PEDINTES EM FAMILIA[1975]
Perdido desde 1985 e apresentado no dia 3 de dezembro de 2005 com o nome "Pedintes em Família"
O episódio se passa numa praça. A câmera foca um algodão-doce sendo vendido a um rapaz. Mais atrás, um homem vende balões. E, ao fundo, aparece um mendigo (Ramón Valdez), com a placa "manco". O turista (Carlos Villagrán) compra um algodão. O mendigo se aproxima do turista e lhe pede uma esmola, alegando não ter braço. Carlos coloca a mão no bolso, dando a impressão que tirará dinheiro. Mas o que ele tira é um lenço e assoa o nariz, para a irritação do mendigo. Carlos se afasta, mas Ramón pede para que ele lhe dê "um bom Natal". Carlos lembra que estão em setembro, mas o mendigo afirma que é do Natal do ano passado e que não recebeu nada dele. Carlos diz que é turista e o mendigo então diz que é melhor, pois ele pode lhe dar a esmola sem os 15% de imposto. Carlos pergunta se ele precisa de dinheiro. Ramón abaixa a cabeça e responde que sim. Carlos então exclama: "Trabalhe!". O mendigo pergunta ao turista se ele não leu nos jornais que no parque apareceu um homem morto. Foi porque ele não lhe deu "um bom Natal". Carlos diz que foi bem feito, afirmando que essa gente que não dá nem cinco centavos não merece continuar vivendo. Mas Carlos se despede do mendigo sem lhe dar os cinco centavos. Ramón até manda um beijinho para as crianças, mas logo se dá por conta e interrompe Carlos novamente. O turista tira uma moeda de 50 centavos, mas o mendigo avisa que só recebe esmolas de cinco pratas pra cima, e uma de cada vez. Carlos então fala "Se está pensando que eu vou lhe dar cinco pratas...". Nesse momento, Ramón aponta-lhe uma arma. "...eu vou te dar cinco pratas", completa.
O mendigo prova não ter escrúpulos
Carlos diz que só tem uma nota de 50 e pergunta se ele não tem troco. Ramón diz que depois ele dará e pega o dinheiro com a mão esquerda, que ele dizia não ter. Carlos pergunta se ele não tinha braço. Ramón retruca falando que a nota é de 10. Carlos afirma que se enganou de nota e o mendigo devolve dizendo que se enganou de mão. O turista exige que o mendigo devolva seu dinheiro, mas ele não dá bola. Carlos vai embora e se depara com uma outra mendiga (Florinda), que pede: "Me dê um bom Natal". Carlos pergunta se ele tem cara de assistência social. Florinda diz que faz três dias que não come: "Hoje, amanhã e depois de amanhã". Florinda tosse no rosto de Carlos, que fala que cebola ela comeu. Ele dá 50 pratas à mendiga, que agradece. Mas Ramón lhe toma o dinheiro, dizendo que o território lhe pertence e que só ele coloca a mão na bufunfa. Ela implora que devolva o dinheiro, mas ele não dá confiança. Ramón pega sua bolsa, escondida atrás de um banco, com o braço esquerdo escondido atrás do casaco. Duas pessoas (incluindo o famoso figurante narigudo) lhe dão esmolas. O mendigo guarda o dinheiro na bolsa e a esconde embaixo de seu casaco juntamente com seu braço esquerdo, para que pensem que ele não tem mão. E, com uma voz chorosa, sai pedindo esmolas. Florinda, a mendiga, invoca Chapolin. Ela ouve um "eu", mas aparece uma estátua branca em cima de um pedestal. Em seguida, Chapolin aparece no lugar dela segurando uma corda. Com ela, desce, mas acaba derrubando uma lata de lixo e cai desajeitado no chão. FIM DO PRIMEIRO BLOCO
A esmola dela também vai parar nas mãos do mendigo ladrão
Chapolin e Florinda ajeitam a lata, e o herói diz que seus movimentos são friamentes calculados. A mendiga lhe pede um bom Natal. Chapolin pergunta "Foi só pra isso que você me chamaste?". Logo corrige o erro de português da frase. Ela começa a chorar e Chapolin pede para conversar de homem para homem. Ela fala que não é homem. "Então de homem para espantalho", diz Chapolin. "Que tal de mulher para anão de circo", sugere Florinda. "Que será que ela quis dizer?", pergunta o herói. Chapolin deseja falar sem imposturas. Florinda fala que é pobre, porém honrada. Chapolin diz que falará sem hipocrisia e pergunta se ela não tem vergonha de pedir esmolas. Ela concorda, mas afirma que agüenta. Ela chora no ombro do Polegar, alegando que é inválida, pois faz dois anos que perdeu sua mãezinha. Chapolin pergunta se já não a procurou na lata de lixo. Florinda diz que sua mãe morreu de noiva. "O carro da noiva veio e não foi mole". Chapolin lamenta e ela completa: "Ela lamenta muito mais". Chapolin diz que foi um golpe duro. Florinda completa que foi duro para sua mãe. Chapolin lhe comunica que o fato dela ser órfã não a impede de trabalhar. Florinda afirma que quer guardar sete anos de luto. Chapolin então fala que é um herói do Terceiro Mundo e que seu capital é de cinco pratas. Ele mostra o dinheiro e a mendiga o pega e agradece. Chapolin, furioso, diz que irá embora se foi só por isso que ela o chamou. Então Florinda