O SEGUNDO BOX DE DVD'S DA AMAZONAS FILMES
novamente disseco cada episódio dos três DVD's, agora do box 2, comentando sobre eles, apontando acertos e erros do texto (adaptado pela equipe de Berriel, Valette Negro e companhia, e que contará com a minha humilde colaboração a partir do quarto box) e analisando detalhadamente a atuação de cada um dos dubladores.
O Dia Internacional da Mulher - Episódio que inicia a segunda versão da saga da Nova Vizinha, com Olivia Leiva como Glória e Rosita Bouchot como Paty (nos episódios posteriores, ausentes no DVD), o texto procurou ser bem fiel à dublagem clássica. Glória ganhou uma voz mais consistente e forte do que a original da Maga, tímida e melosa. Ressalto duas pequenas falhas. A equipe de supervisão do texto, na cena em que Quico interfere no diálogo entre Seu Madruga e Glória, manteve o texto original da dublagem Maga que "atrás da portaria fica o açougueiro". A piada da terceira versão, com Regina Torné, é muito mais engraçada. Pra quem não se lembra, é assim: "Me disse que não tinha ninguém na portaria", "Como não, tem um porco na porcaria!". E segue o questionamento do Quico, incluindo "A leitoa-mãe?..." E a piada do porco ainda serve de gancho para Seu Madruga que, após beliscar Quico, pergunta a ela se não tinha ninguém na "porcaria". Muito mais cômico! (No original, Seu Madruga fala de "porteria", que lembra "portero", goleiro em espanhol. Quico cita alguns jogadores neste momento e um deles é Enrique Borja, o homenageado que, na dublagem, foi substituído por Luís Pereira no célebre episódio do futebol). E o segundo pequeno equívoco foi Tatá demorar um pouco para concluir a frase "o senhor já se fantasiou de esqueleto", logo após Seu Madruga pedir para as crianças falarem que ele morreu. Quando Tatá pronuncia "esqueleto", as risadas já abafam sua voz e acaba por matar um pouco a piada. Poderiam dispensar "o senhor" da frase e teríamos o "já se fantasiou de esqueleto" hilário que tira o pai da Chiquinha do sério. Marcelo Gastaldi, na dublagem clássica, dá um tom de gozação perfeito para esta fala, tornando as risadas inevitáveis. Há um microcorte depois da cena em que Seu Madruga diz que Glória é o tipo de vizinha que sempre quis ter. Em seguida, já aparece Dona Clotilde abraçada a Don Ramón. Mas isso não prejudica nem um pouco o entendimento da história. Foi mantida na dublagem Gábia a fala lenta de Chiquinha de cada palavra que escreve na parede, incluindo "boooo-lo" ao invés de "pastel". Tal troca de palavras já faz parte do folclore do seriado e o curioso é que, na dublagem Maga, Chiquinha (dublada originalmente por Sandra Mara Azevedo) diz "tacar o bolo" como maneira de disfarçar o vocábulo diferente escrito com o giz. E realmente, no texto original, Dona Florinda diz, antes de bater em Seu Madruga: "Ah, é masoquista! E eu sádica". Confesso que não tinha muita certeza se a mamãezinha do Quico pronunciava "sádica", mesmo. O DVD me ajudou a confirmar. Ah, e com a imagem digital do episódio, a risada tosca e fora de hora de Olivia Leiva ao deixar a vila após Chaves e Quico lhe contarem da suposta morte de Seu Madruga fica ainda mais evidente. Afirmo que a atriz não teve um bom desempenho nesta série, ao contrário de Regina Torné, da versão seguinte de 1978, que dá um show de interpretação e carisma. E não sei se ninguém reparou, mas, no momento em que Quico sai de sua casa após Seu Madruga expulsar Chiquinha (que atrapalhava sua conversa com Glória), aparece na parede à direita da porta da casa 14 o nome "Quico" escrito com o giz, provavelmente o mesmo do trio "murio, pase e pastel".
