Ué, cadê? Cadê os
perdidos???
Pra começar, já dizendo a que vim,
gostaria de falar um pouco sobre esse movimento que surgiu já na era da
internet: “Volta Perdidos”. Quem não é fã, não tem qualquer afinidade ou não
tem nenhum conhecimento das séries do mestre Chespirito (o que é difícil), esse
tipo de manifestação não faz qualquer sentido, havendo até um certo
preconceito: “Tanto barulho por causa de um simples programa de televisão! Essa
gente não tem o que fazer?”. Muitas vezes somos vistos com desdém: “Como essa
gente alienada resume toda a sua vida em um programa de TV? E um programa dos
anos 70!”. E essa mesma visão preconceituosa vem de pessoas da própria
emissora, o SBT, para o qual o Chaves, Chapolin e cia teve papel importante no
seu crescimento e consolidação perante o público brasileiro.
Mas a nação chavesmaníaca (perdoe se eu estiver exagerando) não é feita de meros desocupados ou alheios à realidade. É feita sim, de seres humanos comuns que não perderam a criança que habita dentro de si. Que são carentes, como praticamente todos telespectadores brasileiros, de uma televisão de qualidade, de um diversão sadia, de um humor simples e inofensivo que parece ter se perdido no tempo.
O outro erro que se comete também, não sei se por despeito ou por ignorância (ou arrogância intelectual, talvez), é de referir às séries, principalmente ao Chaves como um “simples programa”, “programa infantil”, etc, etc, etc, etc... (Poderia, pelo menos, ter economizado um par de etcéteras!) Aí eu pergunto: Se este é apenas um simples programa infantil e antiquado, como permaneceu e permanece no ar por tanto tempo? Por que mesmo surgindo programas mais novos, com tecnologia moderna, o público nunca perdeu o interesse por um seriado antigo e tão saturado?
Acho que a própria programação televisiva depõe à favor de nossos heróis mexicanos (É, também podemos considerar o Chaves um herói). Afinal, é de consenso quase unânime que estamos em uma época em que a qualidade criativa da TV se encontra em declínio. Nada mais se cria e se copia muito mal. E apesar disso a emissora do Silvio Santos insiste em nos privar de nossa última opção dentro o notável mal gosto televisivo. É a dura e patética realidade: enquanto o Chapolin deixou de ser exibido para muitos (pra mim, inclusive. Já se vão 4 anos sem o Vermelhinho na tela da TV!), o Chapolin é apresentado de forma racionada há quase duas décadas: Vemos cerca de 147, enquanto há mais de 60 engavetados.
Aqui entro onde eu queria chegar. Com a ausência de dezenas e mais dezenas de episódios, que pararam de ser exibidos sem nenhum motivo justificado, principalmente a partir de 1992[de chaves apenas 5 ainda estão fora do ar], fez um sentimento de insastifação entre todos os chavesmaníacos, que sempre acompanhavam fielmente as séries e continuam acompanhando até hoje. Esse sentimento permaneceu oculto nos anos 90, mas com o ingresso à era da internet, essa insatisfação veio à tona. Eclodia assim a chavesmania que se manisfestou em eventos noticiados pelos sites afora e até pela imprensa tradicional. As convenções organizadas principalmente em São Paulo, com a presença de dubladores e tudo mais, demonstraram um fenômeno que pode ser comparado, de certo forma, ao que acontece com o Star Wars nos Estados Unidos (embora que fãs da série gringa nunca tenham tido um problema como o nosso). Pode uma série que atinge esse alcance ser tratada como mais um programinha importado? Para o Seu Sílvio e seu clã, parece que sim. É incrível que mesmo com a visibilidade que os fã-clubes tiveram, mesmo com a ampla divulgação no meio internético, continuamos sendo desrespeitados e tendo que nos conformar com as migalhas que a emissora põe no ar. Aqueles tantos episódios que foram pra gaveta continuam alimentando as traças até hoje! Muitas desses, aliás, marcaram nossa infância, tendo um valor incomensurável[vários nunca viram a luz do dia]
Chega 2002, e o que o SBT faz? Coloca mais lenha na fogueira e inflama ainda mais nossa saudade e carência “chavística”, exibindo resumos com imagem e áudio de vários desses episódios, agora chamados de “Perdidos”. O programa era o extinto “Falando Francamente”, apresentado por Sônia Abrão. Os resumos começaram a ser apresentados no quadro “SBT 21” (depois “SBT 22”), que a pretexto de comemorar o aniversário da emissora exibia resenhas narradas de programas antigos do SBT. Em seguida criou-se um quadro só para os episódios CH: “O Barril do Chaves”.
Essas exibições foram mais que suficientes para assar os ânimos dos fãs chavesmanícos de plantão. E ficou no ar a grande pergunta que não quer calar: Se o SBT tinha esses[e tem mais] episódios guardados, com excelente qualidade, por que não exibiu?
