e Capulina, respectivamente, os comediantes Marco Antonio Campos e Gaspar Henaine que se juntaram entre 1951 e 1952.
Roberto, que achou inclusive que Viruta e Capulina fossem mulheres, aceitou escrever para o programa de rádio. Os seus roteiros e a atuação brilhante da dupla logo se tornou um sucesso, e o programa passava a ter uma hora de duração.
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Em junho de 1956, a agência de publicidade D’Arcy transforma o programa de rádio em um programa de televisão ao vivo exibido pelo canal 2, o Telesistema Mexicano, todas às quintas feiras à partir das 20 horas da noite patrocinado pelos ”Chiclets Adams”.
Nascia então o programa ”Cómicos y Canciones” (traduzido, seria algo como ”Cômicos e Canções”), protagonizado por Viruta e Capulina, escrito por Roberto e realizado por Mario de la Piedra e Guilherme Núñez de Cáceres. O programa se consistia além de esquetes humorísticos, números musicais com a orquestra de Gustavo Pimentel, Las Hermanas Navarros, Leonorilda Ochoa, entre outros. O programa logo se torna um sucesso absoluto de audiência.
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Certo dia, faltou um ator para uma cena, e sem ninguém para interpretar foi Roberto que o substituiu já que conhecia bem o roteiro pois foi ele mesmo quem escreveu. A atuação de Roberto acabou agradando muito a todos, se descobrindo como ator finalmente. Ele então começou a fazer diversos papéis secundários, se destacando mais que os próprios Viruta e Capulina, pelos excelentes tombos, reflexos e ações cômicas que fazia.
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O sucesso do programa leva os comediantes Viruta e Capulina ao cinema em 1958, com o filmeLos Legionarios, escrito por Roberto Gómez Bolaños e dirigido por Agustín P. Delgado. Foi neste filme que Roberto ganhava o apelido de ”Chespirito”, adaptação de ”Shakespirito”, que significa ”Pequeno Shakespeare”.
Agustín P. Delgado adorou o roteiro de Chespirito, e disse que ele era um Shakespeare, porém um Shakespeare pequeno (em brincadeira com sua baixa estatura, de apenas 1,60).
Desde então a dupla Viruta e Capulina passavam então a protagonizar diversos filmes, a maioria escrito, co-escrito ou com o script feito por Chespirito, sendo que ele também fazia algumas pontas nos filmes. São eles ”Angelitos del trapecio” (1959), ”Los tigres del desierto” (1960), ”Dos criados malcriados” (1960), ”El dolor de pagar la renta” (1960), ”Los desenfreados” (1960),”Limonsero y con garrote” (1961), ”Pegando con tubo” (1961), ”Dos tontos y un loco” (1961) – com Manuel ”El Loco” Valdés, ”En peligro de muerte” (1962) – Onde atua o nosso futuro Seu Madruga, Ramón Gómes Valdéz Castillo, ”Los invisibles” (1963) – Filme onde aparece pela primeira vez o personagem ”El Chompiras” (Chompiras), ”Los astronautas” (1964), ”Los reyes del volante” (1965) e ”El camino de los espantos” (1967).
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”Cómicos y Canciones” estava cada vez mais um sucesso, disputando a audiência com o programa ”El Estúdio de Pedro Vargas”, do mesmo canal que era exibido toda sexta feira à partir das 21 e meia da noite. O programa era produzido também por Mario de la Piedra e Guilherme Núñez de Cáceres e escrito também por Chespirito na época, que substituiu seu amigo Juan Lozano, que escrevia o programa desde sua estréia em 1955.
Mas o fim de ”Cómicos y Canciones’‘ se aproximava. Viruta e Capulina estavam incomodados com as participações de Chespirito no programa, que estava fazendo mais sucesso que eles mesmos. Chespirito acaba brigando então com Viruta e Capulina, o que culmina no fim do programa em janeiro de 1967, após 10 anos e meio de exibição.

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