Troca de Chapéus - Achei infeliz a troca do nome do episódio, conhecido popularmente e oficialmente como "O Chiclete Grudou no Chapéu". É um título mais apropriado para "Roupa Suja se Lava em Público", em que ocorre, de fato, uma troca de chapéus entre os personagens. No mais, a dublagem Gábia também manteve-se fiel ao texto original e da Maga. A não ser no seguinte diálogo entre os brigões Girafales e Madruga: "Você parece um frangote", "Mas não para as suas galinhas". Ele é do "libreto" original, mas a versão Maga para o diálogo acho particularmente muito mais engraçada: "Você está muito fraquinho", "Nem tanto quanto pareço". O apelido carinhoso de Seu Madruga continua sendo "Mamá". No mais, as piadas originais do terceiro bloco foram mantidas, como que o chapéu serve de ventilação e para o verão.
O Poço do Racha Cuca - O texto da dublagem é praticamente o mesmo da versão Maga. Percebi um minúsculo corte logo após a entrada do Chapolin, quando o balde cai na cabeça do personagem de Horácio Gómez Bolaños (a atuação de Marconatto faz o chavesmaníaco não sentir saudades de Silton Cardoso). Na exibição normal pelo SBT, aparece por uns dois segundos Horácio esperando o balde cair. No DVD, ele cai imediatamente. E no momento em que Racha Cuca cai no poço, na versão em português o som desaparece por cinco segundos e retorna quando Chapolin aparece do lado de fora do mesmo. Já no som original, não ocorre nenhum defeito.
Chuva de Aerolitos - Também foi fiel ao texto que conhecemos. Carlos Seidl, no episódio, faz a sua voz normal ao invés da mais estridente com que dublou o personagem de Ramón Valdez na dublagem Maga (o ator também faz uma voz diferente da sua original no som em espanhol). No mais, não há muitas diferenças. A não ser a voz um pouco mais envelhecida de Martha Volpiani para a mocinha vivida por Florinda e o ainda insosso "eu vou, eu vou" de Tatá, algo que ele ainda tem que melhorar um pouco.
O Racha Cuca - O episódio foi muito prejudicado pelo som remasterizado pela Televisa. É colocada de maneira ininterrupta uma enjoativa música de faroeste durante os momentos em que Racha Cuca aparece, abafando a trilha original da história e os diálogos, o que acaba por tirar e muito o brilho do episódio. E, infelizmente, muitas falas clássicas da Maga sofreram alterações. Pra começar, trocaram, durante o assalto de Racha Cuca ao banqueiro (Villagrán), a divertidíssima frase "Bons assaltos pro senhor" por "Tenha bons assaltos"; substituíram o "esperem", quando Chapolin atrapalha a bebedeira do banqueiro e do xerife (Vivar), por "escutem", tirando um pouco o sentido da seqüência "espero... que a gente consiga um bom plano" (apesar que o "escutem" é do texto original), e a resposta de Chapolin "as pernas" (após a pergunta de Racha sobre quem o trouxe ao povoado) foi trocada por "as patas". Também é do script original, mas "pernas" é muito mais engraçado e irônico. E faltou Tatá dar a Chapolin a malandragem de Maga, durante as gargalhadas (o som original ecoa no DVD neste instante), que diz, de forma cômica: "as pernas, essa foi boa, né?". E na famosa cena em que Racha Cuca diz, sem mexer a boca, "prepare-se pra viajar e não será uma viagem pra Disneylândia", na verdade foi um erro de edição de imagens do SBT, que nessa parte mostra uma cena congelada de Racha Cuca apontando a arma para Chapolin. O DVD nos apresenta uma imagem inédita, do bandido puxando Vermelhinho pela camisa enquanto diz a frase. Então a culpa não foi de