A PASÁRGADA de 2005
Edgar Vivar no Brasil: uma das marcas da quinzena da Pasárgada Sbteriana
Primeira quinzena de setembro de 2003. a galera chavesmaníaca vibrava com os quinze dias mais felizes da história do meio CH. Vivíamos num reino que fora intitulado por mim na época de Pasárgada Sbteriana. Pois, para quem não se recorda (o que deve ser muito difícil do chavesmaníaco esquecer), no espaço de tempo entre 1º e 15 de setembro de 2003, o fã dos seriados foi brindado com a volta do Chapolin, o retorno de Chaves após um mês de ausência (a primeira após 19 anos ininterruptos no ar) e com oito episódios perdidos, e a visita de Edgar Vivar ao Brasil e sua ida, no dia 11, ao Falando Francamente (saudoso programa de Sônia Abrão cujo ponto forte que acarretava altíssimos índices de audiência era a exibição de reportagens sobre os seriados). Mas, infelizmente, a Pasárgada inspirada por Manuel Bandeira recitada, de forma cômica, pelo Senhor Barriga no episódio " a Roupa do Quico 1ª versão" comandou por apenas quinze dias, e de forma brilhante, a emissora de Silvio Santos. A zona voltaria com o regresso da Tirania a partir do dia 22, com a entrada de Scooby-Doo no lugar do Chapolin e o fim da apresentação dos perdidos do Chaves, que passaria a ser exibido, a partir dali, com cortes grotescos, em edições que não superariam 15 minutos.
"O Tesouro do Pirata Fantasma": Chapolin dá uma de Nhonho ao exclamar: "Já fui e já regressei!"
12 de novembro de 2005. Dois anos depois. Após 784 incômodos dias de ausência, o regresso mais esperado aconteceu: Chapolin Colorado retornou à telinha do SBT. Sua aparição ocorrera no dia 19 de setembro de 2003, quando fora apresentado, na ocasião, "Vamos à Disneylândia com o Polegar Vermelho" (ironicamente, o melhor episódio da série). todos os sábados, às 12h45min, o Polegar Vermelho, com toda a sua astúcia e sem "cânico", passou a animar a galera. Já não era sem tempo! Enfim, teriamos Chaves e Chapolin juntos na programação. A propaganda anunciando a volta do seriado, pra variar, contava com cenas do perdido "O Mendigo na Praça". O episódio que marcou a tão aguardada volta foi "O Tesouro do Pirata Fantasma". Simplesmente foi seguida a seqüência de episódios sempre obedecida a risca pelo SBT no caso do Chapolin (ao contrário, obviamente, do Chavinho e sua seqüência para lá de aleatória), pois, historicamente, o Tataraneto sempre foi apresentado depois do cômico da Disneylândia. E o que é melhor: na íntegra! Sem sequer nenhum corte, inclusive sendo exibido o erro grotesco de gravação onde Florinda, no fim do episódio, invoca Chapolin vestindo apenas uma camisa com suspensório. O herói aparece numa tomada diferente e, quando a câmera volta pra Florinda, ela, de uma hora pra outra, desponta vestindo um casaco amarelo. E o título do episódio "O Tesouro do Pirata Fantasma" foi pela primeira vez ouvido, na voz do imortal Marcelo Gastaldi. Coincidentemente, ao mesmo tempo em que Chapolin marcava seu retorno à TV brasileira, Chaves completava um ano de exibição ininterrupta no dia 8. O seriado chegou a sair do ar por duas semanas quando foi deflagrada sua mudança de horário das 18h para às 12h45min, apenas para São Paulo e as praças sem programação local. Mas sua ausência na programação vespertina quase levou a emissora ao traço de audiência (pra quem não sabe, e quando não se marca sequer um ponto no Ibope) e, por isso, o Chavinho voltou a ser exibido também às 18h, abrilhantando o SBT nos dois horários. Vale lembrar que, dois dias antes da volta do Chapolin (no dia 10), a emissora apresentou "O Dia de São Valentim" pela primeira vez desde o distante 19 de maio de 2003, fato muito festejado pelos chavesmaníacos.
Só para recordar: na época da Pasárgada, ou seja, setembro de 2003, Chapolin e Chaves eram apresentados para todo o Brasil, entre 14h45min e 15h45min, horários sem programações locais.
Silvio Santos, o patrão, o dono do SBT, desferiu, em seu camarim logo após verificar o relatório de audiência do dia anterior, a declaração mais marcante do ano a respeito do seriado: " Chaves só me dá alegrias". Grande Silvio! Se não fosse o senhor, jamais conheceríamos a magia e o humor dos melhores seriados do mundo. declaração publicada pelo jornalista Flávio Ricco em sua coluna. A esperança que passaremos a cultivar, a partir de agora, é que o querido Abravanel diga, num futuro próximo, "Esse Chapolin também só me dá alegrias". A audiência do seriado, para um sábado, dia em que o povo menos vê TV na semana e ainda por cima sem muita divulgação do retorno pela emissora, pode ser considerada boa. Nosso sonho é ver o Vermelhinho de volta à programação, como sempre "coladinho" com o Chaves.
fofalhas da gentoca:
olha aí Carlos Seidl encarnando o Seu Madruga. Não é a toa que ele literalmente entra no personagem ao emprestar sua bela voz ao pai da Chiquinha. Sem dúvida, parece que é Seidl quem se enfurece com as trapalhadas de Chaves e Quico e, sobretudo, com os tabefes de Dona Florinda. Uma imagem cômica e, ao mesmo tempo, emocionante. Mais emocionante ainda foi o gesto de Fadu costa, o dublador do Seu Barriga em substituição à Mário Vilela, que não pôde continuar nas dublagens devido à problemas de saúde. Fadu, numa atitude digna de reconhecimento ao colega, resolveu dividir seu cachê com Vilela. Simplesmente fantástico! Fadu Costha, um homem que subiu no meu conceito!
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