fala que lhe roubaram sua esmola e deseja que o herói a recupere. Chapolin diz que recuperará com uma condição: que essa esmola que recebeu seja a última e que ela procure um trabalho honrado. Ela concorda. Chapolin pergunta quem pegou o dinheiro. Florinda aponta para Ramón, que se aproxima. O mendigo pára e aborda Carlos, lhe pedindo mais esmola com uma voz chorosa. O turista lembra que lhe havia dado dez pratas, mas o mendigo afirma que as dez pratas não irão durar a vida toda. Carlos diz que só tem uma outra nota de dez. Ramón pega, afirmando que Carlos só deve 40. Carlos lhe toma a nota, e Ramón saca a arma. O mendigo pede para ele cair com a grana. Carlos se joga no chão e pergunta se é para ele cair ali ou um pouco mais pra lá. Ramón levanta Carlos, lhe toma a nota e pede para ele ir embora. O turista implora para que ele dê pelo menos o dinheiro do ônibus, mas não recebe atenção do mendigo, que o expulsa de sua frente. Carlos vai em direção a Chapolin, que lhe acerta um soco no rosto. O turista vai a nocaute. Chapolin diz que não contavam com sua astúcia. FIM DO SEGUNDO BLOCO
Chapolin pergunta se não foi Carlos quem pegou o dinheiro. Florinda nega e fala que o homem era feio, mas não tanto. Ela pergunta se Chapolin não levantará Carlos. O herói responde que não tem guindaste. Quando Chapolin pergunta quem pegou o dinheiro, o mendigo aparece por trás. Chapolin tenta lhe dar um golpe de judô pegando o braço esquerdo de Ramón, mas que está escondido atrás do casaco, com a manga vazia. Chapolin então canta "Linda mãozinha, tão delicada, tão macia que parece que nem está aí". Ramón espanta Chapolin com uma cara de mau, mas, num piscar de olhos, muda para uma cara de coitadinho ao pedir esmolas, numa cena engraçadíssima. Pra variar, mais uma vez o mendigo pede para Carlos, que dá. Ramón varia entre cara de raiva e de piedade, numa seqüência hilária. Ele olha feio para Chapolin e o turista e vai embora. Florinda diz ao herói que ele está levando o dinheiro e pergunta porque ele está parado. Chapolin corrige, afirmando que suas pernas ainda estão tremendo. O figurante narigudo oferece mais uma esmola ao mendigo, que recusa. Ele afirma que não está mais trabalhando, pois é hora de seu cochilo. Mas pede para ele passar mais tarde. Ramón usa a bolsa como travesseiro e adormece no banco da praça. Florinda diz que Chapolin não pode ficar de braços cruzados. Chapolin concorda, mas logo os descruza. Ela pede que ele recupere o dinheiro, aproveitando que o mendigo dormiu. Chapolin começa: "Sim, eu vou". Depois, Chapolin se aproxima de Ramón, todo decidido. Ele lhe cutuca, dizendo que deseja saber de uma coisa. O mendigo se levanta e pergunta "o que?", apontando a arma para o herói. Chapolin, amedrontado, pergunta: "Onde fica a estação de metrô?". Ramón responde "Não sei" num tom tenebroso. Chapolin volta e Florinda pergunta porque ele não bateu no mendigo. Polegar Vermelho diz que lhe deu pena.
Chapolin pergunta se não foi Carlos quem pegou o dinheiro. Florinda nega e fala que o homem era feio, mas não tanto. Ela pergunta se Chapolin não levantará Carlos. O herói responde que não tem guindaste. Quando Chapolin pergunta quem pegou o dinheiro, o mendigo aparece por trás. Chapolin tenta lhe dar um golpe de judô pegando o braço esquerdo de Ramón, mas que está escondido atrás do casaco, com a manga vazia. Chapolin então canta "Linda mãozinha, tão delicada, tão macia que parece que nem está aí". Ramón espanta Chapolin com uma cara de mau, mas, num piscar de olhos, muda para uma cara de coitadinho ao pedir esmolas, numa cena engraçadíssima. Pra variar, mais uma vez o mendigo pede para Carlos, que dá. Ramón varia entre cara de raiva e de piedade, numa seqüência hilária. Ele olha feio para Chapolin e o turista e vai embora. Florinda diz ao herói que ele está levando o dinheiro e pergunta porque ele está parado. Chapolin corrige, afirmando que suas pernas ainda estão tremendo. O figurante narigudo oferece mais uma esmola ao mendigo, que recusa. Ele afirma que não está mais trabalhando, pois é hora de seu cochilo. Mas pede para ele passar mais tarde. Ramón usa a bolsa como travesseiro e adormece no banco da praça. Florinda diz que Chapolin não pode ficar de braços cruzados. Chapolin concorda, mas logo os descruza. Ela pede que ele recupere o dinheiro, aproveitando que o mendigo dormiu. Chapolin começa: "Sim, eu vou". Depois, Chapolin se aproxima de Ramón, todo decidido. Ele lhe cutuca, dizendo que deseja saber de uma coisa. O mendigo se levanta e pergunta "o que?", apontando a arma para o herói. Chapolin, amedrontado, pergunta: "Onde fica a estação de metrô?". Ramón responde "Não sei" num tom tenebroso. Chapolin volta e Florinda pergunta porque ele não bateu no mendigo. Polegar Vermelho diz que lhe deu pena.