Carlos Seidl, como inicialmente pensava... Bom que a dublagem da hilariante cena em que o banqueiro cai morto após afirmar que Racha Cuca não havia errado o tiro foi feita de maneira brilhante. E, por fim, Carlos Seidl, a dublagem Gábia, esquece de dizer a fala "é assim, é?", antes de bater em Chapolin na cena final do episódio. Ah, Gilberto Baroli teve mais uma atuação infeliz, ao começar o episódio fazendo uma voz semelhante ao do episódio da Corneta Paralisadora e depois a trocando, inexplicavelmente, por sua voz normal. A manutenção da frase "Vamos à Disneylândia com o Polegar Vermelho" era mais do que uma obrigação por parte da equipe do fã-clube e, em função dos cortes esquisitos da edição apresentada pelo SBT, imaginava que este episódio era dividido em duas partes pela emissora e um resumo do mesmo era apresentado. Mas felizmente ele está completo mesmo... E as minhas críticas às mudanças de algumas falas e à algumas pequenas falhas de Tatá Guarnieri durante a dublagem do Chapolin no episódio podem fazer com que me tachem de ranzinza. Mas este é talvez o episódio mais cômico feito por Chespirito e também quem sabe a mais inspirada atuação de Marcelo Gastaldi em toda a sua carreira. Por isso, realizar algo melhor do que a extraordinária dublagem original deste magnífico episódio é algo impossível.
(Rubén)
Eu venho do Rancho Grande
Venho lá de muito longe
Venho lá de muito longe
Eu venho do Rancho Grande
Eu tenho uma potranca
Que se vejo ela agarro
E tenho que disputá-la
Com um chato muito baixo
Eu venho do Rancho Grande
Venho lá de muito longe
Venho lá de muito longe
Eu venho do Rancho Grande
Eu tenho uma potranca
Que se vejo ela agarro
E tenho que disputá-la
Com um chato muito baixo
(Chespirito)
Eu venho do Rancho Pequeno
Mas eu tenho uma mula grande
Mas eu tenho uma mula grande
Eu venho do Rancho Pequeno
Estou aqui mais de uma hora
Mas não é mais importante
Ainda bem que limpa minha bota
Alguém que tem língua grande
Eu venho do Rancho Pequeno
Mas eu tenho uma mula grande
Mas eu tenho uma mula grande
Eu venho do Rancho Pequeno
Estou aqui mais de uma hora
Mas não é mais importante
Ainda bem que limpa minha bota
Alguém que tem língua grande
(Rubén)
Pra que gastar uma bala
Com uma mula mal vestida
Com uma mula mal vestida
Pra que gastar uma bala
Melhor dar uma bofetada
Dar um golpe à sua medida
É só mexer o meu braço
Que a boca fica toda destruída
Pra que gastar uma bala
Com uma mula mal vestida
Com uma mula mal vestida
Pra que gastar uma bala
Melhor dar uma bofetada
Dar um golpe à sua medida
É só mexer o meu braço
Que a boca fica toda destruída
(Chespirito)
Meu amigo, eu te sustento
Na felicidade e na tristeza
Na felicidade e na tristeza
Meu amigo, eu te sustento
Se quiser eu te mantenho
Não é pra ser ameno
Continuo te alimentando
Como um burro comendo feno
Meu amigo, eu te sustento
Na felicidade e na tristeza
Na felicidade e na tristeza
Meu amigo, eu te sustento
Se quiser eu te mantenho
Não é pra ser ameno
Continuo te alimentando
Como um burro comendo feno
(Rubén)
As terras do meu ranchinho
Pela Flor eu abandono
Pela Flor eu abandono
As terras do meu ranchinho
Mas pra esse "pequetito"
Com certeza isso eu não faço
Cantando com Chespirito
Que nem precisa de tanto espaço
As terras do meu ranchinho
Pela Flor eu abandono
Pela Flor eu abandono
As terras do meu ranchinho
Mas pra esse "pequetito"
Com certeza isso eu não faço
Cantando com Chespirito
Que nem precisa de tanto espaço
(Chespirito)
Pior é você que é "arto"
