segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O PRESENTE DE CASAMENTO[1978]
Resumo do episódio inédito exibido no dia 29/7/2006

Fotos: Mestre Maciel
            PRIMEIRO BLOCO - Florinda datilografa em sua máquina de escrever no escritório do advogado (Ramón Valdez). O porteiro do edifício, o Sr. Peres (Rubén Aguirre), lhe entrega a correspondência. Ela pergunta a Peres se sua filha não recebeu o presente de casamento enviado pelo advogado. Peres diz que sim, e manda agradecer a Ramón. Florinda entra na sala para avisá-lo. O porteiro, ao deixar a sala, se depara com um louco (Carlos Villagrán), que alega ter capturado um marciano. Ele tira do bolso da camisa um rato e o mostra a Peres imaginando ser um marciano, afirmando que há muitos deles no local e que irá acabar com todos. O porteiro sai de fininho. Florinda se depara com Carlos, que é seu primo. Ele diz que veio pra comprovar se ela trabalha em um lugar seguro e pergunta se não existem marcianos no prédio. Ela logo os liga aos ratos. Carlos decide revistar o escritório, para desespero de Florinda.

Carlos é um louco que confunde ratos com marcianos
            O advogado deixa sua sala querendo saber o que se passa e ela disfarça. Ramón lembra que na semana passada pediu que Florinda enviasse à filha do senhor ministro um televisor colorido. Ela afirma que já enviou. O advogado também diz que mandou um presente de casamento para a filha do porteiro do edifício, o sr. Peres: dois vasinhos de flores. Ela diz que também já mandou. Porém, Ramón informa que Florinda inverteu os endereços e acabou enviando a televisão para o porteiro e os vasinhos para a filha do sr. ministro. Florinda se desespera. Ramón deseja saber onde estão as notas de compra e ela inicialmente diz que estão no arquivo. Depois, ela lembra que as notas não estão no local referido e decide procurá-las. Ramón ameaça demiti-la se algum problema ocorrer com ele em função da troca dos presentes e entra em sua sala.

Florinda percebe a mancada que cometeu
            Florinda invoca Chapolin e conta o que aconteceu para o herói, que lembra dos seguintes ditados: "Com mau tempo, não há pão duro", "Boa fome, boa cara", "Quando faz mau tempo, a cara fica dura" e "O pão que dá fome...". Chapolin diz que se encarregará de tudo, mas quase entra no banheiro. Florinda diz que a porta está errada e Chapolin pergunta a ela se não deseja ouvir o que dirá ao advogado. Ela diz que não é necessário, pois confia no herói. Nesse meio tempo, o porteiro aparece e se coloca na frente da porta da sala do advogado. Chapolin, de costas pra ele, vira para entrar na sala e dá de encontro ao porteiro. Chapolin diz que Florinda tinha razão quando disse que o herói estava se enganando de porta e entra na do banheiro.

Peres é o porteiro do edifício, que se recusa a devolver o televisor que ganhou de presente
            Peres diz que já existem dois loucos: o fantasiado de Chapolin e o outro que confunde ratos com marcianos. Florinda lembra de seu primo, que se encerrou na sala do arquivo. Carlos sai com uma vassoura e diz que existem marcianos no arquivo. Ele confunde a vassoura com uma carabina raio laser e diz que, com ela, irá eliminar todos os marcianos. Carlos sai distribuindo vassouradas e uma delas acerta Peres, que deixa rapidamente o escritório, para desespero de Florinda. O louco entra no arquivo novamente, dando vassouradas em tudo quando é canto. O advogado deixa a sua sala e pergunta se aconteceu alguma coisa. Florinda resolve confessar que tem um primo que "não está muito bem da cabeça". Ramón coloca que não lhe interessa os problemas pessoais de seus empregados. Ela fala que seu primo está no arquivo e Ramón, antes de cair na real, diz "espero que ele tenha colocado as fichas por ordem alfabética". O advogado pergunta se ele é perigoso e Florinda responde que é um pouco, mas que é pacífico se a pessoa se posicionar a seu lado. Ela recomenda que, se o louco fizer alguma coisa estranha, é necessário imitá-lo para que ele pense que o que está sendo feito é correto. Ramón fica aliviado e leva Florinda para explicar ao porteiro o engano dos presentes, a fim de tentar convencê-lo a devolver o televisor. Os dois deixam o escritório. Carlos sai da sala dos arquivos e continua a distribuir vassouradas sem qualquer controle. Ele entra na sala do advogado e se depara com o famoso quadro das mãos estendidas (que aparece no episódio dos Microfones Ocultos e no entremés da Faxineira, da saga do Cinema). O louco, comicamente, começa a trocar palmas com as mãos do quadro.