Creio que não só eu, como todo chavesmaníaco, lamenta muito que séries únicas e emblemáticas como essas sejam apresentadas de forma parcial e em horário inconveniente. Só queremos de volta aquilo que em parte nos foi tirado em plena infância. Queremos o retorno de nossos ídolos à telinha. Queremos ser respeitados como telespectador e público fiel. Por isso nos juntamos nessa causa.
Mas a nação chavesmaníaca (perdoe se eu estiver exagerando) não é feita de meros desocupados ou alheios à realidade. É feita sim, de seres humanos comuns que não perderam a criança que habita dentro de si. Que são carentes, como praticamente todos telespectadores brasileiros, de uma televisão de qualidade, de um diversão sadia, de um humor simples e inofensivo que parece ter se perdido no tempo.
O outro erro que se comete também, não sei se por despeito ou por ignorância (ou arrogância intelectual, talvez), é de referir às séries, principalmente ao Chaves como um “simples programa”, “programa infantil”, etc, etc, etc, etc... (Poderia, pelo menos, ter economizado um par de etcéteras!) Aí eu pergunto: Se este é apenas um simples programa infantil e antiquado, como permaneceu e permanece no ar por tanto tempo? Por que mesmo surgindo programas mais novos, com tecnologia moderna, o público nunca perdeu o interesse por um seriado antigo e tão saturado?
Acho que a própria programação televisiva depõe à favor de nossos heróis mexicanos (É, também podemos considerar o Chaves um herói). Afinal, é de consenso quase unânime que estamos em uma época em que a qualidade criativa da TV se encontra em declínio. Nada mais se cria e se copia muito mal. E apesar disso a emissora do Silvio Santos insiste em nos privar de nossa última opção dentro o notável mal gosto televisivo. É a dura e patética realidade: enquanto o Chapolin deixou de ser exibido para muitos (pra mim, inclusive. Já se vão 4 anos sem o Vermelhinho na tela da TV!), o Chapolin é apresentado de forma racionada há quase duas décadas: Vemos cerca de 147, enquanto há mais de 60 engavetados.
Aqui entro onde eu queria chegar. Com a ausência de dezenas e mais dezenas de episódios, que pararam de ser exibidos sem nenhum motivo justificado, principalmente a partir de 1992[de chaves apenas 5 ainda estão fora do ar], fez um sentimento de insastifação entre todos os chavesmaníacos, que sempre acompanhavam fielmente as séries e continuam acompanhando até hoje. Esse sentimento permaneceu oculto nos anos 90, mas com o ingresso à era da internet, essa insatisfação veio à tona. Eclodia assim a chavesmania que se manisfestou em eventos noticiados pelos sites afora e até pela imprensa tradicional. As convenções organizadas principalmente em São Paulo, com a presença de dubladores e tudo mais, demonstraram um fenômeno que pode ser comparado, de certo forma, ao que acontece com o Star Wars nos Estados Unidos (embora que fãs da série gringa nunca tenham tido um problema como o nosso). Pode uma série que atinge esse alcance ser tratada como mais um programinha importado? Para o Seu Sílvio e seu clã, parece que sim. É incrível que mesmo com a visibilidade que os fã-clubes tiveram, mesmo com a ampla divulgação no meio internético, continuamos sendo desrespeitados e tendo que nos conformar com as migalhas que a emissora põe no ar. Aqueles tantos episódios que foram pra gaveta continuam alimentando as traças até hoje! Muitas desses, aliás, marcaram nossa infância, tendo um valor incomensurável[vários nunca viram a luz do dia]
Chega 2002, e o que o SBT faz? Coloca mais lenha na fogueira e inflama ainda mais nossa saudade e carência “chavística”, exibindo resumos com imagem e áudio de vários desses episódios, agora chamados de “Perdidos”. O programa era o extinto “Falando Francamente”, apresentado por Sônia Abrão. Os resumos começaram a ser apresentados no quadro “SBT 21” (depois “SBT 22”), que a pretexto de comemorar o aniversário da emissora exibia resenhas narradas de programas antigos do SBT. Em seguida criou-se um quadro só para os episódios CH: “O Barril do Chaves”.
Essas exibições foram mais que suficientes para assar os ânimos dos fãs chavesmanícos de plantão. E ficou no ar a grande pergunta que não quer calar: Se o SBT tinha esses[e tem mais] episódios guardados, com excelente qualidade, por que não exibiu?
Creio que não só eu, como todo chavesmaníaco, lamenta muito que séries únicas e emblemáticas como essas sejam apresentadas de forma parcial e em horário inconveniente. Só queremos de volta aquilo que em parte nos foi tirado em plena infância. Queremos o retorno de nossos ídolos à telinha. Queremos ser respeitados como telespectador e público fiel. Por isso nos juntamos nessa causa.
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