Dá trabalho pra garota
Dá trabalho pra garota
Pior é você que é "arto"
E já que a resposta "sarta"
Então eu faço a pergunta
Como é que você se safa
Quando o casal se junta
Pior é você que é "arto"
Dá trabalho pra garota
Dá trabalho pra garota
Pior é você que é "arto"
E já que a resposta "sarta"
Então eu faço a pergunta
Como é que você se safa
Quando o casal se junta
(Rubén e Chespirito, após Florinda decidir se casar com Horácio Gómez)
De que adianta ser discutir
Por uma mulher qualquer
Por uma mulher qualquer
De que adianta discutir
Sua esperteza acaba por ir
De tantas rimas fartas
E você acaba por sair
Com o rabo entre as patas
De que adianta ser discutir
Por uma mulher qualquer
Por uma mulher qualquer
De que adianta discutir
Sua esperteza acaba por ir
De tantas rimas fartas
E você acaba por sair
Com o rabo entre as patas
DVD DO CHESPIRITO - É o mesmo "Lo Mejor del Chespirito volume 1". Os episódios são "Pode me dar uma mãozinha (Chaparrón)", "E o Passado te Condena (Chompiras)", "Napoleão e Josefina (épico)", "A Arca de Noé (Chaparrón)", "A Outra Mulher (Chompiras)", "Quem não quer Subir na Vida (Chapatin)", "O Guarda-Chuva vai Cantar (Chompiras)" e dois clássicos do Chaves: "O Último Exame" e "Brincando de Escolinha". É realmente muito estranho assistirmos aos episódios sem as costumeiras risadas. Nos episódios do Chaparron e do Chompiras, os fundos musicais não são muito habituais aos personagens e são diferentes das músicas ambientais originais, sempre utilizadas no Clube do Chaves. Uma curiosidade: na capa do DVD, aparece em primeiro plano Dr. Chapatin. Porém, ele aparece em apenas um episódio no disco...
Pode me dar uma Mãozinha - Não tenho certeza, mas acho que esse episódio foi exibido pela CNT em 1997 com o nome de "A Operação". O Valette Negro pode me confirmar. Chaparron acerta uma martelada na mão e Lucas propõe que ele coloque uma nova no lugar da machucada. Então, Lucas tenta serrar a mão do guarda (Moysés Suárez), que concordou em dar "uma mãozinha" para Chaparrón, sem imaginar que o louco está levando o assunto ao pé da letra. Tatá está se saindo bem como Chaparrón, mas está deixando o personagem muito discreto. Sinceramente, prefiro Cassiano Ricardo o dublando. Este dava um tom mais cômico e irônico ao personagem, além de caprichar no "beeeeeeelo" (agora na legenda aparece "fala belo" ao invés de "diga está livre"). Já o "belo" de Tatá é mais apagado. Uma pena também que a dublagem Gábia anda trocando o engraçadíssimo "a propósito dos submarinos atômicos" (do texto original e sempre presente no Clube do Chaves) por "e por falar nisso". Isso tem que ser imediatamente corrigido!
E o Passado te Condena - Exibido no dia de estréia do Clube do Chaves, no dia 2 de junho de 2001. Aliás, foi o primeiro episódio de Chompiras (na época, Chaveco) apresentado no SBT. Na história, Sargento Refúgio (Rubén) se lembra de uma ocasião em que Chompiras sempre saía de uma loja com um saco na mão e afirma suspeitar de que o ex-bandido roubava algo, mas não podia prendê-lo sem ter provas. No fim, Chompiras confessa que roubava apenas os sacos. Tatá dubla muito bem Chompiras (Cassiano Ricardo também teve boa atuação com o personagem), Baroli se sai muito bem como Botijão e Martha Volpiani se mantém impecável como a impagável Chimoltrúfia (saiu-se novamente bem no desabafo da faxineira sobre ela não ganhar nenhum presente do Papai Noel). Detalhe: a marcante frase do Sargento "mereço um aumento?" virou "mereço uma promoção?".