O louco brinca com as mãos do célebre quadro
            Chapolin deixa o banheiro e diz para o telespectador a seguinte frase: "Os heróis também vão ao banheiro". O herói entra na sala do advogado e encontra Carlos lá dentro. O louco diz a Chapolin que o estava esperando, mas que esperava outra coisa. O louco alega que Chapolin não tem cara de advogado. O Polegar nega ser um e alega que chegou até o segundo ano. "Em jurisprudência?", pergunta Carlos. "Não, do primário", responde Chapolin. Carlos diz que o herói chegou "a uma grande altura". Chapolin acha que ele está lhe gozando, por motivos óbvios. O louco pergunta se Chapolin não gosta de crianças. Chapolin afirma que gosta delas "muitíssimo". "Com cebola e tomate?", pergunta Carlos, para espanto de Chapolin. Carlos diz que no escritório existem marcianos. Chapolin começa a rir, mas Carlos alega que já pegou um e tenta mostrar a Chapolin, que logo se abaixa e pergunta se ele traz um marciano no bolsinho. Carlos coloca o rato na mão do herói que, com nojo, atira o "marciano" para longe. Chapolin se compromete em ajudar o louco a procurar os marcianos, de pirraça. Carlos pega a vassoura e diz que há um marciano exatamente onde Chapolin está abaixado. O herói dá um salto e vai parar em cima da mesa. Chapolin fica sem jeito. FIM DO PRIMEIRO BLOCO

"Os heróis também vão ao banheiro"
            SEGUNDO BLOCO - Ramón e Florinda voltam ao escritório. O advogado está furioso, já que o porteiro não quer entregar a televisão à cores. Ramón pergunta se ela sabe do que ele tem vontade. Na verdade, a vontade é de ir ao banheiro e ele entra lá. Carlos, da sala do advogado, avisa que continua a caçar marcianos. Ela resolve verificar os arquivos. Carlos ordena a Chapolin que continue a procurá-los e diz que irá até o outro lado para ver se existem marcianos. Chapolin, engatinhando, continua a caçar os ratos, enquanto, à base de vassouradas, Carlos deixa o escritório. O advogado deixa o banheiro e, quando vai abrir a porta de sua sala, é avisado por Florinda que o primo dela está lá dentro. Eles se recordam de que é preciso imitar o louco. Ramón entra na sala e vê Chapolin procurando os ratos ajoelhado e chiando. Ramón, naturalmente, pensa que Chapolin é o louco e se ajoelha também. Chapolin estranha e, ao tentar se levantar, cai derrubando uma cadeira. Ramón faz o mesmo. Chapolin se levanta e, sem querer, quebra um vaso colocado em cima de uma instante. Ramón também quebra um pequeno vaso. Chapolin sai assobiando de fininho e rapidamente deixa a sala.

Muitas imitações acontecem, pois um pensa que o outro é o louco
            Chapolin encontra Florinda procurando as notas de compra. Ela pergunta se Chapolin conversou com o advogado, mas o herói alega que o advogado começou a fazer bobagens e que é simpático. Chapolin diz que depois chegou um sujeito que parecia meio "xarope". Florinda diz que se trata de seu primo, que é louco, e recomenda ao herói que o imite. Ela entra na sala do advogado a fim de continuar procurando as notas. Ela diz a Ramón que não consegue encontrá-las. O advogado a tacha de inútil e afirma que ele mesmo irá procurá-las. Ramón começa a esvaziar as gavetas da instante. Chapolin o encontra e começa a fazer o mesmo. Um pensa que o outro é louco! Ramón e Chapolin coçam a cabeça. Chapolin pega nas suas anteninhas. Ramón tira dois talos de flores, coloca em sua cabeça um do lado do outro para imitar as anteninhas e diz, comicamente: "Não contavam com minha astúcia". Chapolin volta para a sala do advogado. Ramón se depara com Carlos, o verdadeiro louco, que sai da sala de arquivos e afirma que os marcianos têm medo de ratos. Carlos pergunta a Ramón se ele tem medo de gatos. Ramón diz "Bom, depende! Se for um gato grande, tenho". Carlos: "Ah, marciano!". Pensando que o advogado é um marciano, o louco o atinge com um soco, o levando à nocaute, e ri triunfante. FIM DO SEGUNDO BLOCO