Chapolin e o turista tremem de medo do mendigo
Carlos diz que Chapolin não deve ter medo de um homem que não sabe ler nem escrever, que só sabe bater selvagemente e disparar o revólver. Chapolin resolve voltar ao banco, mas o mendigo lhe aponta a arma e Vermelhinho rapidamente volta. Chapolin alega que Ramón está acordado. Florinda diz que o mendigo é sonâmbulo e diz que ele já está dormindo de novo. Aí aparece Ramón deitado, com um serrote serrando um tronco acima de sua cabeça. Cena para lá de bizarra. Carlos pede para Chapolin ir se arrastando até o banco, puxar a maleta que serve de travesseiro ao mendigo e correr. Chapolin pergunta se Carlos não o acompanhará e ele diz que ficará de longe. Florinda deseja acompanhá-lo, mas Chapolin pede para as mulheres ficarem. Carlos fica também, a mendiga lembra que o herói falou "apenas as mulheres" e Carlos diz que entendeu "os melhores". Chapolin tenta puxar a maleta e diz que o mendigo tem cimento na cabeça ao invés de cérebro. Carlos sugere que o Polegar abra a maleta, pegue o dinheiro e passe para ele. De fininho, Chapolin abre a bolsa e começa a passar o dinheiro para Carlos. Mas o mendigo acorda e aponta a arma para Chapolin. O Vermelhinho devolve o dinheiro, pegando-o da mão do turista, e inclusive tira o relógio do pulso de Carlos e o coloca dentro da bolsa. Ramón balança a cabeça positivamente. Chapolin dá boa noite para o mendigo e diz, indignado, que ele estava acordado. Florinda novamente diz que ele é sonâmbulo e que voltou a dormir. Mais uma vez aparece o serrote serrando o tronco. O turista coloca que Chapolin é tão burro que não percebe quando uma pessoa está dormindo. Polegar afirma que quem irá dormir é Carlos, que diz não estar com sono. Numa das mais bizarras cenas do seriado, Chapolin pega o tronco com serrote e tudo e bate na cabeça de Carlos, que desmaia. Mais tarde, Chapolin, Carlos e Florinda, sentados, pensam numa maneira de tomar o dinheiro do mendigo. Florinda resolve se aproximar de Ramón, e os dois a seguem. O mendigo ronca e os dois fogem. Florinda volta com o revólver de Ramón. Chapolin e Carlos implora que ela não os mate. Florinda fala que tirou a arma dele, e Chapolin supõe que ela matará o mendigo. Ela deixa claro que só se fosse louca mataria o próprio pai. Vermelhinho estranha e ela fala que cada um trabalha por conta própria, liberação feminina. Florinda tem a idéia de dar um tiro para o alto, assim o mendigo se levantará com o susto, enquanto Chapolin e Carlos pegam a bolsa e fogem. Então os três se aproximam do banco onde o mendigo dorme. Florinda atira para o alto, Ramón se assusta, mas Chapolin leva um susto maior e se joga no colo do turista. O mendigo encara a filha, que alega ter querido atirar para matar um pato que passou voando. Numa outra cena memorável, um pato de pelúcia cai, para a incredulidade de todos.
E eu que pensava que já tinha visto de tudo...
Enquanto o mendigo se distrai com o pato, Carlos tenta lhe tomar a maleta. Os dois brigam para ver quem fica com a bolsa. Chapolin, por trás, acerta em cheio as costas de Ramón. Carlos pega a maleta, mas vai parar dentro da lata de lixo. Florinda pega a bolsa, enquanto Carlos vai embora. O mendigo tira o casaco para brigar com Chapolin, mas o Polegar lhe dá uma surra, mudando de posição de maneira semelhante ao episódio do Pistoleiro Veloz. Ramón pede perdão e Florinda implora que ele pare de bater no seu pai. Chapolin ordena que os dois procurem um trabalho honrado e que não peçam mais esmolas. Ramón concorda e agradece a Chapolin. Ele e Florinda vão embora. Na tomada final, aparece Carlos pedindo esmolas: "ajudem um pobre cego".
FIM
FIM
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