Napoleão e Josefina - A pior atuação de Tatá Guarnieri em todos os DVD's até agora. Ele deu a Chespirito uma voz grave demais, que pouco tem a ver com o ator. O episódio, um remake do especial do Cinema em que Napoleão se nega a se entregar às tropas inglesas, foi exibido apenas pela CNT, em 1997.
A Arca de Noé - Assim como "E o Passado te Condena", também foi apresentado na estréia do Clube no SBT, marcando a estréia de Chaparrón (na época, Pancada) na emissora do Cenoura. A primeira cena do episódio para mim é uma das mais engraçadas já feitas por Chespirito, a que Lucas pergunta se o baixinho não é Chaparrón Bonaparte, ele checa sua carteirinha no espelho e confirma que é ele mesmo. A musiquinha que toca durante a cena infelizmente abafa o diálogo, feito por maestria por Cassiano, no Clube. Repito: Cassiano Ricardo se saiu maravilhosamente bem como Chaparrón e Chompiras. Mas suas atuações péssimas em Chaves e Chapolin lhe deram um pesado fardo. O enredo do episódio: Chaparrón e Lucas pensam que o elevador é a arca de Noé e imaginam que cada pessoa que entra no local é um dos animais que escaparão do dilúvio. Para muitos, é o melhor episódio do Chaparrón (prefiro particularmente "Pequenas Figurinhas, Grandes Negócios).
A Outra Mulher - Chimoltrúfia se finge de morta a fim de pegar Botijão no flagra, já que suspeita que o marido esteja lhe traindo após ler um bilhete escrito por ele para Chompiras. Mas o final engasga a faxineirinha: no bilhete, Botijão pedia para Chompiras comprar uma caixinha de música para sua esposa. O som da caixinha até chega a emocionar os chavesmaníacos no fim do episódio.
Quem não quer subir na Vida? - Exibido no Clube do Chaves: quatro engenheiros vão fazer um exame médico no consultório do Dr. Chapatin. Um deles diz que o mais saudável irá viajar para o espaço. Na intenção de se livrarem da missão, todos fingem estar doentes para escapar. De fato, conseguem. Mas, na realidade, quem se saísse melhor no exame se tornaria o gerente geral da empresa. Destaques para a excelente atuação de Tatá como Chapatin, com uma voz perfeita para o personagem; para os nomes bizarros criados para compor os trocadilhos em espanhol, como os senhores (co)Tonete, Pada(ria) e, por fim, o Eduardo Ronaqueda, cujo apelido é Edu Ronaqueda (é hilário ouvir Tatá tirando sarro do nome); e para essa excelente tirada: "Insinua que eu sou velho?", "Não sei, mas você conheceu o Presidente Médici quando ele ainda era soldado raso".
O Guarda-Chuva vai Cantar - Apresentado na CNT e no SBT: Chimoltrúfia imagina que terá a grande chance de se tornar uma cantora ao saber que o empresário musical Serápio Olhão irá se hospedar no Hotel Boa Vista. Chompiras informa que ele carregará um guarda-chuva. A faxineira trata mal um senhor que chega com sua esposa ao hotel por não ter o objeto, mas recebe com toda a pompa o segundo que aparece, por segurar um guarda-chuva. Ela mostra todos os seus dotes melódicos (Martha Volpiani, pra variar, nota mil na dublagem), mas no fim descobre que o primeiro senhor é Serápio Olhão e que o segundo havia apenas consertado seu guarda-chuva.