Até o advogado é confundido com um marciano
            TERCEIRO BLOCO - Na sala do advogado, Florinda pergunta se Chapolin imitou o que o seu primo fez, e o herói afirma que sim e que ele ainda não foi embora. Chapolin espia e vê que ele está entrando na sala. Ramón diz que as notas de compra não estão no arquivo e começa a revirar em cima da mesa, jogando papéis para todo o lado. O advogado percebe a presença de Chapolin e se assusta. Ramón sorri e Chapolin faz o mesmo. O herói resolve revirar também os papéis de cima da mesa. Um imita o outro, quando Florinda estranha o comportamento do advogado e pergunta se ele sente alguma coisa. Ele diz que está imitando o primo. Florinda diz que quem ele pensa que é o louco é o Chapolin Colorado. Já Chapolin pergunta se Ramón não é o primo e ela confirma que ele é o advogado. "Suspeitei desde o princípio". Ramón percebe que a nota de compra está em suas mãos e vê que ela está assinada por Florinda. O advogado a despede do emprego. Florinda anda, de cabeça baixa, em direção à porta da sala, mas Chapolin segura seu braço, ordenando que ela fique na sala.

"Do-is len-ci-nhos bran-qui-nhos as-sim" e uma seqüência de interrupções bruscas marcam a lição de vida dada por Chapolin
            O advogado tenta falar com Chapolin, que pede para que fique quieto. Ramón pergunta se Chapolin sabe o que Florinda fez. Chapolin: "O mesmo que você devia ter feito". E prossegue o monólogo do Polegar, lentamente, de forma inicialmente sarcástica e com meteóricos gritos quando Ramón o tenta interromper. "Acontece sempre a mesma coisa: vai se casar a filha do porteiro do edifício. Ai, pobrezinha, o que vamos dar de presente? Um vasinho de plástico! Ou duas florzinhas! Ou dois lencinhos branquinhos assim! (Chapolin faz um sinal com os dedos e repete a mesma coisa três vezes, na última vez sem falar nada e em forma de mímica para Ramón - impagável). Ah, mas vai se casar também a filha do senhor miniiiiiiiiiiistro. O que seria bom para dar pra ela? Um refrigerador espetacular embutido no mármore! Ou uma manta de chinchilha totalmente bordada! Ou um televisor colorido! SIIIIIIM! Sempre as coisas são exatamente ao contrário do que deveriam ser. Gastam vinte cruzeiros pra dar um presente a uma pobre que não tem nem mesmo uma toalha de banho e gastam milhões, milhões de cruzeiros para dar um presente a quem está nadando em dinheiro. Pode haver maior injustiça?". Ramón alega que queria agradar o ministro. "CLAAARO! Mais não importa que outros vinte lambisgóias dêem um presente exatamente igual, não me importa, tudo bem. (Se dirigindo à Florinda) Olhe, mande entregar outro televisor colorido para a filha do senhor ministro". Ela concorda. "Mas não vá tirar o televisor da filha do porteiro do edifício". "Não?", pergunta Ramón. "NÃÃÃÃO! Imagine que emocionada deve estar a pobre menina. (Em tom triste) Ela tão pobre... tão humilde... lavando roupa... passando fome... sofrendo humilhações... suportando tudo....". Os três começam a chorar.

A consciência pesa e Florinda e Ramón vão às lágrimas com o sermão do Vermelhinho
            Chapolin pega o lenço com o qual Ramón enxuga as lágrimas e assoa o nariz. Chapolin pergunta se tem ou não tem razão. Ramón, chorando, pede a Florinda que não deixem que tirem o televisor colorido do porteiro do edifício. Florinda, também chorando, concorda. Depois, Sr. Peres, o porteiro, agradece à Chapolin, que afirma que os seres humanos repartem mal a riqueza. "E também a estatura", complementa o porteiro, comparando a sua altura com a de Chapolin. O porteiro se retira, dizendo que irá dar a boa notícia para sua filha. Carlos regressa ofegante, dizendo que vai embora. O louco diz que conseguiu eliminar todos os marcianos e se despede dando um beijo no rosto de Florinda. Chapolin também dá um beijo em Florinda, alegando que tem que imitar o louco para que não fique furioso. Então Chapolin dá um festival de beijos em Florinda, que acha graça. FIM DO EPISÓDIO

Uma vez mulherengo, sempre mulherengo

Nenhum comentário:

Postar um comentário