O Último Exame - É a segunda parte do episódio da Recuperação, com Seu Madruga e Dona Florinda na classe. Mas aparece bastante mutilado, com apenas dez minutos de duração. Começa com a chegada de Dona Florinda e Quico à classe e segue com muitas piadas presentes na versão mais recente do episódio. Mas sem dúvida o assunto que mais chama a atenção é o resgate da fictícia "Lavadora Volkswagen". Dessa vez, Quico, na lousa, fala sobre roupa limpa (e, depois, Chaves desenha o porquinho). Valette Negro teria irritado o dublador Nelson Machado ao insistir na manutenção da piada original da dublagem Maga. Nelson queria que estivesse no texto traduzido a versão oficial do "libreto", um tal de método "Wash e Way". É isso que Quico fala na verdade. E a correção que o Professor Girafales faz é que o segundo "W" é de "way", e não o "wear" dito por Quico. Na dublagem, tanto Quico quanto Pópis falam "dablo" ao invés de "dablio". Quico chega a perguntar, no DVD, se é "dablion" que se diz. Excelente saída. Nelson Machado, que teria saído irritado dos estúdios Gábia com a manutenção da idéia de Valette, deveria estar feliz, pois deu a Quico uma interpretação engraçadíssima ao falar "Lavadora Volkswagen" no episódio. Às vezes, me dá crises de riso só de lembrar. Sem dúvida, muito mais engraçado do que Wash e Way, coisa que eu, pelo menos, nunca ouvi falar (o consolo de Nelson é que os tais de Wash e Way aparecem na legenda). Ah, e Osmiro Campos, ao pedir que Quico vá para a lousa ao invés de chorar, ordena com um desespero tão cômico que o fã chega a tomar um susto. Tô falando: como o Osmiro está descontraído...
Brincando de Escolinha - Chiquinha brinca de escolinha na frente de sua casa. Quando ela sai, Chaves aproveita para desenhar com o giz na janela e acaba sujando a cara de Seu Madruga. Depois, Chiquinha faz um círculo no paletó do Seu Barriga. Depois, as crianças aprontam todas ao tentar lavar a janela do Seu Madruga, sobrando novamente para a roupa do dono da vila. No fim, Chiquinha encontra a solução para que ninguém mais a suje: escreve com o giz algo como "proibido escrever nessa janela", para desespero de Seu Madruga.
Agradeço ao meu amigo Fabão, colunista da CHBR, pela autorização do uso de suas fotos. Agora é esperar pelo terceiro box, que já está com a dublagem concluída e que deverá estar nas lojas entre junho e julho. Galera, vão economizando o dinheiro de seus porquinhos, pois mais novidades vêm aí! É só aguardar! E mais orgulhoso fico por começar a fazer parte deste importante projeto, algo gratificante e que me deixa com mais orgulho ainda de ser um chavesmaníaco.
fofalhas da gentoca:
Incrível: Roberto Vásquez, o homem de Portão-RS que se passa por Quico, terá um programa na TV Urbana, afiliada gaúcha da Rede TV!. O nome da atração será "Kiki" e, segundo fontes, terá mulheres fantasiadas de Chiquinha. Berriel, ao alertar o circo para o qual Vásquez atua que ele é um farsante, sofreu uma ameaça de processo. E aposto que muitos que, por acaso, assistirem ao programa vão pensar que se trata do Quico verdadeiro. Não caiam nessa, galera! "Kiki" tem estréia prevista para maio. Outra coisa que desperta curiosidade...
O site de Mário Lúcio de Freitas, um dos parceiros do imortal dublador de Chespirito Marcelo Gastaldi, divulga inúmeras fotos da banda "Os Iguais", da qual a dupla fazia parte. Essa à esquerda é uma delas. Ao centro, está o ainda menino Mario Lúcio e, à direita, de gravata azul, o nosso grande Gastaldi. A foto foi tirada em 1964 durante a Associação dos Radialistas das Organizações Vitor Costa (ex-TV Paulista, hoje TV Globo).
E, para encerrar, abaixo estão algumas fotos do seriado do Kiko Destaque para a aparição do imortal Ramón Valdez.
Mestre Maciel
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